- A Distinção Gelasiana (494)
O Bispo de Roma, o Papa Gelásio I (492-496)
efetuou a distinção entre o poder temporal dos imperadores e o
espiritual dos papas, considerando superior o poder destes últimos.
Envia um documento ao imperador do Oriente (Anastácio). Definiu a teoria
dos dois poderes: o poder temporal (poder do imperador) e o poder espiritual (poder
dos bispos). Os bispos, de acordo com essa teoria, seriam superiores ao
poder temporal. Estabelecido ainda que a figura do papa não poderia ser
julgada por ninguém. Dizia que o papel do Pontífice era antes ouvir do
que julgar.
- As Heresias
Define-se como negação ou dúvida pertinaz de uma verdade que se deve
crer com fé divina e católica, por quem recebeu o batismo. Ao longo da
história da Igreja vemos: O Gnosticismo (séc. II); Maniqueísmo (séc.
III); Arianismo (séc. IV); Pelagianismo (séc. V); Iconoclastas (séc.
VIII); Cátara e valdense (séc. XII-XIII); Protestantismo e Anglicanismo
(séc. XVI); Jansenismo (séc. XVII); Modernismo (séc. XIX). O relativismo
doutrinal e moral são tidos como a grande heresia atual. O rigor da
Igreja no combate às heresias e cismas variou ao longo dos tempos, com
períodos de grande repressão, sobretudo quando tais desvios eram
cominados com penas graves pelo poder político.
- Os Mosteiros
Vemos com São Bento de Nursia (529), uma retomada e revigoramento dos mosteiros. Os ermitões (Ermo – significa desertos)
atuavam sozinhos e passam a se organizar em pequenos grupos. São Bento
traça uma regra, dando uma forma a vida monástica, a qual passa a ser
copiada em outros mosteiros. O dia do monge é dividido em 7 momentos de
oração, mais o trabalho manual (penitência), produz seu alimento. “Ora
et Labora”. Não é necessário buscar mosteiros distantes, mas se
santificar com aqueles que convive. Deu forma ao monasticismo medieval.
Ao longo da Idade Média vemos que os mosteiros preservam as escrituras
sagradas, tornam-se refúgio, guardam as obras de arte e cultura…
- Fragmentação do Império Romano no Ocidente
Com as migrações germânicas e a queda do Império Romano no ocidente
(476) os bispos começam a buscar a unificação. Apelam para a elite
romana “Romanitas”, que passam a defender os valores cristãos. Os reis
bárbaros vão se convertendo ao longo dos anos. Vemos a ação do papa Gregório I, o Magno (590-604) assinala que “todo o poder foi dado ao alto aos meus senhores para ajudar os homens a fazer o bem”.
Assim os bispos e o Imperador e os reis têm a função de ajudar o bem e
punir o mal. Primeiro papa monge, intitulava-se Servidor dos Servidores
de Deus. Aproveitou-se da falência imperial na Itália para assumir o
poder temporal. Desligou-se da influência bizantina e aproximou-se dos
germânicos. Visigodos, suábios e lombardos se converteram. Agostinho foi
à Inglaterra e converteu os anglo-saxões. Os escritos de Gregório Magno
instruíram o clero e fortaleceram a religiosidade dos fiéis. Sua Regra
Pastoral serviu de manual para os padres em toda a Idade Média.
Fonte: Guia de Blogs católicos
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