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quarta-feira, 27 de junho de 2012

O que se fala pode acabar uma relação




A língua solta já pôs a perder muito do que um dia se chamou de amor.

O que vi naquele avião foi o claro começo de um divórcio. Diante de todos a discussão prosseguiu por quase três horas. Ele pedindo que ela parasse e deixasse para conversar quando chegassem e ela insistindo que ele respondesse ali, diante de todos às suas perguntas. Situação vexatória para todos os casais ali presentes. A uma senhora que tentou falar com ela dizendo que não é assim que se revolvem os conflitos de um casal ela gritou que calasse a boca. Os outros casais disseram a ela que quem deveria se calar era ela que estava visivelmente fora de si.

Calou-se por três minutos e recomeçou tudo. Ele, pedindo com calma que ela deixasse o assunto para discutir em casa. Mas ela queria ali diante de todos no maior barraco. Ele tinha que responder ali, naquele avião lotado de passageiros perplexos ante a violência das palavras, alguns deles bem casados, bem educados, um o outro divorciado, mas chocado. Não é assim que se segura um casamento e se não dá mais para conviver não é assim que se divorcia. Mas as invectivas prosseguiram até saírem do avião.

Às vezes o desnorteado é ele. Às vezes, ela. No caso, foi ela, mas todos no avião estavam assistindo ao fim patético de mais um casamento. É bem assim que começam os divórcios e as graves rupturas: desrespeito, batalha campal, teimosia, humilhação, exposição do outro, nada menos do que a derrota do outro. Tem que ser naquela hora e daquele jeito. Os espectadores precisam saber quem manda naquela relação ou quem se cansou dela.

Se ele levantasse a voz, perdesse a paciência ou levantasse a mão ela seria defendida. Mas como foi ela quem aprontou a cena humilhante, divorciados, bem casados, maridos e mulheres ali presentes tomaram o lado dele. Ela queria que o avião inteiro soubesse quem ele realmente era. Enquanto isso, mostrava quem realmente ela era. Se não era, estava histérica. Poucos descontroles chegam àquele nível. Foi destempero suicida. Homens aprontam barracos, Mulheres também. Quem quer que o faça aumenta a fissura e propicia a ruptura.

Casais se desentendem. São humanos. Humanos às vezes têm rompantes. Mas quando se chega a este ponto é melhor que ambos se calem, porque a língua solta jamais resolveu conflitos conjugais.

Quando um em que vencer ali mesmo e mostrar quem tem o controle daquela casa, deixa claro sua incapacidade. Quem não está no controle de si não pode ter a pretensão de controlar uma relação, muito menos de vivê-la. A língua solta já pôs a perder muito do que um dia se chamou de amor.

Por Pe. Zezinho

terça-feira, 26 de junho de 2012

Irmãos e Irmãs de Jesus?





Autor: rev. William G. Most

Trad.: Carlos Martins Nabeto







m Mt 13, 55 e Mc 6,3, as seguintes pessoas estão nomeadas como irmãos de Jesus: Tiago, José (ou Josés - os manuscritos variam na forma) Simão e Judas. Mas, Mt 27, 56 diz que, «junto à cruz estava Maria, a mãe de Tiago e José». Mc 15, 40 diz que «ali estava Maria, a mãe de Tiago, o menor, e José». Logo, embora a prova não seja conclusiva, parece que os dois primeiros, Tiago e José, (ou Joses), - exceto se supormos que estes eram outras pessoas com os mesmíssimos nomes - eram filhos de outra mãe e não da Mãe de Jesus.



Vemos aqui que o termo «irmão» foi usado para indicar aqueles que não eram filhos de Maria, a Mãe de Jesus. Do mesmo modo, facilmente poderia ter ocorrido o mesmo com os outros dois «irmãos», Simão e Judas. Além disso, se Maria tivesse outros filhos e filhas naturais no tempo da crucifixão, seria estranho Jesus ter pedido a João para que cuidasse dela. Especialmente porque Tiago, o «irmão do Senhor» ainda estava vivo em 49 d.C. (cf. Gl 1, 19); certamente ele poderia ter cuidado dela... Lot, que era sobrinho de Abraão (cf. Gn 11, 27-31), é chamado de «seu irmão» em Gn 13, 8 e 14, 14-16. O termo hebraico e aramaico ah era usado para expressar vários tipos de graus de parentesco (v. Michael Sokoloff, A Dictionary of Jewish Palestinian Aramaic, Bar Ilan University Press, Ramat-Gan, Israel, 1990, p.45). O hebraico não tem palavra para parentes. Eles poderiam dizer ben-dod para expressar filho de um tio por parte de pai, mas para outros graus de parentesco eles precisavam construir uma frase complexa, tal como «filho do irmão de sua mãe» ou «filho da irmã de sua mãe» (para consultar expressões complexas do aramaico, v. Sokoloff, pp. 111 e 139).



Objeção 1: não deveríamos usar o hebraico, já que o grego possui um termo para designar primo e outros tipos de parentes, também os Evangelhos não se utilizam de outras palavras específicas para designar os parentes de Jesus. Eles usam somente o termo grego adelphos, o que significa irmão real.



Resposta: A Septuaginta (tradução grega do Antigo Testamento hebraico, (cuja abreviatura padrão é LXX), usa o grego adelphos para Lot que, como vimos acima, era, na verdade, sobrinho. Além disso, os escritores dos Evangelhos e Epístolas sempre tinham em mente as palavras hebraicas, mesmo quando escreviam em grego. Isto vale principalmente para São Paulo. E, como podemos ver atualmente, há uma forte evidência de que São Lucas, em certos pontos, estava traduzindo documentos hebraicos – dois tipos de hebraico [hebraico e aramaico] com grande cuidado. A LXX, para Ml 1, 2-3, traduz: «Eu amei Jacó e odiei Esaú». São Paulo, em Rm 9, 13, cita exatamente da mesma forma que a tradução grega. Ainda que os tradutores da LXX conhecessem o hebraico e o grego - e assim também Paulo - utilizaram um modo muito estranho de expressão, modificando potencialmente a expressão hebraica.



Como isso aconteceu?



O hebraico e o aramaico carecia dos graus de comparação (tais como: bom, melhor, o melhor; claro, mais claro, claríssimo) e, então, precisava-se encontrar outra forma de expressar as idéias. Enquanto nós poderíamos dizer: «Amo mais a um que a outro», o hebreu diria: «Amo a um e detesto o outro». Em Lc 14, 26, Nosso Senhor nos diz que devemos «odiar nossos pais» é óbvio, porém, que quer dizer que devemos amar mais a Cristo do que a nossos pais. De forma semelhante, em 1Cor1, 17, Paulo afirma: «Cristo não me enviou para batizar, mas para pregar»; só que o próprio Paulo já havia declarado ter batizado algumas pessoas; logo, o que realmente queria dizer é: «Minha missão mais importante é pregar; batizar é menos importante». São Paulo, em 1Tes 4, 5 diz que os gentios «não conhecem a Deus». Ele usa o termo conhecer no sentido do hebraico yada, um termo amplo que significa conhecer e amar. De fato, não são raras as vezes em que podemos afirmar que certa palavra hebraica encontrava-se na mente de São Paulo, que se expressava em grego.



Todos os estudiosos admitem que o Evangelho de São Lucas possui mais semitismos que os livros escritos por outros semitas (Lucas não era semita, mas médico de origem grega). Por quê? A princípio, parece que Lucas escrevia assim para imitar o estilo da LXX, mas, em um estudo que fiz (v. meu artigo «São Lucas imitava a Septuaginta?», publicado no Jornal [Internacional] de Estudos do Novo Testamento, jul./1982, pp.30-41, editado pela Universidade de Sheffied, Inglaterra), mostrei, estatisticamente, que Lucas não tentava imitar a Septuaginta. Eu fiz um estudo de um semitismo bem estranho em Lucas: o aditivo kai, que reflete o aditivo hebraico wau. Eis um exemplo tirado de Lc 5, 1: «E isto aconteceu quando as multidões se apertavam para ouvir dele a palavra de Deus e ele se encontrava de pé junto ao Lago [de Genesaré]». A palavra «e», grifada em itálico, poderia existir no hebraico, mas não no grego, nem mesmo no aramaico. Pela contagem real, São Lucas usa este «e» somente de 20 a 25% das vezes que poderia usá-lo, se estivesse imitando a Septuaginta. Certamente, não foi esta a razão de seu uso.



Então por que ele a empregou assim? Em linhas gerais, São Lucas nos diz que tomou grande cuidado, conversou com testemunhas oculares e checou relatos escritos sobre Jesus. Estes relatos escritos poderiam estar em grego (alguns judeus sabiam se comunicar em grego), hebraico ou aramaico. Logo, seria possível que São Lucas tivesse usado relatos escritos nessas linguagens. O problema não seria perceptível no grego se fossem usadas fontes gregas, é lógico; mas se ele usou, em certos momentos, documentos hebraicos, e se ele os traduziu com extremo cuidado - tão extremo a ponto de manter a estrutura hebraica no texto grego, onde não existiria - então poderíamos afirmar que foi dessa forma que ele resolveu fazer. As estranhas estruturas que encontramos – também anormais no aramaico - usadas por São Lucas em alguns pontos, mas não em outros, parecem demonstrar a existência de documentos hebraicos, traduzidos com extremo cuidado. Lucas sabia como escrever em grego culto, como demonstra certas passagens. Mas por que escreveu assim? Certamente por causa de seu extremo cuidado, para ser fiel aos textos originais que usava. Portanto, precisamos conhecer o hebraico fundamental para compreendermos a questão corretamente (o «e» é omitido nas traduções das linguagens modernas, como o inglês; o problema só é verificável quando lemos São Lucas na língua grega original).



Há uma palavra importante em Rm 5,19, que diz que «muitos» se tornaram pecadores (= pecado original). É óbvio, porém, que São Paulo se referia a «todos». De fato, o grego usa polloi; no grego comum, sempre significa «muitos», mas não «todos». Entretanto, se conhecermos o hebraico que estava na mente de Paulo, tudo torna-se claro. Havia uma estranha palavra, rabbim, que aparece pela primeira vez em Is 53, na profecia da Paixão. Pelo contexto, percebemos claramente que significa todos, ainda que também signifique muitos, para ser mais exato ela significa todos dos que são muitos. Por exemplo, se eu estiver em uma sala com outras três pessoas, eu poderia dizer todos, mas não poderia dizer muitos; agora, se usarmos uma concordância grega para encontrarmos todas as citações em que São Paulo usa a palavra polloi como substantivo, veremos, pelo contexto, que sempre - sem exceção - significará todos; é o caso de Rm 5, 19. Assim, precisamos retornar ao hebraico para compreender o termo grego usado aqui por Paulo.



Em outras partes, São Paulo freqüentemente faz uso do termo grego dikaiosyne não na forma estrita utilizada pelo sentido grego, mas na forma ampla do sentido hebraico de sedaqah. Há muitos outros lugares no Novo Testamento onde devemos considerar o fundamento hebraico para obter o sentido correto do grego. Demos apenas alguns exemplos que são suficientes para mostrar como os escritores do Novo Testamento trabalharam e a necessidade de se evitar que entendamos somente o que diz o grego (que insiste que devemos ignorar o fundamento hebraico, afirmando que o grego possui palavras próprias para designar primos e outros parentes, ao contrário do hebraico).



Objeção 2: J. P. Meier, em A Marginal Jew (Doubleday, 1991, pp.325-326) afirma que «o novo Testamento não é uma tradução grega»; assim, o termo hebraico usado para referir-se a irmão não pode ter gerado uma «desastrosa» tradução.



Resposta: Muitos estudiosos crêem que parte ou até mesmo todos os Evangelhos são traduções gregas. A evidência citada acima, no Jornal de Estudo do Novo Testamento contribui para demonstrar isso. Em adição, temos evidências extensivas mostrando que, apesar dos autores não terem feito uma tradução, eles muitas vezes usavam palavras gregas com o significado do pensamento hebraico fundamental. Isto é especialmente notável em Paulo, ainda que Meier afirme que Paulo não estava fazendo uma tradução, bem como conhecia «Tiago, o irmão do Senhor», em pessoa.



Meier também assegura (pp.327-328) que Josefo, um judeu que escreveu em grego, várias vezes utiliza a palavra correta para designar primo, mas usa a palavra irmão para indicar os «irmãos de Jesus». Concordamos que Josefo assim se expressa. No entanto, será que Josefo possuía informação direta acerca da real natureza dos «irmãos» de Jesus? É óbvio que não. Meier também não analisa a questão sob este ponto de vista...



Objeção 3: Meier afirma (p. 323) que se quisermos que ah signifique primo, então deveríamos ller Mt 12, 50 assim: «Todo aquele que faz o desejo de meu Pai que está nos céus é meu primo, prima e mãe». De maneira similar (p.357), ele diz que Mc 3, 35 deveria então ser lido: «Nem seus primos acreditavam nele».



Resposta: Meier parece ser deliberadamente cego nestes pontos. Ora, se ah possui um significado amplo, poderíamos então mantê-lo na tradução, não apenas limitando-o a primo; poderia ser primo, mas também qualquer outra espécie de parente.



Objeção 4: Em Mt 1, 25, os protestantes apontam para duas palavras: até que e primogênito.



Resposta: «Até que»: muitas palavras antigas têm diversos significados possíveis. Às vezes o termo «até que» abrange o tempo posterior ao indicado mas nem sempre isso acontece. Em Dt 34, 6, Moisés foi enterrado «e até hoje ninguém sabe onde se encontra sua sepultura». Isto era verdade no dia em que o autor do Deuteronômio relatou o fato; e continua sendo verdade ainda hoje. No Sl. 110, 1, conforme interpretado pelo próprio Jesus, «o Senhor disse ao meu Senhor (= de Davi): 'Senta à minha mão direita até que eu coloque os teus inimigos sob os teus pés'». Obviamente, Jesus sempre estará à direita do Pai; logo, a palavra até que jamais significará uma mudança de estado. O Sl 72, 7, um salmo messiânico, diz que em seus dias «a paz abundará até a lua não mais existir». Aqui novamente, o poder do Messias jamais deixará de existir ainda que a lua deixe de brilhar (Mt 24, 29). Em 2Sm 6, 23, diz-se que «Mical, esposa de Davi, não terá mais filhos até o dia de sua morte». Logicamente, ela não os terá mesmo após sua morte! Em Mt 11,3, Nosso Senhor diz que se os milagres feitos em Cafarnaúm tivessem sido feitos em Sodoma, «ela teria durado até o presente dia». Isso não significa que Jesus a destruiria logo a seguir. Em Mt 28, 20, Jesus promete que permanecerá com sua Igreja e seus seguidores «até o fim do mundo». Será que deserdará depois, na eternidade? Em Rm 8, 22, São Paulo diz que toda a Criação suspira, esperando pela revelação dos filhos de Deus até os seus dias (de Paulo). Nem por isso ele irá para sua missão, mas continuará até a restauração final. Em 1Tm 4, 13, o apóstolo pede para que Timóteo se devote à leitura, exortação e ensinamento «até eu (Paulo) chegar». Isso não quer dizer que Timóteo deveria parar de fazer tais coisas após a chegada de Paulo. E existe muitos outros exemplos, embora estas poucas citações sejam suficientes para demonstrar que a expressão «até que», no Antigo e no Novo Testamento, significa uma mudança de coisas que está para acontecer segundo o ponto a que se refere.



Até mesmo J. P. Meier, que trabalha estressantemente para tentar provar que Jesus tinha irmãos naturais, admite que o argumento baseado na expressão «até que» nada prova (em CBQ - jan/1992, pp.9-11).



Primogênito: Jesus é assim chamado em Lc 2, 7 (e também em Mt 1, 25, se considerarmos a adição ao texto grego encontrada na Vulgata latina). Este termo se refere ao hebraico bekor, que expressa principalmente a posição privilegiada do primeiro filho com relação aos demais filhos. Não implica, porém, na existência real de outros irmãos. Podemos ler numa inscrição grega encontrada numa sepultura em Tel el Yaoudieh (cf. Biblical 11, 1930, pp.369-390) que uma mãe faleceu ao dar à luz ao seu filho: «Nas dores do parto de meu filho primogênito, o destino me trouxe o fim da vida». No mesmo sentido, existe outro epitáfio em Leontópolis (v. Biblical Archaeology Review, Set.-Out./1992, p.56).



Objeção 5: Alguns escritores cristãos primitivos dizem que os irmãos do Senhor eram irmãos reais.



Resposta: Meier, que tão diligentemente coleta todos os dados que possam servir para contestar a virgindade de Maria após o nascimento de Jesus, menciona apenas quatro:



1.Hegésipo, no séc. II - Mas Meier admite (p. 329): «...tal testemunho não está livre de problemas e possíveis auto-contradições»;

2.Tertuliano - Contudo, Meier reconhece que isto ocorria porque queria «reforçar sua posição ao ponto de vista docético sobre a humanidade de Cristo»; tal desejo fez com que fizesse tal afirmação. De fato, Tertuliano, com a mesma predisposição, afirmou que a aparência do corpo de Cristo era horrível! (Sobre o Corpo de Cristo, cap.9) Realmente ele era um extremista, como se comprova pelo fato de que não sendo os montanistas tão severos quanto à moralidade, acabou por fundar sua própria sub-seita;

3.Meier também sugere que duas passagens de Santo Ireneu (séc. II) podem implicar na negação da virgindade pós-parto: na primeira Ireneu faz um paralelo entre Adão e Cristo, para segurança de sua teologia da recapitulação; na segunda, Ireneu desenvolve o tema da nova Eva. É difícil, porém, encontrar nessas passagens qualquer dica que negue a virgindade pós-parto. O próprio Meier admite que a interpretação desses textos são improváveis;

4.Helvídio, no séc. IV [totalmente refutado por São Jerônimo]. Estes textos, contudo, são desprezíveis se comparados com o extenso suporte patrístico que favorecem a tese da virgindade perpétua (cf. Marian Studies, VIII, 1956, pp. 47-93).

Por isso, em seu sumário de conclusões (pp. 331-332), Meier não faz qualquer menção a estes escritores da Igreja primitiva.



Objeção 6: Meier (p.331) diz que devemos seguir o critério do múltiplo atestado: Paulo, Marcos, João, Josefo e talvez Lucas atestam a existência dos irmãos de Jesus.



Resposta: Isto nada mais é que o retorno ao início da questão. Méier não provou que qualquer um destes «irmãos» seja, de fato, um irmão real de Jesus. Meier acrescenta que o sentido natural de irmão é o que indica irmão real, mas já vimos na segunda resposta (acima), que tal sentido não é absolutamente obrigatório. Ele também afirma que não existe outro caso claro no Novo Testamento que possa admitir outro significado, a não ser irmão real ou meio-irmão. Novamente ele acaba retornando ao início do problema pois não consegue provar que algum desses textos possa significar irmão real.



O próprio Meier reconhece (p. 331) que «todos estes argumentos em conjunto não podem produzir uma certeza absoluta». Nós acrescentamos: em Mc 3, 20-21, os parentes de Jesus vão até ele para prendê-lo – os irmãos mais novos não poderiam tomar tal atitude na cultura semita, pois Jesus era o primogênito. E, quando Jesus contava com 12 anos ao visitar o Templo de Jerusalém, seus irmãos mais novos deveriam acompanhá-lo (exceto as irmãs), se de fato existissem, de outra forma Maria teria ficado em casa cuidando dos filhos mais novos. Vemos, assim, que não há evidências sólidas na Escritura que nos permitam supor que Nossa Senhora tenha tido outros filhos. Há, por outro lado, respostas lógicas para todas as objeções formuladas. Porém, a razão decisiva é o ensino da Igreja; os credos mais antigos chamam Maria de aei-parthenos, ou seja, «sempre Virgem».



Meier parece querer usar um machado para cavar... Em seu longo artigo publicado na CQP (1992, pp. 1-28), ele diz, na última página, que deveríamos perguntar se a hierarquia das verdades não nos deixaria aceitar protestantes dentro da Igreja Católica sem que pedíssemos a eles para que acreditassem na virgindade perpétua de Nossa Senhora. De fato, existe uma hierarquia de verdades, algumas mais básicas que outras. Mas isso não significa, em absoluto, que possamos incentivar a negação de uma doutrina que vem sendo repetidamente ensinada pelo Magistério Ordinário, bem como pelos mais antigos credos (portanto, infalíveis). Realmente, se alguns protestantes querem aderir à Igreja sem aceitar a autoridade do Magistério, então jamais serão católicos de fato, ainda que aceitem todos os demais ensinamentos. Aceitar realmente a autoridade significa aceitar tudo, e não quase tudo.



Até mesmo Meier, tão inclinado à negação da virgindade perpétua, admite (pp.340-341) que existe uma estranha tradição rabínica que diz que Moisés, após seu primeiro contato com Deus, deixou de se relacionar sexualmente com sua esposa. Isto aparece primeiro em Filo de Alexandria e foi suportado, depois, pelos rabinos. Ora, se Moisés, em virtude de um contato externo com Deus, agiu dessa maneira, porque então não poderia ocorrer o mesmo com Nossa Senhora, que foi preenchida pela divina presença para a concepção de Jesus e carregou a própria Divindade em seu ventre durante nove meses? De fato, Lutero e Calvino, como Méier reconhece (p.319), aceitaram a doutrina da virgindade perpétua de Maria.



Por que, então, Meier luta tanto contra ela? Realmente, os protestantes, se forem lógicos, não podem apelar para provas bíblicas, a partir do momento em que nem mesmo têm como determinar quais livros são inspirados. Lutero achava que, se um livro pregasse a justificação somente pela fé, então ele era inspirado, caso contrário, não. Mas, lamentavelmente, ele nunca conseguiu provar que isso era verdade (tanto ele quanto eu poderíamos escrever livros sobre o assunto e nem por isso seriam inspirados) eis que vários livros da Bíblia não mencionam a justificação pela fé... É que, infelizmente, Lutero não sabia o que São Paulo queria dizer com a palavra fé. (sobre este assunto, consultar a obra fundamental do Protestantismo: Interpreter's Dictionary of the Bible, Supplemento, p.333).





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Fonte:



Petersnet

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Papa Bento XVI se manifesta sobre perseguição a cristãos na Nigéria e pede pelo “fim imediato” da violência


Na manhã do último domingo, os cristãos da Nigéria foram vítimas de mais uma onda de ataques contra suas igrejas. Em Zaria, uma área predominantemente cristã, um extremista islâmico lançou um carro cheio de explosivos contra o muro da Igreja Evangélica Vencendo Tudo (ECWA). O ataque matou 24 pessoas e feriu outras 125.



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Poucos minutos depois do ataque à igreja evangélica, foram detonados explosivos na Igreja Católica Cristo Rei, em Gari Sabon, em outro ataque coordenado por extremistas islâmicos. E mais tarde, uma congregação pentecostal chamada Igreja Shalom, em Trikania, na cidade de Kaduna, foi bombardeada, matando pelo menos dez pessoas, segundo a Cruz Vermelha.



De acordo com a associação cristã Portas Abertas, os ataques foram atribuídos à Islâmica Boko Haram, que assumiu a responsabilidade por ataques semelhantes nos Estados de Plateau e Borno, em 10 de junho, e em Bauchi em 3 de junho. Esse foi o terceiro domingo seguido em que cultos cristãos terminam em derramamento de sangue no país.



Essa onda constante de terrorismo contra templos cristãos motivou uma manifestação oficial do Papa Bento XVI, que pediu pelo “fim imediato” da violência contra os cristãos no país africano.



“Faço um pedido aos responsáveis pela violência para que deixem imediatamente de derramar o sangue de tantos inocentes”, disse líder da Igreja Católica, em uma audiência geral no Vaticano. “Acompanho com profunda preocupação as notícias que provêm da Nigéria, onde os atentados terroristas contra os fiéis cristãos continuam. Enquanto elevo minhas preces pelas vítimas, faço uma chamada aos responsáveis para que cessem imediatamente o derramamento de sangue de tantos inocentes”, completou o Papa, segundo a agência AFP.



Em nota oficial, a Associação Cristã da Nigéria, principal organização cristã do país, alega que o grupo pretende declarar uma guerra ao cristianismo: “Esses atentados são indicações claras de que a Jamaatu Ahlisunnah Lidda’awatiwal Jihad, mais conhecida como Boko Haram, declarou a guerra aos cristãos e ao cristianismo na Nigéria”.



Fonte: Gospel+

sexta-feira, 22 de junho de 2012

OS APÓSTOLOS E O CRESCIMENTO DA IGREJA




 Em Mt 16,16-19 e Jo 21,15- 17 - Pedro é constituído fundamento visível da Igreja. Os Atos dos Apóstolos mostram como ele tomava a dianteira logo nos primeiros tempos da Igreja - no dia de Pentecostes, no pórtico de Salomão (At 3,12-26 - ) , diante do tribunal judeu - At 4,8-12, no caso de Ananias e Safira ( At 5,1-11 ) , ao receber o primeiro pagão Cornélio , no seio da Igreja (At 10,1-48), ao pregar na Samaria (At 9,32-43) . No ano de 42 é aprisionado em Jerusalém e, uma vez solto "retira-se para outro lugar" - cfe At 12,17 . Para onde terá ido ? - Uma tradição em voga do século 4 em diante refere que Pedro morou 25 anos em Roma ou seja, de 42 a 67. Quem aceita essa versão dirá que Pedro passou logo - de Jerusalém para Roma. Acontece, porém, que Pedro é tido como fundador da Sé Episcopal de Antioquia, na Síria - é certo que esteve presente ao Concílio de Jerusalém em 49. Clemente de Alexandria (t 215) narra que S. Marcos, intérprete de Pedro, redigiu por escrito a pregação de Pedro a pedido de seus ouvintes romanos. O Apóstolo São Pedro Sabe-se que São Pedro foi por Jesus constituído fundamento visível da Igreja (cf. Mt 16,16-19; Jo 21,15-17).





Os Atos dos Apóstolos mostram como este Apóstolo tomava a dianteira logo nos primeiros tempos da Igreja: no dia de Pentecostes (At 2,14-40), no pórtico de Salomão (At 3,12-26), diante do tribunal judeu (At 4,8-12), no caso de Ananias e Safira (At 5,1-11), ao receber o primeiro pagão, Cornélio, na Igreja (At 10, 1-48), ao pregar na Samaria (At 9,32-43). No ano de 42, é aprisionado em Jerusalém e, uma vez solto, "retira-se para outro lugar" (At 12,17). Para onde terá ido? Uma tradição em voga do século IV em diante refere que Pedro morou 25 anos em Roma ou seja de 42 a 67 Quem tem isso como verdadeiro - dirá que Pedro passou logo de Jerusalém para Roma. Acontece, porém que Pedro é tido como fundador da sé episcopal de Antioquia na Síria; é certo que esteve presente ao concílio de Jerusalém em 49 (cf. At 15,7-11); pouco depois estava em Antioquia (cf . GI 2,11-14). Estes dados levam a dizer que, se Pedro passou para Roma em 42, não permaneceu ininterruptamente nesta cidade.



É certo, porém, _que S. Pedro pregou em Roma, exercendo a plenitude dos poderes apostólicos, e ali sofreu o martírio, provavelmente crucificado de cabeça para baixo no ano de 67. Esta tese está bem documentada pela tradição, como se depreende pelos seguintes testemunhos : Em I Pd 5,13, o autor (S. Pedro) fala em nome dos cristãos da Babilônia, onde reside. Ora Babilônia é a Roma pagã do séc. 1 d.C. (cf. Ap 18,2s). S. Clemente de Roma, por volta de 96, - (Clemente é tido como o terceiro papa na Cátedra de Roma - ( papa e mártir) cfe narra Sto Irineu em 180 Dc. Clemente, em sua carta aos Coríntios, refere-se a Pedro e Paulo, que lutaram até a morte e deram testemunho diante dos poderosos; supõe que ambos tenham morrido em Roma. S. lnácio de Antioquia (falecido em 107) escreve aos romanos nestes termos: "Eu não vos ordeno como Pedro e Paulo". Visto que não existe carta de Pedro aos romanos, admite-se o relacionamento oral de Pedro com a comunidade.



Clemente de Alexandria (falecido em 215) narra que S. Marcos - intérprete de Pedro, redigiu por escrito a pregação de Pedro a pedido de seus ouvintes romanos (cf. Eusébio, História Eclesiástica 11 15; VI 14). S. lrineu de Lião, por volta de 180-190, atribui a fundação da comunidade de Roma aos apóstolos Pedro e Paulo e apresenta um catálogo dos bispos de Roma desde Pedro até sua época (Contra as heresias 11 3,2.3). Em conseqüência, afirma que, para guardar a autêntica tradição apostólica, é preciso concordar com a doutrina da Igreja de Roma. O presbítero romano Gaio, por cerca de 200, atesta que, ainda nos seus tempos, se podiam mostrar em Roma os troféus (tropaia), isto é, os túmulos dos dois apóstolos - o de Pedro na colina do Vaticano , e o de Paulo na Via Ostiense (Eusébio, 11 25). As escavações realizadas debaixo da basílica de S. Pedro confirmaram, em nosso século, tal tradição. Com efeito: verificou-se que a Basílica foi construída pelo imperador Constantino em 324 por cima de um cemitério e sobre um terreno que corria em declínio, de 11 metros de altura de Norte a Sul; isto exigiu a colocação de uma laje sustentada por pilastras de 5m , 7m e 9 metros de altura, a fim de se estabelecerem sobre tal laje os fundamentos do edifício. Ora uma construção em tais condições só pode ser explicada pelo fato de que Constantino e os cristãos tinham a certeza de estar construindo sobre o túmulo de São Pedro.



Ademais os arqueólogos encontraram na camada mais profunda das escavações ossos de quase metade de um indivíduo só, robusto, de uns 60-70 anos de idade, muito mais provavelmente homem do que mulher, inscrições em grafito postas nas proximidades rezavam: "Pedro está aqui" ou "Salve, Apóstolo" ou "Cristo Pedro". Em 258 o Imperador Valeriano, perseguindo os cristãos, proibiu que estes se reunissem nos seus cemitérios dentro da cidade de Roma para celebrar a memória dos mártires. Em conseqüência, os cristãos levaram as relíquias de São Pedro para as catacumbas de São Sebastião na Via Ápia, e, uma vez passada a era das perseguições, as trouxeram de volta ao Vaticano. A FIGURA DE PEDRO O Dic de Teologia "Bauer" - vol II - pág 851 , informa que: "Os mais antigos testemunhos - dão em favor de Pedro - uma posição de precedência - ver Gal 1,18 (Paulo se desloca e vai até Jerusalém para encontrar Pedro ). Pedro - a Rocha - era por esse tempo - 37 DC claramente o homem decisivo em Jerusalém e assim - da Igreja - Lucas 22,32 - aqui Cristo informa que orou por Pedro - para que a sua fé não vacile. "Conforta teus irmãos" - diz-lhe Jesus. Confortar é um verbo que significa dar forças a , fortificar; - prover - providenciar - aliviar - consolar - animar

- Por quanto tempo a Igreja nascente necessitará do exercício dessa função

- salvadora de Pedro? De um Pedro em carne e osso e que ademais havia negado Jesus ? Que diferença entre Pedro e Judas. Os dois "negam" Jesus, todavia, só Pedro volta atrás e Judas permanece intransigente. "Simão tu me amas? " Ao proceder assim Cristo restabelece a negativa de Pedro Nome original de Pedro - Simão - nome grego que equivale ao semítico Simeão. Jesus lhe dá o nome de Kepha - em aramaíco - o mesmo que Cefas - nome pelo qual o apóstolo Paulo em Gal 2,7-8- reconhece Pedro como Kepha".



O APÓSTOLO PAULO A São Paulo tocou um papel de importância enorme na história do Cristianismo nascente. Judeu da Diáspora ou de Tarso (Cilícia), aos 15,anos de idade foi enviado para Jerusalém - e iniciado por Gamaliel nas Sagradas Escrituras e nas tradições rabínicas. Era autêntico fariseu, quando Cristo o chamou a trabalhar em prol do Evangelho por volta do ano 33 (cf. At 9,19). Realizou três grandes viagens missionárias em terras pagãs, fundando várias comunidades cristãs na Ásia Menor e na Grécia. São Paulo não impunha aos pagãos nem a circuncisão nem as obrigações da lei de Moisés, mas concedia-lhes logo o Batismo depois de evangelizados. Ora isto causou sérias apreensões a uma facção de judeo-cristãos chamados "judaizantes"; queriam que os gentios abraçassem a Lei de Moisés e o Evangelho, como se este não bastasse. levantaram, pois, certa celeuma contra Paulo.



UM TIPO DE CONCÍLIO "DOMÉSTICO" A fim de resolver a questão, os Apóstolos que estavam em Jerusalém, se reuniram com Paulo e alguns discípulos no ano de 49, como refere S. Lucas em At 15: a assembléia houve por bem não impor aos gentios a Lei de Moisés, mas pediu que em Antioquia, na Síria e na Cilícia os étnico-cristãos observassem quatro cláusulas destinadas a garantir a paz das respectivas comunidades (que contavam numerosos judeo-cristãos): abster-se de carnes imoladas aos ídolos , de sangue, de carnes sufocadas (cujo sangue não tivesse sido eliminado) e de uniões ilegítimas. Essas cláusulas tinham caráter provisório, e visavam a não ferir a consciência dos judeo-cristãos , que tinham horror aos ídolos, ao consumo de sangue e à fornicação. Estava assim teoricamente resolvida a problemática levantada pelos judaizantes; na prática, porém, estes não se tranqüilizaram e procuraram destruir a obra apostólica de S. Paulo, caluniando- o corno impostor e oportunista; Paulo, diziam, queria facilitar o acesso dos pagãos ao Cristianismo para ganhar a simpatia dos mesmos, já que não tinha a autoridade dos outros Apóstolos; não acompanhara o Senhor Jesus, mas era discípulo dos Apóstolos; alegavam também que, se Paulo queria viver do trabalho de suas mãos e não da obra de evangelização (cf. I Cor 9,15-18; -I Ts 2,9), ele o fazia por reconhecer que não era Apóstolo como os demais e não tinha o direito de ser sustentado pelas comunidades dos fiéis. São Paulo sofreu horrivelmente por causa dessas falsas acusações (cf. 2Cor 11,21-32), mas não se abateu, pregando intrepidamente a liberdade dos cristãos frente à lei de Moisés. E por que tanto insistiu nisto?



Eis a resposta paulina: Deus chamou Abraão gratuitamente ou sem méritos de Abraão, e prometeu-lhe a bênção do Messias . Abraão acreditou nesta Palavra do Senhor, e tornou-se justo ou amigo de Deus por causa da sua fé; é certo, porém, que esta fé não foi inerte, mas traduziu-se em obediência incondicional a todas as ordens do Senhor. Ora, o modelo de Abraão é válido para todos os homens, anteriores e posteriores a Cristo; ninguém é justificado ou feito amigo de Deus porque o mereça, mas porque Deus tem a iniciativa de perdoar os pecados de sua criatura; esta - acredita no perdão de Deus e exprime sua fé em obras boas. Sobre este pano de fundo a lei de Moisés foi dada ao povo de Israel a título provisório e pedagógico.- ela propunha preceitos santos que o israelita não conseguia cumprir, vitima da desordem do pecado existente dentro de todo homem. Assim a Lei tinha o papel de mostrar à criatura que ela por si só é incapaz de praticar o bem e de fazer boas obras - ela precisa da graça de Deus, ... graça que o Messias devia trazer. Desta maneira (dura e paradoxal) a lei preparava Israel para receber o Salvador: aguçava a consciência do pecado, tirava qualquer ilusão de auto-suficiência e provocava o desejo do dom gratuito de Deus prometido a Abraão.



A intuição desta verdade ou do grande desígnio de Deus na história da salvação se deve ao gênio de São Paulo, que assim evitou que o Cristianismo se tornasse uma seita judaica, filiada à lei de Moisés, e preservou a autenticidade cristã - A Lei de Moisés era um elemento meramente provisório e preparatório para a vinda de Jesus. Quanto ao fato de não querer viver do seu trabalho de evangelização, e com as mãos, ganhando seu pão, São Paulo o justificava, dizendo que evangelizar para ele não era meritório (como era meritório para os demais Apóstolos); Cristo o tinha de tal modo cativado que ele não podia deixar de pregar a Boa-Nova ("ai de mim, se eu não evangelizar!", l Cor 9,16); por isto devia fazer algo mais para oferecer ao Senhor Deus. - Ademais São Paulo fazia questão de dizer que não era discípulo dos Apóstolos, mas fora instruído e instituído diretamente por Deus (cf. GI 1,1).



A expansão do Cristianismo nascente Sem demora, a pregação do Evangelho ultrapassou os limites do país de Israel e entrou em território pagão. Em Antioquia, capital da Síria, fundou-se uma comunidade muito próspera, que se tornou um centro de irradiação missionário para o mundo helenista. Foi lá que pela primeira vez os Galileus (At 1,11) ou Nazarenos (At 24,5) receberam o nome de cristãos (em grego, christianoi); cf. At 11,26. Em Roma o Cristianismo deve ter-se originado por obra de judeus residentes naquela cidade que haviam peregrinado a Jerusalém por ocasião do primeiro Pentecostes cristão (cf. At 2,10); tendo abraçado a fé naquele dia, regressaram a Roma e lá transmitiram a Boa-Nova aos seus compatriotas da Diáspora. S. Pedro e S. Paulo devem ter encontrado a comunidade já estruturada quando chegaram a Roma. Tácito refere que Nero em 64 mandou executar uma multitudo ingens (enorme multidão) de cristãos. Que este ensino ajude-nos a conhecer cada mais a história da Igreja, sonho de Deus, implantada por JESUS.
 
 
Por: Mário Eugênio Nogueira Irmão Aliança da Comunidade Anuncia

Elba Ramalho é ameaçada por grupo feminista



Por ter declarado publicamente que é contra o aborto, a cantora Elba Ramalho tem sofrido ameaças de militantes feministas. Cristã e participante do movimento Pró-Vida, em entrevista ao Jornal O Globo durante a participação no Rio+20, Elba disse que não tem medo das ameaças, mas que ficou muito tempo calada.




CANTORA Elba Ramalho declara que sofre ameças de feministas por ser contra o aborto
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Tayanne Sales Portal NE10

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Segundo Concílio de Constantinopla Ano de 553

O Segundo Concílio de Constantinopla (que acredita-se ter sido o Quinto Concílio Ecuménico da Igreja) foi um concílio ecuménico realizado na cidade de Constantinopla (atual Istambul , Turquia) de 5 de maio a 2 de junho do ano 553. Foi convocado pelo imperador bizantino Justiniano O, com participação majoritária de bispos orientais; apenas dezesseis bispos ocidentais estavam presentes, vindos das províncias romanas da África e da Ilíria. O Presidente foi o bispo Eutíquio, Patriarca de Constantinopla.




Histórico


O concílio foi a última fase de um conflito longo e tumultuado que começou com um édito de Justiniano em 543 d.C. contra Orígenes e o chamado origenismo[2]. Justiniano se convenceu que o Nestorianismo continuava a ganhar força por causa dos escritos de Teodoro de Mopsuéstia (m. 428 d.C.), Teodoreto (m. 457 d.C.) e Ibas de Edessa (m. 457 d.C.), sendo que as obras de Teodoro e de Teodoreto eram muito admiradas dentro da Igreja. Por conta da sua recusa inicial em condenar os "Três Capítulos"[a], o Papa Vigílio foi detido em Constantinopla contra sua vontade em 547 d.C..



Os sete primeiros concílios ecumênicos.Ícone do século XIXAinda que ele condenasse os Três Capítulos, Vigílio defendeu a autoridade do Concílio de Calcedônia (451), no qual Teodoreto e Ibas foram reabilitados após Nestório ter sido condenado. Muitos no ocidente viram nisto um enfraquecimento da Igreja perante os poderes laicos e uma injustiça para com pessoa há muito falecidas. Além disso, os líderes da Igreja no ocidente não tinham conhecimentos acurados sobre a situação teológica no oriente. Vigílio persuadiu o imperador Justiniano a proclamar uma trégua até que um concílio ecuménico pudesse ser chamado à decidir sobre estes assuntos. Porém, em 551 d.C., o imperador, com o apoio dos bispos orientais, publicou um édito renovando a condenação dos Três Capítulos. Vigílio estava virtualmente aprisionado pelas autoridades civis e eventualmente se retirou para Calcedônia, na igreja de Santa Eufêmia, onde o grande concílio tinha se realizado. De lá, ele buscou informar a Igreja de sua precária situação, o que fez com que os bispos orientais o procurassem para se reconciliar. Eles persuadiram-no a retornar para a cidade e retiraram a condenação aos Três Capítulos. O novo Patriarca de Constantinopla, Eutiquio, apresentou, em 6 de janeiro de 553, sua profissão de fé para Vigílio e, em comunhão com os bispos orientais, solicitou a realização urgente do concílio geral. Vigílio estava tentado a convocá-lo, mas sugeriu que ele se encontrasse numa cidade ou na península italiana ou na Sicília, de modo a garantir a presença dos bispos ocidentais. Porém, Justiniano não concordou e, ao invés disso, propôs uma comissão composta de delegados de cada um dos patriarcados. Vigílio sugeriu que um número igual fosse escolhido do oriente e do ocidente, mas isso não era aceitável para o imperador, que convocou o concílio utilizando sua própria autoridade. Oito sessões foram realizadas, o resultado das quais foi condenação dos Três Capítulos pelos 165 bispos presentes à última delas, em 2 de junho de 553.



Percebendo que poderia estar sujeito às ações disciplinares de outros bispos por sua recusa em condenar os Três Capítulos e seus autores, Vigílio repetidamente ignorou convocações para comparecer, a despeito do fato de que ele estava em Constantinopla. Enquanto isso, Vigílio tinha mandado ao imperador, em 14 de maio, um documento conhecido como o primeiro "Constitutum", assinado por si e dezesseis outros, maioria ocidentais, bispos, no qual as proposições atribuídas à Teodoro de Mopsuéstia foram condenadas como sendo heresia. Porém, Teodoro em pessoa não condenado, assim como também não foram as obras de Teodoreto e de Ibas.



[editar] RepercussãoAs decisões do concílio foram executadas com severidade, embora a desejada reconciliação com a Ortodoxia Oriental não aconteceu. Vigílio, juntamente com outros oponentes do imperador, parece ter sido banido[4]:p. 905, ou para o Alto Egito ou para uma ilha no Propontis[1].



Durante a sétima sessão do concílio, os bispos retiraram Vigílio do díptico por sua recusa em aparecer no concílio e aprovar suas ações, efetivamente excomungando-o pessoalmente (e não toda a Igreja ocidental). Vigílio foi então aprisionado em Constantinopla pelo imperador e seus conselheiros, sendo posteriormente banido. Quando Roma foi se livrou do domínio dos godos, os clérigos e o povo requisitaram ao imperador que permitisse o retorno do papa. Após seis meses em cativeiro, em fevereiro de 554, Vigílio concordou em condenar os Três Capítulos e seus autores, alegando que a sua hesitação se devia aos seus próprios conselheiros[5]. A aprovação de Vigílio para o concílio se deu em dois documentos[b], com seu selo e sem mencionar o concílio[1].



No norte da Itália, as províncias eclesiásticas de Mediolanum e Aquileia se separaram de Roma. Mediolanum aceitou a condenação apenas no final do século VI d.C., enquanto que Aquileia não o fez até o ano 700[4]:p. 911-27[6].



Atos

Os originais em grego dos atos do concílio se perderam [7], mas uma versão em latim antigo existe, provavelmente feita para Vigílio, e da qual existe uma edição crítica em Acta Conciliorum Oecumenicorum, Tomo IV, vol. 1 (Berlim, 1971)[c]. No próximo Concílio de Constantinopla (680), alegou-se - provavelmente falsamente - que os atos originais do Quinto Concílio Ecumênico teriam sido adulterados[4]:p. 855-58 para favorecer o monotelismo. Discutia-se muito de que os atos que chegaram até nós estariam incompletos, uma vez que eles não mencionam o origenismo. Porém, a solução encontrada e geralmente aceita atualmente é que os bispos assinaram os cânones condenando o origenismo antes de o concílio ter sido formalmente aberto. Esta condenação foi confirmada pelo Papa Vigílio e a sua autoridade só foi questionada nos tempos modernos[8]



 Os cânones do II Concílio

Trindade, outro dos temas do Concílio.O Concílio emitiu 14 cânones cristológicos[9] e contra os Três Capítulos. E mais 15 cânones condenando os ensinamentos de Orígenes e Evágrio.



1. "Se alguém não reconhece a única natureza ou substância (ousia) do Pai, Filho e Espírito Santo, sua única virtude e poder, uma Trindade consubstancial, uma só divindade adorada em três pessoas (hipóstase) ou caráteres (prosopa), seja anátema. Porque existe um só Deus e Pai, do qual procedem todas as coisas, e um só Senhor Jesus Cristo, através do qual são todas as coisas, e um só Espírito Santo, no qual estão todas as coisas."

2. "Se alguém não confessa que há duas concepções do Verbo de Deus, uma antes dos tempos, do Pai, intemporal e incorporal, e a outra nos últimos dias, concepção da mesma pessoa, que desceu do céu e foi feito carne por obra do Espírito Santo e da gloriosa Genitora de Deus (theotokos) e sempre virgem Maria, e que dela nasceu, seja anátema."

3. "Se alguém disser que existiu um Deus-Verbo, que fez os milagres, e um Outro Cristo, que sofreu, ou que Deus, o Verbo, estava com Cristo quando nasceu de uma mulher, ou que estava nele como uma pessoa em outra, e que ele não era um só e o mesmo Senhor Jesus Cristo, encarnado e feito homem, e que os milagres e os sofrimentos que ele suportou voluntariamente na carne não pertenciam à mesma pessoa, seja anátema."

4. Uma condenação aos ensinamentos de Teodoro de Mopsuéstia e Nestório sobre a natureza de Jesus.

5. "Se alguém conceber a única personalidade (hipóstase) de nosso Senhor Jesus Cristo de tal modo que permita ver nela diversas personalidades, tentando introduzir por este meio duas personalidades ou dois caracteres no mistério de Cristo, dizendo que dessas duas personalidades introduzidas por ele provém uma única personalidade quanto à dignidade, à honra e à adoração, como Teodoro e Nestório escreveram em sua loucura, caluniando o santo Concílio de Calcedônia ao alegar que a expressão "uma personalidade" foi por ele usada com essa ímpia intenção; e se não confessar que o Verbo de Deus foi unido à carne quanto à personalidade...".

6. "Se alguém aplicar à gloriosa e sempre virgem Maria o título de "genitora de Deus" (theotokos) num sentido irreal e não verdadeiro, como se um simples homem tivesse nascido dela e não o Deus Verbo feito carne e dela nascido, enquanto o nascimento só deve ser "relacionado" com Deus o Verbo, como dizem, porquanto ele estava com o homem que foi nascido..."

7, 8 e 9. Reafirmam a única natureza de Deus.

10. "Se alguém não confessar que aquele que foi crucificado na carne, Nosso Senhor Jesus Cristo, é o verdadeiro Deus e Senhor da glória, parte da santa Trindade, seja anátema."

11. Condenação à Orígenes

12. Condenação à Teodoro de Mopsuéstia e suas obras

13. Condenação às obras de Teodoreto contra Cirilo de Alexandria e o Primeiro Concílio de Éfeso

14. Condenação à carta de Ibas de Edesa para para Maris, bispo de Hardaschir, na Pérsia.
 
Fonte : Wíkipedia

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A Bíblia das Testemunhas de Jeová é confiável?




  José Carlos Sampedro Forner .


Freqüentemente em suas visitas domiciliares, os Testemunhas de Jeová não acham inconveniente que se use uma Bíblia católica. Porém, insensivelmente, a vão deixando para recorrer a sua própria versão. É confiável esta versão? Poderíamos falar de duas versões: a inglesa "Tradução do Novo Mundo" e a espanhola "Tradução do Novo Mundo da Santas Escrituras".

Em inglês, quanto ao que se refere ao Novo Testamento, possuem uma edição especial intitulada "Tradução Interlinear das Escrituras Gregas". Nela apresentam:



O texto grego do Novo Testamento (segundo a edição crítica de Wescott e Hort, que é altamente aceitável, ainda que hoje em dia se prefira a de Nestlé-Aland);

A tradução inglesa interlinear (ajustada ao grego, palavra por palavra);

A tradução inglesa em coluna à parte (esta versão já não é fiel como a interlinear, encontrando-se abundantemente falsificada).

A tradução espanhola, segundo se lê em sua introdução, depende da versão inglesa de 1961, ainda que se diga que foi consultado fielmente os antigos textos hebraicos e gregos. Lendo-a atentamente, logo se vê que depende mais do texto inglês que dos textos originais.



Vamos apresentar alguns textos, de questões fundamentais, especialmente as relacionadas com a divindade de Cristo. Veremos, então, como esta versão está deturpada.




João 1,1:

Versão espanhola: "No princípio a Palavra era, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era um deus".



Na versão interlinear inglesa lemos: "and god was the Word" o que, traduzido literalmente seria: "e deus era a Palavra". Na coluna da direita, ao contrário, foi introduzido o artigo indeterminado, lendo-se: "and the Word was a god", ou seja, "e a Palavra era um deus". No prólogo da edição se diz que, quando se sugerem interpolações no texto original serão assinaladas entre colchetes. Aqui, ao contrário, não há nada que sugira essa interpolação que eles realmente fazem.

Atos 20,28:

Versão espanhola: "Prestem atenção em vocês mesmos e em todo o rebanho, entre o qual o espírito santo vos nomeou superintendentes, para pastorear a congregação de Deus, que ele comprou com o sangue do seu próprio [Filho]".



O texto grego admitido na edição diz literalmente: "que ele comprou com seu próprio sangue". Assim é traduzido na versão interlinear: "through the blood of the own (one)". Na coluna da direita já se fala de Filho: "With the blood of his own (son)", ou seja, "com o sangue de seu próprio [Filho]". De qualquer forma, o sangue derramado para comprar o povo só pode se referir ao sangue de Cristo; porém, fica muito mais fortemente expressa a sua divindade quando diz que "Deus o adquiriu com seu próprio sangue". Aí não cabe qualquer discussão sobre se é o Deus verdadeiro ou apenas o "Filho de Deus".



Outras advertências que fazemos a esta tradução é que a palavra "superintendentes" corresponde ao grego "episkopous" que, técnicamente, se traduce por "bispos". Também a palavra "congregação" se refere ao grego "ekklesía", que significa "igreja". Paulo, pois, fala aos "bispos da Igreja".

Romanos 9,5:

Versão espanhola: "A quem pertencem os antepassados e de quem [procedeu] o Cristo segundo a carne: Deus que está sobre todos, [seja] bendito para sempre. Amém".



No texto grego se diz: "...deles procede Cristo segundo a carne, o qual está acima de todas as coisas, Deus bendito por todos os séculos". Assim o traduz corretamente a versão inglesa interlinear. Já na coluna da direita, se introduz a palavra "seja" entre colchetes, o que muda totalmente o sentido de "Deus bendito" que já não passa mais a se referir a Cristo, convertendo-se em um louvor a Deus: "Deus seja bendito. Deus que está acima de tudo, [seja] bendito para sempre".

Romanos 14,6-9:

Versão espanhola: "Que observa o dia, observa-o para Jeová. Também o que come, come-o para Jeová, pois dá graças a Deus; e o que não o come, não come-o para Jeová, porém dá graças a Deus. Nenhum de nós, de fato, vive somente para si mesmo, e ninguém morre somente para si mesmo, pois se vivemos, vivemos para Jeová, assim como se morremos, morremos para Jeová. Conseqüentemente, quer vivamos quer morramos, pertencemos a Jeová. Pois com este fim morreu Cristo e voltou a viver para ser senhor tanto sobre os mortos como sobre os vivos".



Neste texto, a chave se encontra no versículo 9, onde se diz que a morte e ressurreição contituiu Cristo como "senhor dos vivos e dos mortos". A última palavra (o verbo "kyrieuse") deriva do substantivo "Kyrios", que significa "Senhor". São Paulo emprega constantemente esta palavra para se referir a Cristo: "Cristo é o Senhor". Neste versículo, que é o mais importante, estão de acordo o texto grego, a versão interlinear, a versão da direita e a versão espanhola. Porém, devemos prestar atenção aos versículos anteriores...



Aparece seis vezes a palavra "Kyrios", que na versão interlinear se traduz corretamente por "lord", isto é, "senhor". À direita, porém, encontramos tal palavra traduzida por "Jeová".



No texto original encontramos uma sucessão lógica de idéias: "Comemos para o Senhor, vivemos para o Senhor, morremos para o Senhor, pertencemos totalmente ao Senhor porque Cristo morreu e ressuscitou para ser Senhor". Essa lógica é interrompida se traduzimos que "Comemos para Jeová, vivemos para Jeová, morremos para Jeová, pertencemos totalmente a Jeová porque Cristo morreu e ressuscitou para ser Senhor".



A mesma deturpação encontramos em Lucas 1,43-46, quando lemos na Tradução do Novo Mundo: "'Pois a quem se deve que eu tenha este [privilégio] de que me venha a Mãe de meu Senhor?... haverá uma completa realização das coisas que lhe foram faladas da parte de Jeová'... Maria disse: 'Minha alma engrandece Jeová'". As três palavras palavras grifadas correspondem, em grego, à palavra "Kyrios", ou seja, "Señor".

Colossenses 1,15-17:

Versão espanhola: "Ele é a imagem de Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois por meio dele todas as [outras] coisas foram criadas nos céus e sobre a terra, as coisas visíveis e as coisas invisíveis, não importando que sejam tronos ou senhorios, ou governos, ou autoridades. Todas as [outras] coisas foram criadas mediante ele e para ele. Também ele é antes de todas as [outras] coisas e por meio dele se fez com que todas as [outras] coisas existissem".



Na versão espanhola encontramos quatro vezes a palavra outras agregada ao texto original. Por quatro vezes também encontramos a palavra inglesa "other" (=outras), entre colchetes, na coluna da direita. Porém tal palavra não aparece nem no grego, nem na versão interlinear. Observe-se a diferença nestas expressões:



Por meio dele todas as coisas foram criadas



Por meio dele todas as outras coisas foram criadas.

Todas as coisas foram criadas mediante ele



Todas as outras coisas foram criadas mediante ele.

Ele é antes de todas as coisas



Ele é antes de todas as outras coisas.

Por meio dele se fez com que todas as coisas existissem



Por meio dele se fez com que todas as outras coisas existissem.

Tito 2,13:

Versão espanhola: "Ao passo que aguardamos a feliz esperança e a gloriosa manifestação do grande Deus e do salvador nosso, Cristo Jesus".



Esta versão espanhola da Tradução do Novo Mundo coincide com a tradução inglesa que encontramos na coluna da direita. Nestas versões, parece que esperamos a duas pessoas: o grande Deus E o nosso Salvador, Cristo Jesus. No texto grego, ao contrário, se fala de um único ser: "o grande Deus e Salvador, Cristo Jesus" (um só artigo unindo Deus e Salvador). Assim o encontramos também na versão interlinear. O segundo artigo "o" se introduz na versão inglesa da direita para estabelecer uma separação entre "grande Deus" e "Salvador Jesus Cristo". Sempre que o Novo Testamento fala da manifestação ou da vinda ("Parusía") refere-se sempre a Jesus Cristo; nunca fala assim de Deus Pai.

João 10,38:

Versão espanhola: "Afim de que cheguem a saber e continuem sabendo que o Pai está em união comigo e eu estou em união com o Pai".



A frase "em união com" não consta no texto grego nem na versão interlinear. Ali consta: "Em mim está o Pai e eu estou no Pai". Assim se expressa uma profunda intimidade que é muito superior a "estar em união com". Esta deturpação foi, entretanto, introduzida na coluna inglesa da esquerda: "in union with".

João 14,9-11:

Versão espanhola: "Lhes disse Jesus: 'Tenho estado convosco tanto tempo e, ainda assim, Felipe, não chegaste a me conhecer? Quem me viu, viu ao Pai [também]. Como podes dizer: 'Mostra-nos ao Pai'? Não crês que eu estou em união com o Pai e o Pai está em união comigo? As coisas que lhes digo não as falo por mim, mas o Pai que permanece em união comigo é que faz suas obras. Creiam que eu estou em união com o Pai e o Pai está em união comigo; de outra forma, creiam em razão das obras mesmo'".



Também aqui, como no texto anterior, há a adição da frase "em união com", repetidas cinco vezes. Em nenhum dos cinco casos a encontramos no texto grego, nem na tradução interlinear.



Outra adição encontramos no versículo 9, com a palavra "[também]". O texto grego e da tradução interlinear dizem: "Quem me viu, viu ao Pai".

Variás outras deturpações no estilo poderíamos apontar. Para isto, pode-se ver o livro "Análise da Bíblia dos Testemunhas de Jeová", de Eugenio Danyans, da ed. Clie Literatura Evangélica. Tarrasa, 1971.



Quando encontramos versões da Bíblia tão díspares, a ponto de afetar questões tão importantes quanto a divindade de Cristo, com qual versão devemos ficar?



A maioria dos leitores da Bíblia não conhecem as línguas hebraica e grega, para poder ler os textos originais;nem têm a facilidade de possuir em suas mãos uma edição da Bíblia nestes idiomas. É, pois, necessário utilizar-se de pessoas que nos garantam que as versões que temos são corretas; apesar das diferenças lógicas existentes entre umas versões e outras, não se pode contradizer as verdades da fé. Devemos confiar em quem?



a.Confiamos nos exegetas, nos teólogos, nos comentaristas da Bíblia cujos nomems conhecemos e cuja ciência e competência são reconhecidas.



b.Confiamos no Magistério da Igreja, que recebeu de Cristo a tarefa de conservar e interpretar as Sagradas Escrituras.



No caso específico dos Testemunhas de Jeová:


a.Certamente Charles Taze Russell, seu fundador, não conhecia grego, como ele mesmo admitiu perante um tribunal.



b.Se negam terminantemente a indicar os nomes dos tradutores de sua Bíblia; não podemos, pois, conhecer sua capacitação.



c.Não dispõem de um "Magistério eclesiástico" com dependência apostólica. Sua autoridade suprema é a Sociedade do Brooklyn, que tem todos os poderes que se auto-atribuem.



d.Charles Taze Russell nasceu em 1852. Suas atividades religiosas começaram em 1870. O nome "Testemunhas de Jeová" surgiu em 1931, bem após a morte de Russell em 1916. Diante destas datas tardias, queremos dizer a qualquer interrogante que uma das garantias de autenticidade que uma confissão cristã deve oferecer é o seu entroncamento com Cristo, por intermédio dos apóstolos e seus sucessores: é o caráter "apostólico" da Igreja. Podem os Testemunhas de Jeová oferecer testemunhos sólidos de que nos séculos anteriores haviam "fiéis" que acreditavam nas mesmas coisas que eles?



Fonte: Site "Apologetica.Org". Tradução do Veritatis Splendor por Carlos Martins Nabeto.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Uma descoberta do século em Munique: encontradas 29 homilias inéditas de Orígenes.







Gaudium Press



Com “muita probabilidade” é “a descoberta do século” realizada por uma filóloga italiana, de 29 homilias inéditas de Orígenes na Bayerische Staatbibliothek de Munique, na Baviera, informou hoje na primeira página o jornal “L’Osservatore Romano”.



A descoberta aconteceu no dia 5 de abril passado. Na Quinta-feira Santa, durante o estudo do Monacense grego 314, Marina Molin Pradel percebeu que algumas homilias sobre os Salmos que estavam no código correspondiam às de Orígenes traduzidas para o latim por Rufino, no início do século V. Aprofundando sua pesquisa sobre o manuscrito, a estudiosa chegou à conclusão que todas as 29 homilias inseridas no código, até agora inéditas, são de Orígenes, grande filósofo e intelectual grego cristão do século III.



“A grandiosa importância da descoberta – observa Manilo Simonetti no artigo do “L’Osservatore Romano” – está no fato de que a imensa obra principalmente exegética de Orígenes, por causa da acima citada condenação, foi perdida em grande parte, e do que foi salvo, relativamente pouco chegou até nós em língua original e muito mais em tradução latina, visto que no Ocidente, apesar da condenação, se continuou a ler e utilizar os escritos de Orígenes traduzidos durante toda a Idade Média”.



Um valor emblemático da descoberta é o fato dela ter acontecido na cidade natal de Papa Bento XVI.

Do BLOG: CARMADELIO

Encontrado suposto corpo de São João Batista


Estudos arqueológicos revelaram que uma ossada encontrada em uma igreja búlgara em 2010 pode ser de São João Batista. A constatação foi feita por pesquisadores da Universidade de Oxford, Grã-Bretanha, que submeteram os ossos a uma nova datação de carbono 14.




Os ossos foram encontrados em uma igreja localizada na ilha búlgara denominada Sveti Ivan, que significa, literalmente, “São João”. Perto o altar da igreja, os arqueólogos encontraram um pequeno sarcófago de mármore contendo restos humanos – entre os quais uma falange, um dente e a face de um crânio.



Os arqueólogos também encontraram, ao lado do lado do sarcófago, uma pequena caixa com inscrições em grego antigo mencionando explicitamente São João Batista. O texto em questão pede a ajuda de Deus para “nosso servo Thomas”, que segundo certas teorias teria ficado encarregado de levar estas relíquias para a ilha búlgara.



De acordo com iG, um grupo de cientistas, da Universidade de Copenhague, reconstituiu uma parte do genoma de três ossos, e concluíram que as sequências de DNA obtidas pertenceram a um único indivíduo. Segundo os cientistas, trata-se provavelmente de um indivíduo sexo masculino, portador de genes característicos do Oriente Médio, região de onde São João Batista era originário.



“Nós ficamos surpresos que a datação tivesse revelado uma idade tão avançada. Nós pensamos que os ossos fossem mais recentes, talvez dos séculos III ou IV. Contudo, os resultados são realmente coerentes com qualquer um que tenha vivido no século I”, declarou o professor Higham, que observou: “Se se trata de São João Batista ou não é uma pergunta que nós não podemos e provavelmente nunca poderemos responder”.



Fonte: Gospel+

Visão Carismática: Violência contra cristãos

Visão Carismática: Violência contra cristãos: Islamitas do Boko Haram reivindicam ataques que deixaram mais de 50 mortos na Nigéria  (AFP) -O grupo islamita Boko Haram reivindicou ...

LIVROS DEUTEROCANÔNICOS




Os livros deuterocanônicos são: Tobias, Judite, 1Macabeus, 2Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria, Baruc, alem de trechos de Ester e Daniel. Foram escritos entre os anos 200 a.c e 100 a.c. A versão Bíblica utilizada pelos Católicos é a Septuaginta assim conhecida por ter sido traduzida do hebraico para o grego por setenta e dois sábios e anciãos judeus na cidade de Alexandria para uma comunidade de judeus que lá viviam e não mais dominavam a língua hebraica. Na época da tradução os livros que compõe o Antigo Testamento ainda não estavam definidos e foram acoplados a eles o sete livros que hoje são rejeitados pela maioria dos protestantes.

Esta tradução do Antigo Testamento logo passou a ser utilizada entre a maioria dos judeus, inclusive os Apóstolos de Cristo que a utilizavam nas suas pregações. Porém no ano 100 d.c judeus da palestina não Cristãos se reuniram na cidade de Jâmnia para redefinir os livros Bíblicos e acabaram excluindo os sete livros deuterocanônicos, assim como também foi excluído qualquer livro que falasse em Jesus, mostrando a falta de inspiração do Sínodo. Sínodo esse que se apóiam os protestantes. O principal motivo desses livros terem sido excluídos foi a rivalidade que os judeus tinhas contra os Cristãos.

Os judeus utilizaram alguns critérios para excluir os livros, porém nenhum desses critérios tem estrutura solida. Um deles é de que Deus só poderia inspirar em Israel, mas isso não faz sentido já que toda lei de Moises foi inspirada no deserto do Sinai ao caminho para o Egito. Outro argumento utilizado é que Deus só poderia inspirar em hebraico. Na realidade Deus disse que só poderia se revelar aos israelitas mas entre eles haviam muitos que falavam outras línguas como o profeta Daniel, por tanto Deus não se revelou apenas em hebraico.

Os primeiros Padres da Igreja citavam vários trechos dos livros deuterocanônicos, e no Concilio de Roma no ano de 382 d. c foi definido o Cânon oficial fazendo parte dele os livros que hoje são tidos como apócrifos por alguns protestantes. O Cânon foi confirmado no Concilio de Hipona em 393 e de Cartago em 397. O engraçado é que estes mesmos Concílios também definiram alguns livros do Novo Tstamento, livros estes aceitos pelos protestantes e Concílios estes também muito citados por eles para confirmar a Canonicidade do Novo Testamento.

Durante a reforma protestante Lutero retirou estes livros por confirmarem doutrinas Católicas, assim como haviam feito os judeus. Os livros deuterocanônicos do Novo Testamento também foram retirados por ele, e depois recolocados por outros protestantes.

As catacumbas de Roma, que eram os locais onde os primeiros Cristãos se reuniam para celebrar seu Culto longe das perseguições do império, também estão cheias de desenhos que retratam cenas dos livros deuterocanonicos. O testemunho dos primeiros Cristão são outra prova das verdades inspiradas nestes livros. Algumas denominações protestantes hoje em dia aceitam todos os livros da Bíblia, assim como foi definida em Concílio durante os séculos, que são os: Luteranos, Presbiterianos e Anglicanos.

É importante ressaltar que alguns critérios foram tomados pelos Católicos na hora de determinar os Livros Sagrados, como: Apostolicidade; que não significa que toda obra dos Apóstolos é inspirada, mas sim as que foram escritos nos momentos de inspiração de um Apóstolo. Foram escolhidos os livros de leitura pública e que eram lidos nas principais Igrejas. Além da Ortodoxia que deve existir em cada Livro Sagrado, sem que nenhum contradiga outro livro da Bíblia.





Fonte de estudo: estudo bíblico apostolado sã doutrina, segunda aula.

Do Blog: PALAVRA DE GUADALUPE

MASTURBAÇÃO






Um dos grandes problemas dos jovens é lidar com esse tipo de pecado, tão comum na juventude. Porém, mostraremos a seguir como vencer esse inimigo, que não é fácil, mas com perseverança será gratificante diante dos olhos de Deus.



COMO SE LIVRAR DA MASTURBAÇÃO



A grande luta do jovem cristão é contra o vício da masturbação. A sua prática é bastante comum entre os rapazes e moças, que é um dos principais problemas enfrentados por eles. Saiba, antes de tudo, que a masturbação não é indício de distúrbio de personalidade ou de problema mental. É um problema muito antigo na humanidade. O "Livro dos Mortos", dos egípcios, já a condenava por volta do ano 1550 antes de Cristo. Também de acordo com o Código Moral dos antigos judeus era considerado pecado grave. Encontrei homens casados que continuavam a se masturbar, embora tivessem uma vida sexual regular com a esposa. Isso mostra que o vício da juventude continuou, e prejudica o casamento. Embora as aulas de "educação sexual", muitas vezes, ensinem que a masturbação é normal, e até necessária, na verdade, é contra a natureza e contra a lei de Deus. Infelizmente, nessas aulas e cartilhas sobre o assunto, os alunos são aconselhados a não terem sentimentos de culpa, angústia ou ansiedade, e ensinam que não é prejudicial a saúde. Isso não é verdade, pois muitos médicos afirmam que ela é prejudicial ao jovem tanto fisicamente quanto psicologicamente.

A Igreja ensina que esta prática é um ato desordenado. Embora defendida por muitos como "algo normal", ela ensina que não :"Na linha de uma tradição constante, tanto o magistério da Igreja como o senso moral dos fiéis afirmam sem hesitação que a masturbação é um ato intrínseco e gravemente desordenado. Qualquer que seja o motivo, o uso deliberado da faculdade sexual fora das relações conjugais normais contradiz sua finalidade" (Catecismo da Igreja Católica,§2352).



Para lutar contra a masturbação é preciso se tomar várias atitudes:



1 - Tenha calma diante do problema.



Você não é nenhum desequilibrado sexual, nem impuro e nem uma prostituta impotencial. Assim como não é uma aberração porque se masturba. Enfrente o problema com calma e com fé.



2 - Corte todos os estimulantes do vício.



Jogue fora todas as revistas pornográficas, livros e filmes eróticos que você costumava ver. E não fique olhando para o corpo das moças ou dos rapazes, alimentando a sua mente com desejos eróticos. Deixe de assistir àqueles programas de TV que, cada vez mais, jogam "pólvora" no seu sangue. A TV é, hoje, um dos piores venenos para o jovem que luta contra a masturbação. E fuja dos "sites" eróticos da Internet.



3 - Faça um bom uso de suas horas de folga.



Aproveite o tempo para ler um bom livro, praticar esportes, sair com os amigos,caminhar, etc. Não fique sem fazer nada, especialmente na cama, pois "mente vazia é oficina do diabo".



4 - Não desanime nem se desespere nunca.



Lute diariamente contra a masturbação, mas se você cair, levante-se imediatamente, peça perdão a Deus de imediato, e retome o propósito de não pecar. Não fique pisando na sua alma e se condenando. Diga: "Está bem, eu errei, eu caí, aceito a minha queda humildemente, porque sou fraco; vou conseguir com a ajuda de Deus superar isso. Vou continuar lutando até me libertar definitivamente, mesmo que eu caia um milhão de vezes: não desistirei e não me desesperarei. "Jovem, Deus ama a nossa luta contra o pecado; a nossa vitória diante dele é mais a nossa perseverança na luta do que propriamente a vitória completa. Se confesse com o sacerdote; sempre que cair não tenha receio, ele te compreenderá, pois está acostumado a ouvir isso.



5 - Alimente a sua alma com a oração, a Palavra de Deus e os Sacramentos da Igreja.



Há um ditado que diz: "Mosca não assenta em prato quente". Se você mantiver a sua alma aquecida com o calor do Espírito Santo, as "moscas" da tentação não vão perturbá-lo. Mas se o prato esfriar... Após uma queda no campo sexual, sempre fica claro que faltou "vigilância e oração" para não pecar. Muitas vezes, abusamos da nossa fraqueza e nos expomos diante do perigo... e caímos. Peça sempre a Jesus em suas orações que Ele lhe conceda a virtude da castidade, sempre que cair se confesse imediatamente, procure comugar e estar sempre em oração isso vai te dar forças. experimente!

Há um outro provérbio que diz: " A ocasião faz o ladrão ", ou ainda: " Quem ama o perigo nele perecerá". Na verdade, teremos de pedir mais perdão a Deus porque não vigiamos e não oramos, do que por ter caído no pecado propriamente.



E lembre-se: A vitória vem com muita luta, perseverança, oração e apoio Divino.

Deus sempre estará do seu lado nesta luta e em todas contra o pecado.



Deus te abençõe !





Fonte :pt.scribd.com/doc/7342278/Livrese-Da-Masturbacao

Violência contra cristãos




Islamitas do Boko Haram reivindicam ataques que deixaram mais de 50 mortos na Nigéria

 (AFP) -O grupo islamita Boko Haram reivindicou nesta segunda-feira a autoria dos atentados de domingo contra três igrejas no norte da Nigéria e que provocou a represália de cristãos em uma nova onda de violência que já contabiliza mais de 50 mortos e 150 feridos.

"Alá nos deu a vitória nos ataques lançados contra igrejas (das cidades) de Kaduna e Zaria que provocou a morte de muitos cristãos e membros das forças de segurança", declarou em uma mensagem veiculada na internet Abul Qaqa, porta-voz do grupo islamita.



Ele acrescenta que foram "represálias contra as várias atrocidades cometidas contra os muçulmanos".



"A última contagem nos dá 52 corpos encontrados nas áreas afetadas. Temos mais de 150 feridos", disse um membro da Defesa Civil, sob condição de anonimato. "A maioria das vítimas foram mortas em retaliação", indicou.



De acordo com a polícia, os ataques contra as três igrejas fizeram 16 mortos.



Um jornalista da AFP que acompanhou uma patrulha de soldados nesta segunda-feira pelas ruas de Kaduna viu mesquitas, postos de gasolina, dezenas de veículos e lojas incendiados.



Um toque de recolher de 24 horas foi decretado na cidade.



No exterior, o ministro italiano da Cooperação Internacional, Andrea Riccardi, acusou o Boko Haram de prosseguir com uma estratégia de "extermínio sistemático" da minoria cristã no norte da Nigéria.



"O Boko Haram quer a limpeza étnica no norte e os cristãos são o alvo. Este não é um episódio isolado, mas um extermínio sistemático", declarou o ministro católico, fundador da Comunidade de Sant''Egidio, perto do Vaticano, em uma entrevista ao La Repubblica.



"A estratégia perversa do Boko Haram é provocar uma guerra civil", acrescentou Riccardi, enquanto os parlamentares italianos pediam uma mobilização "para acabar com a caça aos cristãos".



Em Zaria, as explosões tiveram como alvo a catedral católica de Cristo Rei e a igreja evangélica da Boa Nova. Em Kaduna, foi a igreja Shalom afetada nos subúrbios ao sul da cidade de maioria cristã.



Após os ataques, multidões de cristãos irados se envolveram em confrontos contra os muçulmanos em um subúrbio predominantemente cristão da cidade de Kaduna.



Muitas das vítimas sofreram ferimentos com facões e os hospitais estão com falta de sangue para fazer operações, informou um funcionário da Cruz Vermelha.



Uma semana atrás, o Boko Haram anunciou o ataque contra duas igrejas na região central e nordeste da Nigéria, a ação matou quatro pessoas, incluindo o homem-bomba.



Um porta-voz dos islamitas explicou que o grupo queria mostrar que permanecia ativo, apesar da repressão pelas forças de segurança e prometeu mais ataques anticristãos.



O Boko Haram tem multiplicado desde meados de 2009 seus ataques, especialmente em cidades do norte, onde já morreram mais mil pessoas.



A Nigéria, o país mais populoso da África, com cerca de 160 milhões de habitantes, está dividida entre um norte predominantemente muçulmano e um sul predominantemente cristão mais rico graças ao petróleo.




Fonte: Portal TERRA

quinta-feira, 14 de junho de 2012

As contribuições católicas para a Bíblia

     O próprio Lutero disse: "foi um efeito do poder de Deus que o papado preservou, em primeiro lugar, o santo batismo; em segundo, o texto dos Santos Evangelhos, que era costume ler no púlpito na língua vernácula de cada nação..." (14). Muitos católicos e protestantes não percebem quanto devem a Igreja católica por terem a Bíblia como nós temos hoje. Por exemplo, antes que Lutero fizesse sua tradução em alemão em setembro de 1522, já havia dezessete traduções alemãs (todas antes de1518) já impressas, doze destas no dialeto do baixo-alemão. (7)








38-61 d.C. O PRIMEIRO EVANGELHO FOI ESCRITO: S. Mateus, um dos doze apóstolos de Cristo, bispo católico e mártir da fé, escreve o primeiro evangelho da vida de Cristo em hebraico. Este evangelho seria seguido por três outros evangelhos escritos em grego. Estes foram o evangelho de s. Marcos (64 d.C.), o evangelho de s. Lucas (63 ou 64 d.C.) e o evangelho de s. João (97 d.C.).



52 d.C. A PRIMEIRA EPÍSTOLA FOI ESCRITA: S. Paulo, apóstolo de Cristo, bispo católico e mártir da fé, escreve a primeira epístola a uma parte da Igreja. Esta é conhecida hoje como "Primeira aos Thessalonicenses". Este escrito seria seguido de 21 outras epístolas apostólicas por vários autores católicos, sendo o último escrito pelo apóstolo s. João, em 69 d.C.



64 d.C. FOI ESCRITO OS ATOS DOS APÓSTOLOS: S. Lucas, discípulo de s. Paulo, bispo da Igreja católica e mártir da fé, escreve "Atos dos Apóstolos", uma história da igreja católica da Páscoa até a morte de s. Paulo. Atos e o Evangelho Segundo São Lucas, fez s. Lucas o autor da maior parte do NT, ou seja, 28%.



98-99 d.C. O ÚLTIMO LIVRO DIVINAMENTE INSPIRADO DOS APÓSTOLOS É FEITO: S. João, apóstolo de Cristo e bispo da Igreja católica, escreve o último livro divinamente inspirado dos apóstolos. Isto é conhecido hoje como "Apocalipse"



153-170 d.C. O PRIMEIRO TRATADO EM "A HARMONIA DOS EVANGELHOS". : Amais antiga tentativa de fazer uma harmonia foi por Taciano (morreu em 172) e seu título, Diatessaron, dá abundante evidência da primitiva aceitação na Igreja católica de nossos quatro Evangelhos canônicos. A próxima Harmonia foi feita por Amônio de Alexandria, professor de Orígenes, que apareceu em 220 d.C., mas se perdeu. (17)



2º - 3º SÉCULO d.C. A PRIMEIRA ESCOLA DA BÍBLIA: Os antigos católicos começaram uma escola em Alexandria para a aprendizagem dos Evangelhos e outros escritos católicos antigos. (6)



250 d.C. A PRIMEIRA BÍBLIA EM IDIOMA PARALELA: O católico Orígenes cria a edição da Hexapla do VT, que continha o hebraico paralelo com versões gregas. (5)



250 d.C. A PRIMEIRA BIBLIOTECA CATÓLICA: O católico Orígenes cria uma bem equipada biblioteca na Cesaréia, com a finalidade de estudar os Evangelhos e outros escritos católicos antigos. (19)



250-300 d.C. A PRIMEIRA BÍBLIA EM FORMA DE LIVRO: Os judeus usaram o rolo de papiro, os primitivos católicos foram os primeiros ao usar a forma de livro (códice) para Escrituras. (10)



SÉCULO IV - O PRIMEIRO USO DA PALAVRA "BÍBLIA": Veio da palvra grega "biblos", que significa o lado interno do papiro, papel-cana de onde eram feitos os primeiros papéis, no Egito. A forma latina "Biblia", escrita com uma letra maiúscula, veio a significar "O Livro dos Livros", "O Livro" por excelência. As Santas Escrituras foram chamadas de Bíblia pela primeira vez por s. Crisóstomo, arcebispo católico de Constantinopla, no séc. IV. (12)



SÉCULO IV - AS MAIS ANTIGAS BÍBLIAS EXISTENTES: As duas mais antigas Bíblias existentes, que contém o Velho e a maioria (mas não completo) do Novo Testamento, chamam-se hoje de Códice Vaticanus (325-350 d.C.), o Códice Sinaiticus (340-350 d.C.), o Códice Ephraemi (345 d.C.) e o Códice Alexandrinus (450), que foram copiados à mão por monges católicos. (6)



367 D.C. O PRIMEIRO USO DO PALAVRA "CÂNON": S. Atanásio, bispo católico de Alexandria, é o primeiro em aplicar o termo cânon para o conteúdo da Bíblia, introduzindo o verbo canonizar que significa "dar sanção oficial a um documento escrito". (6)



367 D.C. O CÂNON DO NOVO TESTAMENTO: A 39ª carta festal de S. Atanásio, bispo católico de Alexandria, enviada para as igrejas sob sua da jurisdição em 367, terminou com toda a incerteza sobre os limites do cânon do NT. Nela, preservada em uma coleção de mensagens, listou como canônicos os 27 livros do NT, embora os organizasse em uma ordem diferente. Esses livros do NT, na ordem atual são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas, João), Atos dos Apóstolos, Romanos, 1 Coríntios, 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 Tessalonicenses, 2 Tessalonicenses, 1 Timóteo, 2 Timóteo, Tito, Filemôn, Hebreus, Tiago, 1 Pedro, 2 Pedro, 1 João, 2 João, 3 João, Judas e Apocalipse. (1)



388 D.C. O PRIMEIRO GLOSSÁRIO DE NOMES DA BÍBLIA: S. Jerônimo compilou o "Livro de Nomes Hebreus, ou Glossário de Nomes Formais do Velho Testamento". O Livro de Nomes Hebreus foi sem dúvida de muito uso na ápoca em que as pessoas quase não conheciam o hebraico, embora o arranjo seja estranho com um glossário separado para cada livro da Bíblia. (17)



388 D.C. O LIVRO DOS NOMES DE LUGARES HEBREUS: S. Jerônimo compilou o "O Livro dos Nomes de Lugares Hebreus" que foram feitos primeiro por Eusébio com adições de Jerônimo. Os nomes sob cada letra são colocados em grupos separados na ordem dos livros das Escrituras nas quais eles aparecem; por exemplo, na letra A temos os nomes de Gênesis, depois Êxodo, e assim por diante. Mas não há lugar para fantasia, e o testemunho de homens que viveram na Palestina nos séc. IV e V ainda são de grande valor ao estudante da topografia sagrada. Quando os lugares estão fora do conhecimento do escritor, ele usa de especulação, como quando o autor nos fala que a Arca pode ser encontrada nas proximidades do Ararat. (17)



390 D.C. A PRIMEIRA COMPILAÇÃO COMPLETA DO VELHO E NOVO TESTAMENTO: No Concílio de Hipona, a Igreja católica reuniu os vários livros que reivindicaram serem escrituras, revisou cada um e decidiu quais eram inspirados ou não. A Igreja católica reuniu todos os livros e epístolas inspirados em um volume chamado A Versão de Septuaginta do Velho Testamento (que foi traduzida por setenta estudiosos em Alexandria, Egito por volta de 227 a.C. e foi a versão que Cristo e os apóstolos usaram) e é a mesma Bíblia que temos hoje. A Igreja católica deu-nos então, a Bíblia. (2)



400 D.C. A MAIOR PARTE DAS ESCRITURAS SAGRADAS TRADUZIDAS: Nas línguas siríaco, cóptico, etíope, georgiano(8). Na região do Reno e Danúbio (Império romano) UMA versão gótica foi traduzida pelo bispo gótico Ulfilas (318-388), quem, depois de inventar um alfabeto, produziu uma versão das Escrituras da septuaginta do VT e do grego. (10)



406 D.C. A TRADUÇÃO ARMÊNIA: Em 406 o alfabeto armênio foi inventado por Mesrob, que cinco anos depois completou uma tradução do VT e NT da versão siría em armênio. (10)



405 D.C. A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA COMPLETA NA LINGUAGEM COMUM: A Vulgata latino, de latin editio vulgata,: "versão comum", a Bíblia ainda usada pela Igreja católica romana, foi traduzida por S. Jerônimo (quem os tradutores da versão KJV de 1611 em seu prefácio o chamaram de "o pai mais instruído, e o melhor lingüista de sua época ou de qualquer antes dele"). Em 382, o papa Dâmaso pediu a Jerônimo, o maior estudioso bíblico de sua época, que produzisse uma versão latina aceitável da Bíblia das várias traduções que eram então usadas. Sua tradução latina revisada dos Evangelhos apareceu em 383. Usou a versão da Septuaginta grega do VT do qual ele produziu uma nova tradução latina, um processo que ele completou em 405. (3) É como tradutor das Escrituras que Jerônimo é mais conhecido. Sua Vulgata foi feita no momento certo e pelo homem certo. O latim ainda estava vivo, apesar do Império Romano estar desaparecendo. E Jerônimo era mestre em latim. (17)



450-550 A.D O BEZAE CANTABRIGIENSIS (TAMBÉM CHAMADO CÓDICE BEZAE): Este é o manuscrito bilíngüe mais antigo existente, com o grego na página esquerda, e latim à direita. O Bezae Cantabrigiensis era um texto ocidental copiado c. 450-550 e que preservou a maior parte dos quatro Evangelhos e partes de Atos.



SÉCULO VII - A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM PARA O FRANCÊS: As versões francesas dos Salmos e o Apocalipse, e um métrico do Livro de Reis, apareceu já no sétimo século. (9) Em 1223 uma tradução completa foi feita sob o rei católico Louis, o Piedoso. Isto foi 320 anos antes da primeira versão francesa protestante. (7) Até o décimo quarto século, foram produzidas muitas histórias da Bíblia.



SÉCULO VII - A PRIMEIRA VERSÃO ALEMÃ: A história da pesquisa Bíblica mostra que as numerosas versões parciais no vernáculo na Alemanha já aparecem nos séc. VII e VIII. Também há abundância dessas versões nos séc. XIII e XIV, e uma Bíblia completa no séc.XV, antes da invenção da imprensa. (9)



SÉCULO VIII - A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM INGLÊS: Por Adelmo, bispo de Sherborne, e Bede. Uma tradução do século IX da Bíblia para o inglês (no dialeto anglo-saxão) foi feita por Alfred. Uma tradução do séc. X para inglês foi feita por Aelfric. (7) Foi feita uma tradução em 1361 da maior parte das Escrituras no dialeto inglês (anglo-normando). (3) Isto foi vinte anos antes da tradução de Wycliffe em 1381. (3)



SÉCULOS VIII e IX - O USO DA FORMA DE ESCRITA CHAMADA "MINÚSCULA": Como o bloqueio do comércio oriental de papiro fez o mercado ocidental usar o pergaminho, o fator econômico ficou potente. Para caber mais letras na página, o copista teve de usar letras menores e apertadas. Alguns, para preservar suas formas, colocavam algumas acima e outras abaixo linha. O resultado foi uma forma de escrita chamada "Minúscula"?pequenas letras, com iniciais maiúsculas para ênfase. Este sistem ainda é usado hoje. Foi uma mudança gramatical da "Maiúscula" - que consistia de ltras grandes usadas pelos gregos, romanos e judeus. (16)



SÉCULO IX - A PRIMEIRA TRADUÇÃO ESLAVA DA BÍBLIA: Os santos católicos Cirilo e Metódio pregaram o Evangelho para os eslavos na segunda metade do nono século e S. Cirilo, tendo formado um alfabeto, fez para eles uma versãoVelho Eclesiástico Eslavo, ou Búlgaro, uma tradução da Bíblia do grego. No fim do décimo século esta versão entrou na Rússia e depois do décimo segundo século sofreu muitas mudanças lingüísticas e textuais. Uma Bíblia eslava completa foi feita de um códice antigo no tempo de Waldimir (m. 1008) foi publicada em ostrogodo em 1581.(9)



1170 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA PARALELA EM INGLÊS: O Psalterium Triplex de Eadwine, que continha a versão latina acompanhada por textos anglo-normandos e anglo-saxões, se tornou a base de versões anglo-normandas. (3)



SÉC. XII - A PRIMEIRA DIVISÃO DE CAPÍTULOS: Foi o arcebispo católico britânico de Canterbury, St. Estêvão Langton (morreu em 1228), foi o primeiro a dividir as Escrituras em capítulos: 1.163 capítulos no VT e 260 no NT. (4)



SÉC. XIII - A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM ESPANHOL: Sob o rei Alfonso V de Espanha. (7)



1230 D.C. A PRIMEIRA CONCORDÂNCIA: Uma concordância da Bíblia da Vulgata latina foi compilada pelo frade dominicano Hugo de São Cher. (5)



1300 D.C. A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA EM NORUEGUÊS: O mais antiga e celebrada é a tradução de Gênesis-Reis chamada Stjórn ("Direção"; i.e., de Deus) em norueguês antigo, em 1300. As versões suecas do Pentateuco e de Atos sobreviveram do décimo quarto século e um manuscrito de Josué-Juízes por Nicholaus Ragnvaldi de Vadstena de c. 1500. A versão dinamarquesa mais antiga de Genêsis-Reis deriva de 1470. (11)



1454 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA: Um católico chamado Gutenberg causou grande excitação quando no outono daquele ano exibiu uma amostra na feira do comércio de Frankfurt. Gutenberg rapidamente vendeu todas as 180 cópias da Bíblia da Vulgata latina até mesmo antes da impressão estar acabada. (6)



1466 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM ALEMÃ: Isto foi cinqüenta oito anos antes de Lutero fazer sua Bíblia alemã em 1524. (8) Nestes cinqüenta e oito anos os católicos imprimiram 30 diferentes edições alemãs da Bíblia.



1470 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM ESCANDINAVO: No décimo quarto século, foram feitas versões das Epístolas dominicas e dos Evangelhos para uso popular na Dinamarca. Grandes partes da Bíblia, se não uma versão inteira, foi publicada em 1470. (9)



1471 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA ITALIANA:(8) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos já tinham feito 20 diferentes edições italianas da Bíblia.



1475 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM HOLANDÊS: A primeira Bíblia em holandês foi impressa por católicos na Holanda em Delft em 1475. Algumas foram impressas por Jacob van Leisveldt em Antwerp (9)



1478 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM ESPANHOL:(8 ) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos já tinham feito 2 diferentes edições espanholas da Bíblia.



1466 D.C. O PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA EM FRANCÊS:(8) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos já tinham feito 26 diferentes edições francesas da Bíblia.



1516 D.C. A PRIMEIRA IMPRESSÃO DO NOVO TESTAMENTO GREGO: Um católico chamado Erasmofez a primeira impressão de seu NT grego. (8) Muitos anos antes de Lutero fazer sua Bíblia (começou em 1522) os católicos já tinham feito 22 diferentes edições gregas da Bíblia.



1534 D.C. O PRIMEIRO USO DE ITÁLICOS PARA INDICAR PALAVRAS QUE NÃO ESTAVAM NO ORIGINAL: Um católico chamado Munster foi o primeiro em usar itálicos para indicar palavrasque não estavam nos textos originais grego e hebraico, em sua versão da Vulgata latina. (13)



1548 D.C. AS PRIMEIRAS VERSÕES CHINESAS: Entre as traduções mais antigas uma versão é a de S. Mateus por Anger, um católico japonês (Goa, 1548). O jesuíta Padre de Mailla escreveu para uma explicação dos Evangelhos para domingos e festas em 1740, (9)



1551 D.C. A PRIMEIRA DIVISÃO DE VERSÍCULOS: A primeira divisão da Bíblia em versículos é vista pela primeira vez em uma edição doNT grego publicada em Paris pelo católico Robert Stephens. (10)



1555 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA IMPRESSA COMPLETA COM CAPÍTULOS E VERSÍCULOS: A primeira divisão da Bíblia em capítulos e versículos é vista pela primeira vez em uma edição do Vulgata publicada em Paris pelo católico Robert Stephens. (10)



1561 D.C. A PRIMEIRA BÍBLIA COMPLETA EM POLONÊS: Foi impressa em Cracóvia em 1561, 1574, e 1577. Jacob Wujek, S.J., fez uma nova tradução da Vulgata (Cracóvia, 1593) admirada por Clemente VIII e que foi muito reimpressa. (9)



1579 D.C. A PRIMEIRA VERSÃO MEXICANA: A primeira Bíblia conhecida no México foi uma versão dos Evangelhos e Epístolas em 1579 por Dídaco de S. Maria, O.P., e o Livro de Provérbios por Louis Rodríguez, O.S.F. Uma versão do NT foi feita em 1829, mas só o Evangelho de S. Lucas foi impresso. (9)



1836 D.C. A PRIMEIRA TRADUÇÃO DA BÍBLIA PARA O JAPONÊS: Uma versão do evangelho de S. João e dos Atos foi editada em katakana (tipo quadrado) em Cingapura (1836) por Charles Gutzlaff (9)





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Notas de rodapé e Referências

1) Encarta Encyclopedia © 1997-2000



2) The Faith of Our Fathers, p. 68 © 1917. See also Who?s Who in the Bible © 1986



3) Encyclopedia Britannica © 1999-2000



4) The Only Begotten, Chapter 7, p. 130 by Michael Malone: CATHOLIC TREASURES, © 1997



5) Funk & Wagnalls Standard Reference Encyclopedia © 1951 Volume 4



6) The Bible Through the Ages © 1996, Readers Digest Association, New York.



7) Imperial Encyclopedia and Dictionary © 1904 Volume 4, Hanry G. Allen & Company



8) Holman Bible Dictionary © 1991



9) The Catholic Encyclopedia, Volume XV Copyright © 1912



10)The Zondervan Pictorial Bible Dictionary © 1977



11)The Encyclopedia Britannica © 1999-2000



12)"What Say You?" p. 244-289 © 1945 By David Goldstein,



13)English Versions of the Bible © 1952



14)De Missa privata, ed by Jensen, VI, Pg 92



15)Eerdmans Dictionary of the Bible © 2000, Pg 828



16)Mediaeval history © 1967, pg 166-167



17)The Comlete Christian Collection © 1999



18)The Age of Martyrs © 1959



Traduzido para o Veritatis Splendor por Emerson H. de Oliveira

Fonte: veritatis esplendor

A confiabilidade dos Evangelhos






Podemos citar três razões que demonstram a confiabilidade da narrativa dos evangelhos:



Razão nº1: Os evangelhos foram escritos num período próximo aos eventos narrados. Isso é muito importante porque indica que os evangelhos foram escritos por testemunhas oculares e pessoas próximas às diversas testemunhas oculares. O fato de as testemunhas oculares estarem vivas no tempo em que os evangelhos foram escritos é crucial porque elas poderiam desmentir qualquer informação mentirosa.



Há muitas evidências que demonstram que os evangelhos foram escritos cedo. Há evidências internas, como por exemplo: o livro de Atos termina bruscamente com Paulo esperando seu julgamento (At 28.31) o que indica que Lucas, o autor, terminou o livro naquele período. Sabe-se que Paulo foi martirizado entre 63 e 64 d.C. Sabe-se também que o livro de Atos foi escrito por Lucas depois de seu evangelho (At 1.1). Logo, o evangelho de Lucas foi escrito no máximo, apenas trinta anos após o ministério de Jesus.



Outro exemplo de evidência interna é a ausência de qualquer referência no Novo Testamento da destruição de Jerusalém em 70 d.C. Isso claramente aponta o fato de que todos os livros no Novo Testamento foram escritos em data anterior a 70 d.C. É notável o fato de que Jesus profetizou que Jerusalém seria destruída (Mc 13.1-4,14,30). E Jerusalém foi realmente destruída no ano 70 d.C. assim como Jesus profetizou. Sem dúvida os autores do Novo Testamento, que estavam preocupados em provar que Jesus é o Filho de Deus, teriam citado o cumprimento dessa profecia para apoiar sua argumentação.



Há também evidências relacionadas aos papiros com fragmentos do Novo Testamento que sobreviveram até nossos dias. O papiro conhecido como Chester Beatty é datado de 200-250 d.C.; o papiro Bodmer II de 200 d.C.; o papiro Early Chrisitian de 150 d.C.; e o papiro John Rylands MSS de 130 d.C. Esses papiros comprovam que os evangelhos foram escritos em data próxima aos eventos narrados.



Há evidências relacionadas aos escritos patrísticos. Por exemplo, a epístola de Policarpo aos filipenses foi escrita em 120 d.C., as cartas de Inácio em 115 d.C. e a epístola de Clemente aos coríntios em 95 d.C. Todos esses escritos contém inúmeras citações dos evangelhos e demais textos do Novo Testamento.



Portanto, se concluí que os evangelhos passam do teste mais ácido de todos os escritos da Antiguidade. Os evangelhos foram escritos na mesma geração que viu os eventos narrados. O fato dessa geração ter preservado os evangelhos para as gerações posteriores indica o fato de que não houve nenhuma distorção ou fraude na narrativa dos eventos.



Razão nº2: Os eventos narrados nos evangelhos são solidamente apoiados pelas descobertas históricas e arqueológicas. A arqueologia comprova a historicidade de eventos, pessoas e lugares descritos nos evangelhos. Por exemplo: Em Lucas 2.1-3 está escrito que foi realizado um censo no período em que Quirino era governador da Síria. Sabe-se hoje que os romanos realizavam um censo a cada 14 anos e que esses censos tiveram início com César Augusto. Inscrições encontradas em Antioquia confirmam que Quirino iniciou seu governo em 7 a.C. Em Lucas 3.1 é citado um governador chamado Lisânias. Foi encontrada uma inscrição próximo à cidade de Damasco que comprova a existência dele. Em João 19.13 é mencionado um pavimento de pedra, chamado Gábata, localizado no palácio de Pilatos. O arqueólogo William Albright comprovou que esse pavimento existiu, foi destruído em 70 d.C. e reconstruído pelo governador Adriano. Esses são apenas alguns exemplos das descobertas arqueológicas que comprovam a historicidade dos eventos narrados nos evangelhos.



Razão nº3: Os evangelhos não foram alterados com o passar dos séculos. Esse fato é comprovado por evidências maciças. Primeiro, há cerca de 4.000 manuscritos completos do Novo Testamento em grego espalhados pelos museus do mundo, e cerca de 13.000 manuscritos com fragmentos do Novo Testamento. É uma diferença monumental se comparado com outras obras da Antiguidade: há apenas dez manuscritos de Guerras Gálicas de Júlio César, dois manuscritos de Anais de Tácito, e sete manuscritos gregos das obras de Platão.



Segundo, os manuscritos do Novo Testamento foram encontrados em diversas localidades como Egito, Síria, Turquia, Itália, Grécia e Palestina.



Terceiro, os manuscritos do Novo Testamento que sobreviveram aos nossos dias foram escritos transcritos próximos aos manuscritos originais escritos pelos próprios autores. Há papiros com fragmentos do Novo Testamento que datam de 50 a 100 anos após a escrita dos originais. Há manuscritos completos que datam de 400 anos após a escrita dos originais (por exemplo: Codex Sinaiticus, Codex Alexandrino, Codex Vaticanus). Há uma diferenaça descomunal aos outros escritos da Antiguidade. Por exemplo: o manuscrito mais antigo que temos da História de Tucídes, é de 1300 anos após o original; História de Heródoto de 1350 anos; Guerras Gálicas de Júlio César de 950 anos; História de Tácito de 750 anos; Anais de Tácito de 950 anos. Entre os milhares de manuscritos do Novo Testamento que possuímos hoje, há diferenças mínimas, que são apontadas em notas de rodapé nas traduções modernas. Essas diferenças mínimas em nada alteram a doutrina cristã e podem ser superadas através da análise do que diz a maioria dos manuscritos.



A conclusão a que os estudiosos chegam é que nenhum outro documento da Antiguidade é tão confiável como os evangelhos e os demais livros do Novo Testamento.