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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Da fé de ateus e teístas (e da mentira de ser agnóstico)!

Da fé de ateus e teístas (e da mentira de ser agnóstico)


A quem cabe o ônus da prova sobre a questão da existência de Deus?
Há uma opinião corrente por parte dos que “não crêem” que o teísta deve provar a existência de Deus, enquanto eles são justificados em não crer. Assim, segundo eles, pessoas intelectualmente sãs, racionais, não poderiam crer em Deus. Eu só posso creditar isso a mais pura ignorância ou a mais descarada desonestidade.
O teísta é aquele que afirma a existência de Deus. Sua proposição é:
(i) Creio que Deus existe (ou “Deus existe”, ou “creio em Deus”)
Se pretende que sua proposição seja conhecimento, além de crer nela, terá que ter critérios para seja verdadeira e justificada. Ou seja, deverá provar sua asserção. O problema é que não há critérios universais que forneçam tal prova. Tudo fica no âmbito da fé!
Por ser fé, o ateu acusa o teísta de irracional. Tem ele razão? Vejamos: o ateu é aquele que nega a existência de Deus. Sua negação é, na verdade, uma afirmativa e sua proposição é:
(ii) Creio que Deus não existe (ou “Deus não existe”, ou “creio em não-Deus”).
Ora, do mesmo modo, se pretende que sua proposição seja conhecimento, além de crer nela, terá que ter critérios para seja verdadeira e justificada. Ou seja, também deverá provar sua asserção. Quais os critérios universais que fornecem tal prova? Não há. Novamente, tudo fica no âmbito da fé!
Se o teísta é irracional pela fé que tem, não é menos irracional o ateu. Nenhum dos dois pode satisfatoriamente e de forma definitiva provar o seu ponto. Há teorias quanto à plausibilidade ou à probabilidade de proposições. Entre haver ou não haver Deus, haveria uma proposição que seria mais plausível ou provável que a outra. Embora estas teorias procurem rigor e neutralidade, é difícil vê-las sem um aspecto psicológico que faça pender a balança para um ou outro lado.
Considerando as chances, 50% para cada lado, resta o apelo agnóstico que diz não conhecer Deus, simplesmente. Ele afirma:
(iii) Não creio que Deus exista (ou “não creio em Deus”).
Mas seu apelo só terá sentido se houver a contraparte:
(iv) Não creio que Deus não exista (ou “não creio em não-Deus”).
Pois afirmar (iii) e negar (iv) é afirmar (ii). Isto não será mais agnosticismo, porém ateísmo. Pender para um dos lados (como num pouco provável “tendo a crer em Deus” ou no mais comum “tendo a crer em não-Deus”), embora me seja psicologicamente compreensível, é intelectualmente desonesto se significa uma simples fuga do ônus da prova (como pretende a “presunção de ateísmo”).
Um agnóstico coerente, portanto, não considerará irrelevante a questão se Deus existe ao mesmo tempo em que não lhe dará peso excessivo. Não viverá como se Ele não existisse, mas também não considerará que Ele o está a observar. Não sonhará com o céu nem temerá o inferno, mas também não ignorará esperança ou temor. Chamará teístas e ateus igualmente de irracionais por sua fé sem provas. Mas a dúvida e a incerteza, como as do cético, serão suas companheiras…
Mas, ora, eu ainda não conheci um agnóstico coerente sequer, assim como não conheci qualquer cético que se cale! O agnóstico que conheço pode viver, e de fato vive, como um ateu. Pois, ora vejam, ele é um ateu. Apenas que renunciou aos debates quanto à racionalidade de sua crença no não-Deus. E, assim, que viva como o ateu que é, porém não acuse o teísta de irracionalidade, pois isso nunca passará de mal disfarçada desonestidade intelectual (qualquer semelhança com os novos ateus não é mera coincidência).
A quem cabe o ônus da prova? Ninguém, enfim, a terá, mas de sua fé vivem todos. O insensato ateu para hoje, aqui e agora, comendo e bebendo, pois amanhã morrerá. Porém o justo, aquele a quem Deus justificou, este de Deus mesmo recebeu uma fé e também uma vida de um outro tipo. De um tipo de fé que olha e vê o que os olhos não vêem. De um tipo de vida que é da eternidade amiga. De uma fé que vê e já vive as primícias da vida na bem-aventurança eterna do porvir diante da Presença, coram Deo

Vivemos o evangelho do “ser” ou do “ter”?

O bem estar da civilização ocidental, infelizmente, é medido pelo sucesso profissional, que por sua vez obedece aos padrões culturais baseados na felicidade a qualquer custo. Não resta dúvida de que necessitamos do TER para que possamos sobreviver condignamente, porém, o grande X do problema, é que nossa sociedade nos impõe o TER como um fim em si mesmo. É quando se diz: “Aquele ali sim, vale dez milhões de dólares”. É logo cedo, como tenra criança, que aprendemos a colocar o TER no topo de nossos maiores anseios. Quem de nós quando criança não ouviu a célebre frase: “Se você se comportar bem vou lhe dar um grande presente!” É justamente nessa época que é plantada a semente do TER no psiquismo infantil ainda em formação.
Apesar dos grandes mestres do passado terem ensinado que não devemos nos guiar pelo instinto de posse, o anseio do Ter continua no centro de nossas idealizações.
Os Evangelhos estão repletos de inúmeros ensinamentos valorizando o SER e não o TER. É célebre a frase dita por Cristo: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo e perder a sua vida”. O próprio Marx num rasgo de humanismo falou: “O nosso ideal deve consistir em SER muito e não TER muito”. Buda certa vez disse: “Para chegarmos ao mais elevado estágio do desenvolvimento humano, não devemos ansiar pelas posses. Erich Fromm, escreveu a seguinte fórmula: “eu sou = o que tenho e o que consumo”. O Mestre Judeu Martin Buber, autor do antológico “Eu e Tu” disse também, à respeito do TER: “Aquele que só conhece o mundo como algo que se utiliza, vai conhecer a Deus do mesmo modo”.
Desde os pré-socráticos, passando por Heráclito e Hegel já se falava na idéia do SER, como algo que implicava transformação, em contraste com a monotonia das relações sociais e religiosas baseadas no “é dando que se recebe” ─ como um fim em si mesmo.
Infelizmente, o cristianismo gospel tem enveredado pelo caminho comercial do TER, onde a maior bênção divina é a prosperidade econômica. As seitas da prosperidade crescem em progressão geométrica, valendo-se de uma espécie de deturpação grosseira dos pressupostos judaicos do Velho Testamento. Para validar a teoria do TER, usam como carro-chefe, a grande promessa que Deus fez a Abraão, de que ele iria possuir a terra que manava leite e mel: “A tua descendência, dei esta terra, desde o rio Egito até o grande rio Eufrates” (Gêneses 15: 18).
O crente Gospel da prosperidade que se guia pelo TER, parece mais uma eterna criança de peito, berrando pela mamadeira. É aquela pessoa que não quer crescer para ficar sempre dependendo do leite, quando no dizer do apóstolo Paulo: “…pelo tempo de crente, já deveria ingerir alimentos sólidos”. (Hebreus 5: 12).
A teologia da prosperidade terrena não resiste a essa simples reflexão: O herói da prosperidade é aquele sujeito conquistador, sempre vitorioso, cheio de poder, de fama e de louros, aquele que tudo pode e nada sofre. Já o autêntico herói cristão é totalmente o avesso do primeiro: é aquele cuja maior satisfação é dar a vida a Deus e em prol do seu semelhante, sem pensar em recompensa, porque aquilo que se faz pensando em receber algo em troca, se constitui a própria negação do amor. Cristo foi um herói que não teve onde repousar a cabeça. Um herói que não empregou a força. Um herói que não queria governar nem possuir coisa alguma, tendo por isso, atraído os pobres e não os ricos. Um herói que ao observar profundamente o mundo fútil do TER, disse: “É mais fácil um camelo passar no fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus” (Mateus 19: 24).
Se fizermos uma leitura da Bíblia fora do seu contexto e de um modo literal, sem levar em conta o simbolismo de suas inúmeras figuras de linguagem, corremos o risco de pensar que lá na eternidade seremos regidos pelo modo TER, que no fundo no fundo, não deixa de ser a nefasta teologia da prosperidade levada às últimas conseqüências. Em outras palavras, é o mesmo que dizer: “Aqui na terra eu não tenho uma luxuosíssima mansão como a de muitos ministros da prosperidade, mas lá no Céu, um dia, eu poderei dizer afinal: agora sim, “eu tenho”(*) uma muito mais rica do que a deles”. Pergunto eu: “Ter para mostrar a quem?”
Sinto tristeza ao ver “o utilitário religioso” transformando o nome de Deus, irremediavelmente, num “ISSO” ou “AQUILO”, como se Ele fosse um objeto nobre entre os demais objetos.
Qual a opção que a Instituição religiosa no modo TER oferece, senão esta: “Observar estritamente as suas regras ou se retirar. Não esquecendo uma terceira opção, que seria a de fingir que é um de seus membros, tentando servir a dois senhores.

Fonte:siteafeexplicada

As Ramificações Protestantes


O Protestantismo não é um movimento religioso homogêneo, tendo muitas diferenças internas entre as suas igrejas e muitas das vezes estas são tão diversas entre si que se afastam em demasia da mensagem da igreja cristã primitiva. As diversas ramificações protestantes tem como causa o princípio da livre interpretação bíblica pelo indivíduo que traz consigo o germe da fragmentação e da radicalidade. Muitos movimentos reformadores movidos por sentimentos radicais destruíram igrejas e imagens bem como torturaram e mataram vários opositores; qualquer um que se opusesse as diretrizes de um dos movimentos era considerado inimigo daquela igreja. Temos como exemplo, o governo teocrático (Governar em nome de Deus) da Nova Sião estabelecido pelos reformadores anabistas que dirigiram uma forte perseguição aos adversários das suas convicções religiosas. Vê se na prática o quanto é falho a noção de livre interpretação bíblica pelo indivíduo, pois cada movimento reformador ao ganhar preponderância política sobre os demais fazia com que as suas convicções fossem sobrepostas as dos outros (é o caso dos congregacionistas ao se tornarem religião oficial do estado de Massachusetz nos Estados Unidos).
A fragmentação é um outro aspecto observado no Protestantismo. Bastava um grupo, ou até um indivíduo, segundo a sua interpretação das Sagradas Escrituras, discordar e julgar imprópria determinada prática feita pelos membros daquela comunidade religiosa, já era um forte motivo para se fundar uma nova agremiação (Refletir 2Pd 3, 15-16). Daí a dificuldade em mapear as suas ramificações e as origens de cada uma delas. Todavia é sabido que as igrejas reformadas tem como base três origens: a reforma luterana, na Alemanha; a calvinista, na Suiça; e a anglicana, na Inglaterra.
A história do protestantismo nos lembra a triste sorte que geralmente toca aos cristãos que cedem ao individualismo e ao subjetivismo em matéria religiosa: vão se afastando cada vez mais das fontes do cristianismo, a ponto de, por vezes, só guardarem o nome de cristãos. É, entre outros, o caso das Testemunhas de Jeová.
Foi precisamente para evitar cisões e rupturas devido ao individualismo, às vezes fantasioso e errôneo, que o Senhor Jesus quis instituir o primado de Pedro e de seus sucessores. A Pedro disse Jesus: “Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; eu, porém, orei por ti a fim de que tua fé não desfaleça… Confirma teus irmãos” (Lc 22, 31s). É o ministério de Pedro, assistido pelo Senhor Jesus e o Espírito Santo, que garante a unidade da doutrina e da moral da Igreja, conservando-as fiéis ao Evangelho original.
Por isso São Cipriano (+ 258), diante das ameaças de cisma no século III, ensinava: “Não pode possuir a vesta inconsútil de Cristo aquele que divide e dilacera a Igreja”,: ou ainda, “Não pode ter Deus por Pai no céu quem não tem a Igreja por Mãe na terra”. Posteriormente, dizia muito sabiamente Santo Agostinho: “Na cátedra da unidade colocou Deus a doutrina da verdade”. Cientes disso, nós fiéis cristãos católicos devemos reconhecer o valor de estarmos na barca de Pedro, onde Jesus navega com os seus.
Veremos à seguir algumas igrejas protestantes e suas origens, bem como alguns aspectos doutrinais.

Genealogia Protestante
Alemanha
* Luteranismo —-> Anabistasx1 ——>Menonitas
Inglaterra
* Anglicanismo ——> Congregacionistas
* Anglicanismo ——-> Metodismo —> Pentescotalismo (Assembléia de Deus, Universal do Reino de Deus, Nova Vida, Evangelho Quadrangular, etc)
* Anglicanismo ——–> Batistas ( x1 Influência das idéias Anabistas) —> Adventistas
Suíça, Escócia e Inglaterra (Conhecidos como Puritanos)
*Calvinismo —> Presbiterianismo —> Testemunhas de Jeová
Os três troncos iniciais:
Os Luteranos
O fundador do Luteranismo foi Martinho Lutero. Mestre em Filosofia, entrou para a ordem dos frades agostinhos (1505), ordenou-se padre em 1507 e foi teólogo em 1513. A divulgação das suas 95 teses contra a hierarquia eclesiástica e as indulgências da Igreja, em 1517, marcam o seu rompimento contra a Santa Sé. Publicou posteriormente obras de combate a doutrina católica onde critica a submissão da igreja à autoridade romana, influenciado pelo nacionalismo germânico, e os sete sacramentos cristãos.
A doutrina luterana não admite a mediação da igreja entre o crente e Deus, por defender a livre interpretação bíblica pelo indivíduo, e discorda da necessidade de se praticar boas obras como forma de se obter a graça da salvação. Tem, portanto, a visão de que a natureza humana é completamente manchada pelo pecado e por isso não existe forma de buscar a santificação (Esta visão vem da interpretação de Lutero da Sagrada Escritura em Rm 1,17 e Gl 3,12.22 a luz dos escritos pessimistas de Santo Agostinho em relação à natureza humana). Todavia, os pecados do crente serão perdoados e justificados pela fé em Jesus como seu único Salvador, a chamada justificação (dos pecados) pela fé.
Discordam, também, do sacerdócio ministerial transmitido através do sacramento da Ordem. Todos os crentes participam de um único e universal sacerdócio derivado do batismo. Os sacramentos são reduzidos para apenas dois: O batismo e a Santa Ceia.
No Brasil as diversas igrejas luteranas reúnem-se, não de forma centralizada, em duas associações: CIL (Conselho de Igrejas Luteranas) e IECLB (Igrejas Evangélicas de Confissão Luterana do Brasil). Nutrem em Lutero, como em todas as igrejas luteranas do mundo, um respeito profundo e o chamam grande mensageiro de Deus. Todavia, afastam-se de Lutero em muitos pontos, como por exemplo na veneração a Maria como Mãe de Deus que podemos ver explicitamente em palavras do mensageiro: “Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida de descendência real (descendente do rei Davi) é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar bastante (nunca poderemos exaltar o suficiente), a mais nobre imperatriz e rainha, exaltada e bendita acima de toda a nobreza, com sabedoria e santidade.”
Alguns anos atrás surgia em muitas igrejas luteranas, principalmente na Alemanha, um movimento, liderado por leigos e até pastores, de revisão de alguns dogmas desta igreja em vista aos milagres acontecidos em Lourdes e Fátima. Esta revisão prega o resgate do culto a Virgem que segundo eles ao ser sufocado, no coração dos evangélicos, foram destruídos os sentimentos mais delicados da piedade cristã. Este movimento pode ser visto como um álibi para uma maior aproximação (já existe um bom diálogo) entre católicos e luteranos.
Os Calvinistas ou Presbiterianos
O Fundador do Calvinismo ou Presbiterianismo foi João Calvino. Em 1527/8, embora educado na fé católica, passou para as idéias reformadoras que percorriam Europa desde o brado de Lutero em 1517. Emigrou para Genebra e depois para Basiléia, ambas cidades suiças, onde escreveu várias obras de profundas críticas a doutrina católica. A teologia de Calvino, embora semelhante à de Lutero, dá ênfase na magestade divina, engrandece demasiamente o poder de Deus, a ponto de dizer que há duas predestinações: uma para a salvação e a outra para a condenação eterna. Deus, segundo Calvino proíbe o pecado a todos, mas na verdade quer que alguns pequem, porque devem ser condenados. Ele, apesar desta doutrina ser espantadora, sabia atrair discípulos, pois afirmava que todo aquele que crê realmente na justificação por Cristo, pertence ao grupo dos predestinados, tendo a salvação garantida. Esta concepção difere dos demais cristãos que adotam a remissão dos nossos pecados por Jesus na cruz.
Ao organizar a igreja em Genebra, Calvino colocou o governo desta nas mãos de um conselho misto formado por leigos e pregadores (pastores) chamado de presbitério que tinha ainda como função zelar pela disciplina, à semelhança da inquisição medieval. Este conselho visitava casas, servia-se de denúncias e espionagem paga; os réus gravemente culpados, se persistissem no erro, eram entregues a um tribunal, onde poderiam ser torturados e até condenados a morte.
Os Calvinistas se propagaram pela França, Inglaterra, Escócia e Holanda. Com o desenvolvimento das grandes navegações partiram também para os Estados Unidos.
Os Anglicanos ou Episcopais

O fundador da igreja Anglicana (chamada também de Episcopal) foi o rei inglês Henrique VIII. Este recebeu do Papa Leão X o título de “Defensor da Fé” pela sua obra “Afirmação dos Sete Sacramentos” em resposta a obra de Lutero chamada “O Cativero Babilônico”. Todavia, em resposta à recusa da anulação de seu casamento feita pelo Papa (posteriormente Henrique VIII casou-se e descasou-se sete vezes), o Rei instigou, em fevereiro de 1531, a assembléia do clero a proclama-lo “Chefe Supremo da Igreja na Inglaterra” o que na prática rompia a relação e a subordinação eclesiástica com a Santa Sé. Em 1532, o rei elevou à categoria de arcebispo de Cantuária (cargo mais alto da hierarquia anglicana) Thomas Cranmer que, numa viagem a Alemanha, tinha entrado em contato com o luteranismo.
A partir daí, a Igreja Anglicana afastou-se em muitos aspectos da doutrina católica, sendo muito influenciada por idéias calvinistas e luteranas. Consequentemente, muitos mosteiros foram fechados, relíquias e imagens foram destruídas. Apesar de guardar alguns aspectos da doutrina católica como os sete sacramentos e a hierarquia episcopal, nega a comunhão dos santos e a veneração à Virgem Maria. Não obstante, a hierarquia episcopal anglicana não é reconhecida pelo Vaticano, uma vez que foi reconstituída por Elisabeth I no ano de 1559, após ter sido praticamente extinta pelo rei anterior, quando nomeou um capelão dela a categoria de arcebispo de Cantuária, segundo um ritual novo chamado “Ordinal”, confeccionado no reinado de Eduardo VI.
Hoje em dia, o reatamento entre a Santa Sé e a hierarquia anglicana é ainda mais dificultado pela ordenação de mulheres ao presbiterato e até para o episcopado. Este fato tem aberto distância crescente entre os anglicanos e os católicos ( acompanhados pelos ortodoxos orientais, muito fiéis à Tradição). Porém, no século passado registrou-se na Inglaterra o chamado movimento de Oxford, chefiado por teólogos anglicanos (entre os quais John Newman, depois convertido ao catolicismo e feito cardeal) que propunha um estudo à literatura teológica dos primeiros séculos do cristianismo ou os Padres da Igreja; mediante esse retorno a fonte, verificaram que a Igreja Católica havia guardado puramente a mensagem de Cristo e das primeiras gerações cristãs. A continuidade desse estudo é muito importante, pois pode preparar o reatamento da comunhão entre o anglicanismo e o catolicismo.
Os Congregacionalistas
Os congregacionalistas surgiram de um grupo de cristãos radicais que desejavam ir mais adiante com a reforma anglicana, segundo eles ainda muito católica. Os cristãos radicais, muitos eram pastores anglicanos, criticavam a hierarquia episcopal e a liturgia tradicional (mantidas na igreja anglicana). Ambas deviam ser abolidas em nome da “purificação” do credo e das práticas da igreja, daí serem conhecidos como puritanos. Um destes cristãos chamava-se Browne e em 1580 pregou e realizou a separação de um grupo radical da igreja Anglicana oficial na Inglaterra. Este grupo declarou-se isento de qualquer imposição doutrinária ou disciplinar; deveriam ser considerados todos iguais entre si e livres na interpretação da Bíblia.
Estas teses por serem muito individualistas trouxeram ao grupo o germe da desagregação. Com efeito dois anos depois de ser fundado, tal grupo se dividiu por motivos de dissensões internas. As teses de Browne foram reassumidas por John Greenwood, Henry Barrow e Francis Jonhson, que em 1592 fundaram uma comunidade de independentes congregacionalistas, porque afirmavam que a igreja consta de grupos (congregações) de cristãos santos sob direção própria e independentes de qualquer controle. Portanto cada igreja seria governada por sua congregação sem nenhum vínculo entre si.
Como se vê, a falta de uma autoridade central e o elevado grau de independência entre as congregações, as expuseram a cisões, assim como às incursões do racionalismo que levaram a negação de alguns dogmas, como a negação da Santíssima Trindade. Temos como exemplo a cisão de 1833 que separou os congregacionalistas unitários (contrários a Trindade) dos ortodoxos trinitários (favoráveis a ela).
Os Metodistas
O Fundador do Metodismo é John Wesley. Este participava juntamente com o seu irmão Charles de uma “comunhão” semanalmente na Universidade de Oxford, no qual praticavam o jejum, a santidade e a caridade. Devido a regularidade da sua vidas ambos eram chamados de metodistas, designação esta que conservaram. Em 1738, Wesley, após julgar ter recebido o testemunho de que conseguiria a salvação, começou a pregar e a formar pequenas comunidades em Londres e Bristol. Em 1739, passaram a pregar em casas particulares e praças públicas e não mais em templos, por não terem sido reconhecidos pela religião anglicana (oficial na Inglaterra). Posteriormente, Wesley deu a nova comunhão constituição eclesiástica própria e ele mesmo impôs as mãos e nomeou um dos seus ministros “bispo metodista”. Portanto é assim que o metodismo tem os seus “bispos” no sentido impróprio da palavra, pois lhes falta o essencial, ou seja, a sucessão apostólica.
A atenção dada ao Espírito Santo e à santificação pessoal, sentida pela experiência da ação do Espirito Santo no íntimo do crente (subjetivismo), prepara o surto dos grupos pentescostais no século XX, que começaram com o desejo de Holiness (Santidade) nos Estados Unidos.
Os Batistas
Os batistas têm por fundador o inglês John Smyth (+1617). Foi, primeiramente, pastor anglicano. Movido pelo espirito reacionário que agitava não poucos cristãos de sua pátria, queria uma reforma ainda mais radical do que a anglicana; em particular, não se conformava com a organização hierárquica (episcopal) e a liturgia dos anglicanos, que ele julgava supérfluas. Foi influenciado pelas idéias anabistas ( não reconhecimento da tradição cristã de batismo em crianças, presente na igreja primitiva e também na católica) e pregava assim o rebatismo em todo o crente batizado quando criança. Por isso formou, em Gainsborough, uma pequena comunidade dissidente do anglicanismo no ano de 1604; foi, porém, obrigado a se exilar com os seus companheiros, indo ter a Amsterdam (Holanda), onde o calvinismo predominava. Na verdade, afastam-se da tradição bíblica e cristã pois lemos que vários personagens pagãos professaram a fé cristã e se fizeram batizar “com toda a sua casa”; assim o centurião romano Cornélio (At 10, ls.24.44.47s), a negociante Lídia de Filipos (At 16,14s), o carcereiro de Filipos (At 16,31-33), Crispo de Corinto (At 18,8) e a família de Estéfanas (1 Cor 1,16). A expressão “casa” (oikos, em grego) designava o chefe de família com todos os seus domésticos, inclusive as crianças.
Cada comunidade batista é independente de qualquer autoridade visível, seja eclesiástica, seja civil; é regida diretamente “por Jesus Cristo e pelo Espírito Santo”, que agem na assembléia. Esta tem todo poder de eleger os seus pastores e diáconos e substituí-los, não havendo, portanto, hierarquia nem jurisdição eclesiástica.
Em sua teologia, os batistas seguem teses calvinistas. Assim, por exemplo, ensinam que Deus predestina os homens, diretamente não só para a glória, mas também para a condenação eterna. Afirmam também que a justificação ou a graça é obtida mediante a fé apenas e esta encobre os pecados.
Professam os “sacramentos” do batismo e da Santa Ceia, todavia estes não são meios comunicadores da graça (que vem somente pela fé), mas servem apenas para fortalecer aqueles que os praticam com fé. Logo, divergem da Tradição cristã primitiva (seguida pelo catolicismo) no qual o sacramento é um canal da graça que realiza seu efeito ou comunica a graça mesmo a uma criancinha antes do uso da razão
Hoje em dia se contam mais de 20 ramos batistas, que em 1905 se uniram de maneira um tanto vaga na Liga Mundial Batista; são, entre outros, os batistas calvinistas, os batistas congregacionalistas, os batistas primitivos, os batistas do livre pensamento, os batistas dos seis princípios (porque aceitam como único fundamento da fé e da vida cristã os seis pontos mencionados em Hb 6,1s: arrependimento, fé, batismo, im-posição das mãos, ressurreição dos mortos, juízo eterno), os batistas tunkers, os batistas campbellitas, os batizantes a si mesmos, os batistas abertos, os batistas fechados, os batistas do sétimo dia (observantes do sábado e não do domingo), etc.
Os Adventistas
O fundador da denominação adventista (termo que quer dizer vinda) é William Miller camponês nascido de pais piedosos batistas. Em 1816 de acordo com a sua interpretação de uma passagem bíblica (Dn 8,5-11), Miller chegou a conclusão que a segunda vinda de Jesus se daria em 1843. Erroneamente interpretou os 2300 dias mencionados na passagem como se fosse anos. Quando a comunidade batista o excomungou, em 1843, Miller tinha realizado várias assembléias nos campos, com a participação de milhares de ouvintes. O ano passou e nada aconteceu e Miller refez o cálculo para 1844. Esta nova previsão falhou e é desta época a origem do termo adventista. Na verdade, as previsões são contrárias ao evangelho que no diz: “Quanto àquele dia e àquela hora, ninguém sabe, nem mesmo os anjos do céu, mas somente o Pai” (Mt 24, 36).
Como as suas previsões falharam, os adventistas justificaram o seu erro dizendo que Jesus estava a examinar os homens defuntos, aprovando ou reprovando cada um deles. Quando esta obra gigantesca acabasse, os vivos passariam pelo mesmo jugalmento, e o fim estaria próximo. Nota-se aqui a idéia do homem como ser mortal e a morte física como um estado de repouso (inconsciência) das almas. Isto é uma interpretação judaica do Antigo Testamento que defendia a tese do “cheol” ou região subterrânea onde, após a morte, as almas dos bons e dos maus adormeceriam (Sl 87,11-13; Is 38,18s…). O Novo Testamento, ao declarar a superioridade da nova aliança, ensina que logo após a morte o homem entra na sua sorte definitiva; os bons verão a Deus face a face (Fl 1,21-23; 2Cor 5,6-10; 1Jo 3,1-3…).
Atualmente, devidos a cisões comuns a todos os protestantes, os Adventistas se dividem em: adventistas evangélicos, a Igreja de Deus, adventistas do sétimo dia (defendem os Sábados como dia santo e não os Domingos, como tradicionalmente fazem os demais cristãos por ser o dia da ressurreição de Jesus) a União da Vida e do Advento, adventista da era vindoura…
Os Pentecostais
O movimento pentecostal tem a sua origem nos Estados Unidos no final do século XIX e início do século XX. Surgiu dentro do metodismo como um novo movimento de renovação dito “Holiness” (Santidade). Esse movimento ensinava que depois da conversão (necessária para a salvação) o cristão deveria passar por uma “segunda benção” ou uma nova e mais profunda experiência religiosa, que era chamada de “batismo no Espírito Santo”.
Em 1900 um grupo de metodistas que tinham aderido ao “Holiness”, após interpretarem passagens da Bíblia (At 2,1-12; 10, 44-48; 19, 17), chegaram a conclusão que o sinal característico do batismo em línguas é o dom das línguas (Glossolalia). Posteriormente o grupo buscaram os outros dons do Espírito Santo, entre os quais a cura de doenças pela imposição das mãos.
Todavia, como em todo o protestantismo, estes grupos se dividiram e acabaram por formar novas comunidades religiosas. Não é a toa que o pentecostalismo é o ramo do protestantismo que possui o maior numero de grupo e seitas completamente independentes entre si, estão hoje divididos em milhares de agremiações, e isto é contrário a união entre os cristãos pregada pelo Evangelho. Não tem sacramentos, pois, como os batistas, estes não são meios comunicadores da graça (que vem somente pela fé), mas servem apenas para fortalecer aqueles que os praticam com fé.
No Brasil os pentecostais se subdividem em vários seitas. Veremos, abaixo, bem rapidamente as duas seitas pentecostais de maior número e que mas crescem no Brasil.
Assembléia de Deus:. Esta seita tem a sua origem numa assembléia geral de pastores de várias agremiações que se uniram e formaram em 1914 na cidade de Hot Springs (EUA) a Assembléia de Deus. No Brasil, o movimento pentecostal que deu origem a Assembléia de Deus foi o primeiro a chegar (no 1910, em Belém) por intermédio de dois jovens suecos. Este movimento, como todo pentecostal, caracteriza-se por ter uma mentalidade pouco crítica e também pela interpretação da Bíblia ao “pé da letra”.

Universal do Reino de Deus: Esta seita foi fundada no Brasil em 1977 por Edir Macedo Bezerra. Quatro anos mais tarde ele e o seu cunhado Romildo Soares se outorgaram “bispos”. Em 1991, segundo a entrevista concebida pelo seu cunhado, após ter rompido com Edir Macedo, o fundador da seita teria dito que “este negocio de bispo serve apenas como título para envolver os católicos”. O grande interesse de sua doutrina não é o louvor a Deus e a sua adoração. Mas é o serviço do homem, numa espécie de pronto socorro. Concomitantemente, o culto a Deus torna-se secundário, afastando-se do principio básico da religião que é de ser teocêntrica (Glorificar à Deus) e não antropocêntrica (satisfazer os desejos do homem).

Fonte:siteafeexplicada

A Língua dos Anjos

“Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine”. [1Coríntios 13: 1]
Existem pessoas que ao serem confrontadas com respeito ao dom de línguas, não podendo explicar a diferença entre as línguas que falaram os judeus mencionados em Atos 2, com o que supostamente são as “línguas” que falam as pessoas do movimento pentecostal, recorrem engenhosamente a dizer que o que eles falam são línguas angélicas…???
E claro que essas mesmas pessoas declaram que não podem comprovar e nem tampouco demonstrar que os sons que produzem sejam “línguas angelicais”. Se não podem comprovar e muito menos demonstrar que seus sonidos sejam línguas angelicais, porque recorrem a argumentos enganosos?
Em certa oportunidade o apóstolo Paulo escreveu:
“E sei que o tal homem (se no corpo, se fora do corpo, não sei; Deus o sabe) Foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar”. [2Coríntios 12: 3, 4]
O contexto dessas passagens claramente diz que esse homem foi o próprio Paulo e estas palavras poderiam sugerir que esta fazendo referencia a Atos 22: 17 “E aconteceu que, tornando eu para Jerusalém, quando orava no templo, fui arrebatado para fora de mim”.
O maravilhoso disso é que as palavras que escutou foram palavras inefáveis. Inefável é aquilo para o que não existem palavras com as quais descrever o que se vê ou se ouve.
Esta experiência é a base que ele teve para dizer que mesmo que Deus lhe tivesse dado o dom de falar a língua dos anjos, se não tivesse amor de nada lhe serviria. (Por isso ele diz: “Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos”, ou seja ele não diz que falava a língua dos anjos).
Sim Paulo claramente diz que essas línguas pertencem a um modo de comunicação que os humanos são incapazes de dominar (“que ao homem não é lícito falar”). Como pode ser possível que qualquer pessoa, hoje em dia, esteja capacitada para falar esse tipo de línguas que nem sequer o apóstolo Paulo pode falar? São essas pessoas superiores a Paulo, e tem escutado palavras que não lhes é dado expressar, mas para eles sim, as podem expressar? Então falando o que não é lícito aos homens falar?

Se eu disser: ainda que jogasse futebol como o Pelé ou como o Ronaldinho, mas não tivesse amor…, estaria eu dizendo que sou tão bom jogador quanto o Pelé ou o Ronaldinho? Por favor se assim você entende, reveja suas aulas do português.

Fonte:siteafeexplicada

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Ad multos annos, Santo Padre!




Jorge Ferraz

Hoje, 16 de abril de 2012, é aniversário de Sua Santidade o Papa Bento XVI. O Sumo Pontífice gloriosamente reinante completa 85 anos de vida. A ele, o nosso preito de gratidão e nossas mais efusivas felicitações pela augusta efeméride.



Lembro-me de um dia em 2005. Durante o conclave, no meio da comoção pela morte do Bem-Aventurado João Paulo II, alguns especialistas (acho que na rede Globo) apontavam como certo que o próximo Papa iria se chamar “João Paulo III”. Veio o Habemus Papam, e com ele a notícia de que o Eminentíssimo e Reverendíssimo Cardeal da Santa Igreja Romana Joseph Ratzinger, eleito vigário de Cristo, tomava sobre si o nome de Benedictus XVI.



Bento XVI! Logo depois, alguém lhe perguntou o porquê da escolha do nome. Recordo-me de que ele disse, meio brincalhão, que fora porque o último Bento tivera “um pontificado curto”. Bento XV foi Papa entre 1914 e 1922. Bento XVI já entra no seu oitavo ano de pontificado, para a maior glória de Deus, e permita a Divina Providência que ele ainda possa capitanear a grei de Deus por muitos anos.



Ad multos annos! O voto, por vezes repetido mecanicamente, reveste-se no dia de hoje de um desejo da mais pungente sinceridade; um desejo que brota ex imo cordis mei – e, penso, também do mais íntimo dos corações de todos os católicos fiéis – e que, se tal fosse possível, traduzir-se-ia infalivelmente em uma vida longa e próspera ao sucessor de Pedro. Se existe algum desejo que, por força de intensidade, é capaz de produzir eficazmente no mundo aquilo que ele significa, tal é o caso deste ad multos annos repetido com tanta freqüência no dia de hoje.



Felicidades, Santo Padre! Leio que Bento XVI já é o Papa mais longevo desde Leão XIII – que venham ainda muitos anos! Que se realizem os votos da Marcha Pontifícia; que o Santo Padre possa viver tanto ou mais que Pedro, para a maior glória de Deus e exaltação da Santa Madre Igreja, e que a Virgem Santíssima possa culminar-lhe com todas as graças necessárias para permanecer fiel à missão que a Divina Providência lhe confiou, são os meus mais sinceros votos. Auguri!

fonte:www.deuslovult.org/

Mensagem de um médico aos Ministros do Supremo Tribunal Federal

.Fernando Colonna Rosman .




Aos Excelentíssimos Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF),





Respeitosamente, informo-lhes como cidadão brasileiro, natural do Rio de Janeiro, RJ, que o direito à vida é sagrado, não tendo nenhum de nós o direito de determinar quem deve viver e quem deve morrer, não importando se o ser humano em questão tem ou não malformações.



A vida humana verdadeiramente começa no momento da concepção, a qual se dá no terço superior da trompa uterina, quando surge o zigoto pelo encontro do espermatozóide com o óvulo. O zigoto vai sofrendo mudanças num processo contínuo, até a sua nidação no endométrio uterino. Todos nós, sem exceção, começamos a nossa existência a partir da fase de zigoto (primeiros quinze dias da fecundação até a nidação), que é seguida pela de embrião (da terceira até a sétima semanas de gestação, quando todos os nossos órgãos são formados), que é seguida pela fase fetal (do início da oitava semana até as 37-39a semanas de gestação, quando se dão o crescimento e o desenvolvimento dos órgãos e sistemas já formados). Da fase fetal vem a de recém-nato lactente, depois a de criança, depois a de adolescente, a de adulto jovem, a de adulto maduro, e por fim a de adulto idoso. Negar tudo isso é negar a Verdade biológica.



Todos nós erramos e a capacidade que temos de buscar justificativas para os nossos erros (pecados) é ilimitada! Quantos tratados são escritos buscando-se justificar o que é moralmente, intrinsecamente mal! As justificativas escritas e faladas são múltiplas, geralmente bem elaboradas, e envolvem sempre uma visão parcial dos problemas complexos da vida, podendo ser justificativas jurídicas e/ou políticas e/ou sociológicas e/ou psicológicas e/ou filosóficas e/ou circunstanciais e/ou econômicas e/ou históricas, etc, etc.



A Verdade por ser a Verdade é perene, não muda! Nenhum problema complexo, que envolve o viver humano, realmente se resolve por meio de soluções simples como a aprovação de uma Lei que torna lícito o moralmente ilícito, o intrinsecamente mal. Problemas complexos exigem soluções complexas.



Toda questão polêmica, pelo simples fato de ser polêmica, ao gerar posições moralmente contraditórias, já mostra ser, em si, intrinsecamente, um mal moral, que se quer aprovar como sendo aceitável ou como sendo moralmente indiferente. Dito de outro modo: A polêmica surge quando se quer tornar moralmente lícito o que é intrinsecamente, naturalmente, um mal moral.



Nenhuma Lei consegue transformar a mentira em verdade. Sabemos que nem tudo o que é legal na Lei é moralmente lícito.



É dever do Estado defender sempre a vida, especialmente a do mais fraco, principalmente de quem não tem voz, devendo o nascituro ser incluído neste grupo, independentemente de ele ser ou não malformado, e desde o momento da concepção, pelo que foi explicado acima.



Somente a Verdade nos torna verdadeiramente humanos, verdadeiramente livres e verdadeiramente felizes. Onde o Amor prevalesce todos os problemas, por mais complexos que sejam, encontram a sua solução. Lembrem-se do exemplo da madre Teresa de Calcutá, que sempre defendeu a prevalência do Amor na solução dos problemas complexos da vida. Ela, aparentemente sem nada, no seu testemunho de Amor ao próximo, incluindo as crianças não-nascidas, não-queridas, conseguiu com a ajuda de Deus, o humanamente impossível.



Os Senhores e Senhoras Ministros do STF, como Doutores da Lei, devem lembrar-se que o Dono da Verdade está acima de nós. Sem Ele não somos nada e facilmente trocamos os pés pelas mãos.





Atenciosamente.



Fernando Colonna Rosman

Professor Adjunto

Departamento de Patologia

Faculdade de Medicina

Universidade Federal do Rio de Janeiro




 
Fonte: veritatis splendor

domingo, 15 de abril de 2012

SBB publica a Septuaginta e acaba mentira protestante



Era praxe no meio protestante, sacarem do seu paiol de mentiras estratégicas a afirmação: “a Igreja Católica colocou sete livros na bíblia em 1546, no concílio de Trento. Estes livros são “apócrifos”, “espúrios”, "escondidos", "secretos", "obscuros". Faziam isso com diabólica intenção de caluniar a Igreja Católica.
Recentemente a SBB – Sociedade Bíblica do Brasil, que publica as bíblias protestantes no Brasil, acabou com séculos de mentira protestante, quando para a surpresa de todos, publicou aSeptuaginta, ou seja, uma bíblia que reúne os livros do Velho testamento usada pelos apóstolos de Jesus e que contém os sete livros que eles, os protestantes, alegavam que a Igreja Católica havia “acrescentado”.
De sorriso amarelo, a SBB publicou o seguinte texto confuso que promovia a obra:
Septuaginta (ou Tradução dos Setenta)
Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C.
A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.
Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões
do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos
pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.”
http://www.sbb.org.br/interna.asp?areaID=45
Vamos por partes, fazer as devidas correções no despistador texto da SBB:
1- Diz a SBB: “Esta foi a primeira tradução. Realizada por 70 sábios, ela contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica, pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C.”
Correção: os sete livros não fazem parte da coleção hebraica, porque essa tal “coleção hebraica” é posterior a coleção cristã, é do final do primeiro século e foi feita pelos judeus que perseguiram Jesus e queriam extirpar os livros cristãos do meio judaico. Confirmando isso diz a SBB em vergonhosa contradição: ” A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia”. Detalhe: a “Igreja primitiva” é a Igreja de Jesus, a mesma e milenar Igreja Católica.
2- Diz a SBB: “Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.”
Correção: os sete livros são chamados “apócrifos” pelos inimigos de Cristo que os arrancaram de seu cânon judaico, feito só no final do primeiro século. Deram-lhes malandramente o nome de “apócrifos” para desclassificá-los e os protestantes engoliram e se acomunaram aos escarnecedores de Jesus.
"Apócrifos" sempre significou: [escritos de assunto sagrado não incluídos pela Igreja no Cânon das Escrituras autênticas e divinamente inspiradas.] (Dicionário Enciclopédia. Encarta 99).
Ou seja, “apócrifos” são os livros que ficaram fora do Cânon da Igreja, e os que estão na Septuaginta, estão sim no Cânon da Igreja, e a SBB provou isso dizendo: ” A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia”.
3- Diz a SBB: Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.”
Ou seja: a SBB está simplesmente confessando que a Septuaginta, que é o velho Testamento da bíblia católica  “foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.
Isso explica o porquê de tais livros já se encontrarem, inclusive, na Bíblia de Gutemberg, impressa cerca de 100 anos antes da Reforma Protestante.
A Bíblia de Gutemberg pode ser acessada e integralmente consultada na Biblioteca Britânica, neste link: http://molcat1.bl.uk/treasures/gutenberg/search.asp
Lutero traduziu para o alemão os livros deuterocanônicos. Na sua edição alemã datada de l534 o catálogo é o mesmo dos católicos. A sociedade Bíblica protestante até o sec. XIX incluíam os deuterocanônicos em suas edições da Bíblia.
Depois disso os excluiu, e para justificar essa grave blasfêmia, criaram um mar de calúnias contra a Igreja Católica. Até hoje os protestantes costumavam levianamente pregar uma justificativa mentirosa para cada livro que arrancaram.
Logo, o que o protestantismo usa não é a bíblia, mas o cânon farisaico do Velho Testamento, junto ao cânon católico do Novo Testamento.  Logo o que o protestantismo prega não é a verdade, mas a Mentira, esse instrumento do Diabo.
“Vós tendes por pai o Diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele é homicida desde o princípio, e nunca se firmou na verdade, porque nele não há verdade; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio; porque é mentiroso, e pai da mentira”. (Jo 8,44).

Por Fernando Nascimento

Fonte: http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2012/03/sbb-publica-septuaginta-e-acaba-mentira.html

O que o protestantismo omite sobre a Bíblia. A Igreja escondeu a Bíblia do povo e impedia que fosse lida?


Foi S. João Crisóstomo no Século IV que cunhou pela primeira vez o nome, “Bíblia”, porque nem os judeus a chamavam assim. A palavra “Bíblia” vem do Grego “Biblos” = O Livro. (1)

Foi S.Atanásio, que através de sua Carta dirigida às Igrejas sob sua jurisdição em Constantinopla, que delimitou o Novo Testamento tal como conhecemos hoje. E isto ocorreu no ano de 367 DC. (2)

Em 390 a Igreja reuniu os livros que hoje compõem a Bíblia a partir da versão da Septuaginta para os livros do Velho Testamento, e que foi a versão que Cristo e os Apóstolos usaram nas citações contidas do VT nos Evangelhos e Cartas Apostólicas. (Eles não usaram a versão de Jâmnia porque o cânon do Sínodo de Jâmnia ocorreu posteriormente, no ano 100 DC., e foi organizado para expurgar os livros cristãos da Bíblia.) (3) 

Contraditoriamente, Lutero foi buscar no Canon de Jâmnia a base para a sua Bíblia, justo o Sínodo fariseu que criou as regras para expurgar das Escrituras os textos cristãos.

Segue-se, no inicio dos anos 400 a tradução de S. Jerônimo de toda a Bíblia, VT e NT, dos originais gregos, aramaicos e hebraicos, o que chamamos de Vulgata Latina, onde o “vulgata” quer dizer "popular" pois o latim vulgar era a língua falada pelo povo e não pela Igreja, que usava o latim eclesiástico, mais elaborado e difícil. (4)

No século VII, ocorreu a primeira tradução da Bíblia para uma nova língua surgida pela formação dos Estados Nacionais, a Bíblia foi traduzida para o Francês. Também no século VII foi feita a tradução para o Alemão, a primeira, não a de Lutero, que só seria feita 800 anos depois. (5)

Para o Inglês a Bíblia católica foi traduzida no século VIII, por Adelmo, bispo de Sherborne, e S. Beda o Venerável.
Uma tradução do século IX da Bíblia para o inglês (no dialeto anglo-saxão) foi feita por Alfred. Uma tradução do séc. X para o inglês foi feita por Aelfric. Foi feita uma tradução em 1361 da maior parte das Escrituras no dialeto inglês (anglo-normando). Isto foi vinte anos antes da tradução de Wycliffe em 1381. (6)

Também no século IX, a Bíblia foi traduzida para o Eslavo, por Cirilo e Metódio, evangelizadores desses povos. (7)

A divisão da Bíblia em capítulos e versículos, que os protestantes usam para se situarem, foi uma criação de um Bispo Católico, o arcebispo católico britânico de Canterbury, St. Estêvão Langton (morreu em 1228), que foi o primeiro a dividir as Escrituras em capítulos: 1.163 capítulos no VT e 260 no NT. (8)

A primeira versão da Bíblia para o Espanhol ocorreu no século XIII , sob o Rei Afonso V de Castela, 300 anos antes de Lutero. (9)

Em 1300 D.C. temos a primeira tradução da Bíblia para o Norueguês, 200 anos antes de Lutero. (10)

E a primeira Bíblia impressa foi a Bíblia Católica, impressa pelo Católico Gutemberg no ano de 1454 DC, quase 100 anos antes de Lutero. (11)
E a impressão da Bíblia é que fez com que ela se popularizasse, cem anos antes da revolta do monge alemão apóstata.

Veja, agora, um trecho católico anterior à Revolta protestante, que, no meu entender, seria suficiente para encerrar a questão: 
"Todos os cristãos devem ler a Bíblia com piedade e reverência, rezando para que o Espírito Santo, que inspirou as Escrituras, capacite-os a entendê-las... Os que puderem devem fazer uso da versão latina de São Jerônimo; mas os que não puderem e as pessoas simples, leigos ou do clero... devem ler a versão alemã de que agora se dispõe, e, assim, armarem-se contra o inimigo de nossa salvação"(12)

Termina assim o engodo dos que mentem dizendo que a Igreja escondeu a Bíblia do povo, e impedia que fosse lida. Antes de Lutero fazer sua tradução a seu bel prazer para o alemão, com critérios que excluíam sete livros cristãos da Bíblia, desde o século VIII, a Igreja Católica já traduzia para o vernáculo a Palavra de Deus para o povo.

O próprio Lutero disse: "foi um efeito do poder de Deus que o papado preservou, em primeiro lugar, o santo batismo; em segundo, o texto dos Santos Evangelhos, que era costume ler no púlpito na língua vernácula de cada nação..." (13)

Como se vê, a falácia protestante de que a Igreja foi contrária à Bíblia, é, não somente uma falsidade, como não possui qualquer embasamento histórico.

Fonte: http://fimdafarsa.blogspot.com.br/2012/03/o-que-o-protestantismo-omite-sobre.html

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Notas:

(1) "What Say You?" p. 244-289 © 1945 By David Goldstein.

(2) The Bible Through the Ages © 1996, Readers Digest Association, New York.

(3) Ler sobre escritos do Mar Morto em http://www.vivereparvo.com/estudos/os_rolos_manuscritos.htm

(4) Fonte protestante: http://comunidadeabiblia.net/teologia/estudos-biblicos/a-biblia-vulgata.html

(5) The Catholic Encyclopedia, Volume XV Copyright © 1912

(6) Encyclopedia Britannica © 1999-2000

(7) Warren H. Carroll, The Building of Christendom (Christendom College Press, 1987) pp. 359, 371, 385.

(8) The Only Begotten, Chapter 7, p. 130 by Michael Malone: CATHOLIC TREASURES, © 1997

(9) Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Volume 4, Hanry G. Allen & Company

(10) The Encyclopedia Britannica © 1999-2000

(11) The Bible Through the Ages © 1996, Readers Digest Association, New York.

(12) The publisher of the Cologne Bible [1480]

(13) De Missa privata, ed by Jensen, VI, Pg 92.


Por Fernando Nascimento

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Sexta Feira Santa e o mistério da cruz


“O coração tem razões que a razão não compreende”: expressão da sabedoria popular que se usa para definir atitudes humanas indefiníveis. A mesma expressão há de valer, e com maior razão, para aceitarmos as “loucuras de amor” do coração de Deus no mistério da Cruz. Por isso mesmo que é mistério, a inteligência entende menos a Cruz que o coração. São “pensamentos do coração”. A Cruz simboliza as duas direções que se cruzam do mandamento do amor: o amor a Deus na direção vertical e o amor ao próximo na direção horizontal. Pela primeira Carta do Apóstolo João (1Jo 4, 10), sabemos que antes de mandar amar, Deus nos amou primeiro. Em sua encíclica “Deus é amor”, o Papa Bento XVI observa: “Agora o amor já não é apenas um mandamento mas é a resposta ao dom do amor com que Deus vem ao nosso encontro” (nº 10).
Antes de mandar amá-lo e amar o próximo, Ele ama.
A Cruz é o sinal que marca, envolve e acompanha a vida do cristão. Ela é sempre a forte lembrança da maior prova do amor de Deus pela humanidade: a entrega do seu Filho único pela vida do mundo. A Eucaristia é mais do que simples lembrança do ato de amor.
É a sua presença duradoura, fonte e ápice da vida cristã, conforme a define o Concílio Vaticano II. A Cruz só fala do amor. Olhá-la e não ver o que ela significa de amor é não ver sentido nela. Como os judeus, só vê nela motivo de escândalo; como os pagãos, só vê loucura, conforme testemunha São Paulo na primeira Carta aos Coríntios: “Pois o que é dito loucura de Deus é mais sábio do que os homens e o que é dito fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1, 25).
Olhar a Cruz e não ver que foi nela que Jesus Cristo, o amor encarnado de Deus, deu sua vida por nós é não ver o que viu o oficial romano que estava bem na frente da Cruz na hora em que Jesus expirou: “De fato esse homem era mesmo o Filho de Deus” (Mc 15, 39).
Olhar a Cruz e não ver que nela se travou o verdadeiro duelo entre vida e morte com a vitória da vida é estar desamparado na fé segundo declaração do Apóstolo Paulo: “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé”. Eis a mais bela lição da Cruz na qual Jesus Cristo ofereceu por nós sua vida: a morte por amor não é negação da vida. É passagem, é páscoa. É assim também toda morte unida à dele: caminho para a ressurreição.
Cito mais uma vez Bento XVI na encíclica “Deus é Amor”: “Eis como Jesus descreve seu caminho pessoal que o conduz através da Cruz à ressurreição: o caminho do grão de trigo que morre e dá muito fruto. Partindo do centro do seu sacrifício pessoal e do amor que aí alcança a sua plenitude, Ele, com tais palavras, descreve a essência do amor e da existência humana em geral” (nº 8).
Escondido pelo manto da noite para não ser reconhecido pelos companheiros do Sinédrio e, ao mesmo tempo, atraído pela Luz que desfaz as trevas, Nicodemos vai ao encontro de Jesus porque sente que Deus está com Ele mas ainda não vê Deus nele. E Jesus revela-lhe: “É necessário que o Filho do homem seja levantado para que todos que nele crerem tenham a vida eterna” (Jo 3, 14).
Levantado na Cruz ele esteve para que todos vejam nele quanto Deus amou o mundo entregando o seu Filho unigênito; levantado na Cruz ele implorou perdão ao Pai pelos seus algozes que não “sabem o que fazem”, jeito próprio da misericórdia divina de perdoar; levantado na Cruz ele deu cumprimento ao oráculo do Senhor Javé ao profeta Ezequiel: “Deus não quer a morte do pecado, e sim que ele se converta e viva” (Ez 18, 23-32).
Na Sexta-feira Santa, a liturgia da Igreja celebra o mistério da Cruz fazendo-nos sentir o significado e o alcance dos sofrimentos de Jesus como Sumo Sacerdote da nova Aliança: “Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos. E tornou-se a fonte de salvação eterna para todos que lhe obedecem” (Heb.5, 8-9). A sua experiência de “Servo Sofredor” era inseparável da sua experiência íntima com Deus. O momento comovente dessa celebração é a “Adoração da Cruz”, exposta de modo encenado e com a participação dos fiéis.
E, a cada vez que a Cruz vai sendo desvelada, canta-se: “Eis o lenho da Cruz do qual pendeu a salvação do mundo. Vinde adoremos!”.
A Cruz não é um lenho que significa morte mas vida. Celebramos a morte do Senhor na Cruz; hoje contemplamos sua cabeça coroada de espinhos, suas chagas expostas e o lado do seu coração rasgado pela lança; hoje beijamos seu Corpo pendente na Cruz; consolamos sua mãe dolorosa que nos foi dada por Ele mesmo como nossa mãe.
A Igreja também canta nesse dia: “Salve, ó Cruz, nossa esperança!”
Porque, no primeiro dia da semana, manhã da Páscoa da nova Aliança, como Ele mesmo havia predito, “o Filho do homem sofrerá muito, será entregue à morte, mas ao terceiro dia ressurgirá” (Mt 16, 21).
Ele “retomará a vida que livremente ofereceu ao Pai” para caminhar vitorioso no meio de nós: “Eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28, 20).
Se me perguntarem: por que Jesus Cristo quis morrer na Cruz? Responderei simplesmente: o coração de Deus tem razões que a inteligência humana não compreende.


do Blog: a fé explicada

Jeová e suas testemunhas




Os hereges entendem sempre de forma distorcida tudo o que a Igreja faz com retidão.” (S. Gregório Magno, Moralia in Job, Libro VI, 41)


Gostaria de começar a elucidar um pouco mais sobre esta seita com esta bela frase acima citada, pois acolhe perfeitamente o que ocorre de forma direta e indireta através de sua “metodologia evangelizadora”. Nesta breve contextualização abordativa (mas com extrema objetividade e de foco reflexivo) será salientado o histórico desta seita que hoje ainda continua a atacar a Santa Sé com sua “doutrina”.
O Fundador das Testemunhas de Jeová foi um rico comerciante americano: Sr. Charles Tase Russel (1852 – 1917). O nome porém, é de autoria do imediato sucessor: o Sr. Rutherford.
É bom que se diga logo de início: a seita não é cristã, pois, além de muitas verdades do credo cristão, nega a própria divindade de Cristo.
Russel, de família presbiteriana, aos 20 anos passou aos adventistas, encantado com a idéia de que o inferno não existia. Talvez na tentativa de abafar mais conscientemente a voz da consciência, uma vez que, na vida privada não era flor que se cheirasse. Para começo de conversa, a esposa o fez condenar por adultério e acabou separando-se dele. O homem devia passar-lhe uma mensalidade mas encontrou um jeito de esquivar-se à obrigação. Inventou também um trigo “milagroso”, cujas espigas atingiriam o tamanho das espigas de milho, e o vendeu a preço majorado…Homem de muita criatividade, enfim.
Iniciou suas investigações bíblicas, juntamente com um grupo de discípulos, que apelidou de “estudiosos da Bíblia”. Esperando ter mais sorte do que o mestre William, atirou-se ao estudo de números e datas, em busca do dia exato em que findaria este mundo mau, para iniciar um “paraíso terrestre de dois mil anos…” e soltou a primeira profecia; outubro de 1874. Como era previsto nada aconteceu.
Completamente leigo em assuntos bíblicos, chega a escrever bem sete volumes de comentários, são de dar enfarte num elefante. Famosa a do IV Volume. Para conseguir o número da “besta” (666), a ser aplicado ao Papa, somou números, subtraiu outros, acrescentou os dos navios da frota dos EUA e… pronto! E ninguém se atrevesse a contradizer: O que ele dizia era revelação divina.
Sempre baseado na Bíblia, arriscou a segunda profecia: o ano de 1914 marcaria o início dos 1000 anos de felicidade… E arrebentou a primeira guerra mundial (fico imaginado ele tentando explicar isso em casa…)! “Ele tinha culpa – explicava, a cada fiasco – se a misericórdia do bom Deus dava mais um prazo para os pecadores se converterem?” Muitos discípulos deram parte contra ele, pois, na certeza do fim, tinham vendido seus bens. Mas o Sr. Russel, assistido pelo advogado Rutherford (futuro sucessor… acho que já havia certo interesse a partir desse momento, e vocês?), ganhou a parada, provando que ele só tinha falado do fim do mundo: não os tinha obrigado a vender os bens.
Terceira profecia: o fim do mundo cairia, com certeza absoluta (dessa vez ele tinha certeza), em 1918. E adivinha… Realmente acabou, pra ele, que morreu um ano antes de ver que sua tentativa profética mais uma vez havia falhado (acho que “alguém” das profundezas não gostou muito dessas tentativas), bom, uma coisa ficou certa: que o Sr. Russel era um falso profeta.
John Rutherford é o sucessor. Ele também profeta – que hilariante. Para reanimar os adeptos desiludidos, interpondo prudentemente um prazo de tempo mais amplo, fez um anúncio sensacional: em 1925 voltariam Abraaão, Isaac e Jacó, para o governo dos 1000 anos!… aiai, eles estão atrasados até hoje, pois não vieram nenhum dos três… mais uma vez mentira.
O homem, por medo de ser linchado, sumiu. Voltou depois de um bom tempo e, sempre culpando do atraso a misericórdia divina, jurou que os três patriarcas estavam a caminho. Para confirmar, mandou-lhes construir, em São Diego da Califórnia, uma grandiosa mansão. Um carro de super luxo, com motorista, estava de prontidão, aguardando a chegada da “nobreza”, tudo que o Sr. Rutherford conseguiu foi morrer na dita mansão, em 1942.
Terceiro sucessor Nathan Knorr. Ensinado por tantas garfes, doravante, as testemunhas de Jeová se tornam mais prudentes. Como primeiro ato, o Sr. Knorr vendeu a famosa mansão: era um monumento à mentira. Mas também ele não resistiu a tentação da profecia. No grande Congresso de 1960, marcou o fim do mundo para 1975. Alguém viu alguma coisa?
Apesar de tantas mancadas, as Testemunhas de Jeová continuam arrumando seguidores. O método de conquista é baseado na persistência e na organização comercial do trabalho. São vendedores de religião (a religião deles), de porta em porta ganham muitíssimo dinheiro, à custa dos simplórios. Resulta, do Anuário das Testemunhas de Jeová de 1983, página 30, que só para remunerar seus milhares de propagandistas a tempo pleno, gastaram 20.843.248,53 dólares.
Naturalmente para a sua propaganda que eles chamam de Evangelização, as Testemunhas de Jeová se baseiam na Bíblia. Mas cuidado, muito cuidado! Nos primeiros encontros, eles podem apresentar uma Bíblia Católica, se for necessário, até com a fotografia do Papa, mas logo em seguida a substituem com uma bíblia deles intitulada “Novo Mundo das Sagradas Escrituras”. Dita Bíblia diz tudo o que eles querem e como querem, pois a esse fim foi oportunamente retocada e manipulada. E o povinho cai na armadilha.
Quem deseja conhecer mais a fundo sobre as heresias e contradições das Testemunhas de Jeová, leiam o interessante livro “Eu era Testemunha de Jeová” de Gunter Pape (sugiro também este Testemunho incrível aonde pode-se encontrar mais detalhes sobre as heresias desta seita, disponível em: http://www.pr.gonet.biz/kb_mainframe.php?num=450), um pastor deles que passou ao Catolicismo. Mais ainda: leiam o livro “Crise de Consciência” (mais detalhes em: http://testemunhas.wikia.com/wiki/Crise_de_Consci%C3%AAncia) de Raymondo Franz, sobrinho do atual presidente das Testemunhas de Jeová, com sede em Brooklin – EUA – O rapaz, diante das barbaridades da sua seita, entrou em crise e foi posto no olho da rua. No seu livro conta tudo detalhadamente.
Não considera-se as Testemunhas de Jeová como um seguimento protestante, pois existem desvios gravíssimos na doutrina por eles ensinadas, os pontos principais são:
1. Negam a Trindade, isto é, que haja um só Deus em três Pessoas;
2. Negam a Divindade de Jesus Cristo, isto é, Jesus Cristo não é Deus, mas uma criatura, a primeira criatura feita por Deus e usada como instrumento de tudo, e mais, quando se fez homem, a sua natureza foi completamente mudada de Angélica e Espiritual em humana e material, de Miguel Arcanjo virou o homem Jesus Cristo, quando morreu na cruz, acabou-se de uma vez, negam também a Pessoa do Espírito Santo;
3. Negam que a alma humana seja espiritual e imortal, quando o corpo do homem morre, a sua alma cessa de existir;
4. Negam a possibilidade de todos se salvarem;
5. São contrários à transfusão de sangue;
6. Têm aversão para com todas as denominações Protestantes e em particular contra a Igreja Católica, não aceitam o culto a Nossa Senhora e aos Santos, a veneração cristã da cruz…;
7. Rejeitam os dados da ciência, pois para eles o mundo existe há 48.000 anos e o homem foi criado no outono do ano 4.026 antes de Cristo;
8. Como os Adventistas, também as Testemunhas de Jeová esperam a iminente vinda de Cristo. Quando Ele vier, salvará somente as Testemunhas de Jeová. Não acreditam no Inferno nem no Purgatório;
9. Rejeitam toda autoridade, civil e religiosa. Não aceitam o serviço militar nem o serviço civil correspondente. Nas eleições negam-se a votar;
A analisar por nota conclusiva deixo-vos uma bela frase que adéqua-se a esta seita assim como seu seguidores:

“Aquele que não crê conforme a tradição da Igreja católica, coloca-se de acordo com o diabo.” (S. João Damasceno, Exposición de la Fe, IV, 10[83])

Martinho Lutero sobre os crucifixos, imagens de santos e o Sinal da Cruz




Artigo traduzido do livro Martinho Lutero: Analise Crítica Católica e Louvor. Contem uma série de citações de Lutero a respeito do crucifixo e imagens.

CRUCIFIXOS

O costume de segurar um crucifixo diante de uma pessoa que esteja morrendo tem mantido muitos na comunidade Cristã e permitiu-lhes morrer com uma Fé confiante no Cristo crucificado. (Sermão sobre João, Capítulos 1-4, 1539; LW, Vol. XXII, 147)

Foi uma prática boa segurar um crucifixo de madeira diante dos olhos dos moribundos ou pressionar nas mãos deles. Isto trouxe o sofrimento e a morte de Cristo a mente, e confortava os moribundos. Mas para os outros, que arrogantemente se basearam em suas boas obras, entraram num céu que continha um fogo crepitante. Pois eles foram afastados de Cristo e falharam em impressionar a Paixão e morte vivificante de Jesus, em seus corações.(Sermão sobre João, Capítulo 6-8, 1532; LW, Vol. XXIII, 360)

Quando eu escuto falar de Cristo, uma imagem de um homem pendurado numa cruz toma meu coração, assim como o reflexo de meu rosto aparece naturalmente na água quando eu olho nela. Se não é pecado, mas sim bom em ter uma imagem de Cristo em meu coração, porque deveruiser um pecado de tê-lo em meus olhos? (Contra os Profetas Celestiais, 1525; LW, Vol. 40, 99-100)

IMAGENS E ESTATUAS DE SANTOS

Agora, nós não pedimos mais do que gentileza em considerar um crucifixo ou a imagem de um santo, como testemunha, para a lembrança, como um sinal, assim como foi lembrado à imagem de César. (Contra os Profetas Celestiais, 1525; LW, Vol. 40, 96)

E eu digo desde já que de acordo com a lei de Moises, nenhuma outra imagem é proibida, do que uma imagem de Deus no qual se adora. Um crucifixo, por outro lado, ou qualquer outra imagem santa não é proibida. (Ibid., 85-86)

Onde, porém, imagens ou estatuas são produzidas sem idolatria, então a fabricação delas não é proibida.

Meus confinadores devem também deixar-me ter, usar, e olhar para um crucifixo ou uma Madonna… Contanto que eu não os adore, mas apenas os tenha como memoriais. (Ibid., 86,88)

Porém, imagens para memoriais e testemunho, como crucifixos e imagens de santos, são para ser tolerados… E não são apenas para ser tolerados, mas por causa do memorial e testemunho eles são louváveis e honrados… (Ibid., 91)

SINAL DA CRUZ

Oração da Manhã

De manhã, quando você levantar, faça o sinal da santa cruz e diga:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém…

À noite, quando fores dormir, faça o sinal da santa cruz e diga:

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.

(Pequeno Catecismo, 1529, Seção II: Como o Chefe da Família Deve Ensinar a Sua Família a Orar Pela Manha e Noite, 22-23)

Assim se originou e continua entre nós o costume de dizer a graça e retornando graças às refeições, e outras orações de manhã e à noite. Da mesma fonte veio a prática com crianças de benzer-se a visão ou audição de ocorrências aterrorizantes… (Grande Catecismo, 1529, O Segundo Mandamento, seção 31, p.57)

Se o diabo coloca na sua cabeça que em você falta a santidade, a piedade e o merecimento de Davi e por essa razão não podem ter certeza que Deus escutará você, faça o sinal da cruz e diga a si mesmo: “ Deixe ser piedosos e dignos aqueles que serão!! Eu sei com certeza que eu sou uma criatura do mesmo Deus que criou Davi. E Davi, independente de sua santidade, não tem um Deus nem melhor nem maior do que eu.” (Salmo 118, LW, Vol. XIV, 61)

Se você tiver um poltergeist ou espírito tocando em sua casa, não vá e discuta sobre isso aqui e ali, mas saiba que não existe um espírito bom ao qual não procede de Deus. Faça o sinal da cruz quietamente e confie em sua fé. (Sermão do Festival da Epifania, LW, Vol. 52, 178-79)



BIBLIOGRAFIA E FONTES PRIMÁRIAS
 Grande Catecismo, 1529, traduzido por John Nicholas Lenker, Mineapolis: Augsburg Publishing House, 1935.
Os Trabalhos de Lutero (LW-Luther’s Work), Edição Americana, editado por Jaroslav Pelikan (volumes 1-30) e Helmut T. Lehmann (volumes 31-55), São Luis: Concordia Pub House (volumes 1-30); Filadelfia: Fortress Press (volumes 31-55), 1955.
Armstrong, Dave. Martinho Lutero sobre os crucifixos, imagens de santos e o Sinal da Cruz. [Traduzido pela colaboradora Ana Paula Livingston]. Disponível em: http://socrates58.blogspot.com/2008/04/martin-luther-on-crucifixes-images-and.html. Acesso em : 05/03/2011
 
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