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sábado, 19 de outubro de 2013

Jesus Cristo fundou a Igreja católica ?


Um tema diversas vezes abordado e controverso,principalmente quando tratamos com nossos irmãos separados, neste artigo a luz da história e da própria bíblia uma esclarecedora abordagem para os que seguem a insistir contra esta verdade.

Jesus Cristo fundou a Igreja católica. Grafa-se corretamente a palavra “católica”, que quer dizer universal, com cê minúsculo, porque não se trata de um nome próprio, mas de um atributo da única Igreja de Cristo.
Vejamos alguns trechos da constituição dogmática Lumen Gentium :
A) “Por isso, não podem salvar-se aqueles que, sabendo que a Igreja católica foi fundada por Deus através de Jesus Cristo como instituição necessária, apesar disso não quiserem nela entrar ou nela perseverar.” (N. 14a, grifos meus);
B) “Este sacrossanto sínodo, seguindo os passos do Concílio Vaticano I, com ele ensina e declara que Jesus Cristo pastor eterno fundou a santa Igreja (…) e [Jesus] quis que os sucessores dos apóstolos fossem em sua Igreja pastores até a consumação dos séculos.” (N. 18b, grifos meus).
No ano 2000, a Congregação para a Doutrina da Fé, através da declaração Dominus Iesus , reiterou a doutrina bimilenar:
A) “Deve-se crer firmemente como verdade de fé católica a unicidade da Igreja por ele [Cristo] fundada.” (N. 16b, grifos meus);
B) “Os fiéis são obrigados a professar que existe uma continuidade histórica – radicada na sucessão apostólica – entre a Igreja fundada por Cristo ea Igreja católica” (N. 16c, grifos meus);
C) “Existe, portanto, uma única Igreja de Cristo, que subsiste ( continua a existir ) na Igreja católica, governada pelo sucessor de Pedro e pelos bispos em comunhão com ele.” (N. 17a, grifos meus).
Os dois documentos supramencionados, embora embasados, é óbvio, tanto na sagrada tradição quanto na sagrada escritura, não deixam de ser uma referência mais para os católicos.
Nossos irmãos separados, os temporãos no cristianismo (século XVI), não podem, todavia, negar a história. Desta feita, muito tempo antes do Concílio de Niceia, no século IV, data em que alguns protestantes querem ver o início do catolicismo, o papa Clemente (+97), por exemplo, com autoridade doutrinal, dirige-se à Igreja de Corinto.
O papa Vitor I (+199) teve atuação decisiva na escolha da data da Páscoa, em controvérsia com outras comunidades. Os papas Zeferino (+217) e Calixto (+222), na questão sobre a penitência, na disputa sobre o batismo dos hereges, também deram a última palavra.
Santo Inácio elogia a Igreja de Roma, em virtude de ser ela a sé primeira. Santo Irineu exige a união doutrinal com a Igreja de Roma. São Cipriano, por seu turno, vê naquela Igreja a fonte da unidade eclesiástica. São Jerônimo, o tradutor da bíblia, escreve ao papa Dâmaso I (+384), dizendo que “no meio das convulsões da heresia ariana, a verdade encontra-se somente com Roma.”
Na Igreja católica apostólica romana está atuante e vigorosa a totalidade dos recursos salvíficos legados pelo divino salvador, sobremodo os sete sacramentos.

Por: Edson Sampel
Fonte: Blog do Carmadélio

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Aniversário entronização de João Paulo II


Em 16 de outubro de 1978 era eleito o 264º sucessor de São Pedro para a Cátedra universal de Roma, Papa João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II, em polonês: Jan Paweł II, nascido Karol Józef Wojtyła, 18 de maio de 1920 - 2 de abril de 2005)

Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou por cerca de trinta e sete anos, e Pio IX, que reinou por trinta e um anos.
Foi proclamado Beato em 1 de Maio de 2011 pelo Papa Bento XVI e será Canonizado dia 27 de abril de 2014.

Em 16 de outubro de 1978 era eleito o 264º sucessor de São Pedro para a Cátedra universal de Roma, Papa João Paulo II (em latim: Ioannes Paulus PP. II, em polonês: Jan Paweł II, nascido Karol Józef Wojtyła, 18 de maio de 1920 - 2 de abril de 2005)

Teve o terceiro maior pontificado documentado da história; depois dos papas São Pedro, que reinou por cerca de trinta e sete anos, e Pio IX, que reinou por trinta e um anos.
Foi proclamado Beato em 1 de Maio de 2011 pelo Papa Bento XVI e será Canonizado dia 27 de abril de 2014.

* A Bíblia das 'Testemunhas de Jeová' manipula conscientemente inúmeras expressões da sagrada escritura para adaptá-las às suas doutrinas.

Fonte: Blog do Carmadelio

As testemunhas de Jeová têm uma versão particular da Bíblia, chamada de “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”.

As testemunhas de Jeová, uma das seitas de origem cristã fundada nos Estados Unidos no século XIX, afirma ser o grupo religioso mais apegado à Sagrada Escritura, mas eles têm uma versão especial, chamada “Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas” (TNM), publicada pela Watchtower Bible and Tract Society of New York , Inc., a sociedade mercantil que está por trás deste movimento.

Em seu site oficial, as testemunhas de Jeová afirmam que a TNM “é uma versão exata e simples. Foi impressa inteira ou em partes em mais de 100 idiomas, e foram distribuídos mais de 70 milhões de exemplares”. Desde a sua fundação, a seita empregou diversas Bíblias, mas, no final , acabou impondo aos seus adeptos sua própria edição , bastante controversa.
Esta versão da Bíblia não pode ser considerada como tradução, pois manipula conscientemente inúmeras expressões da Sagrada Escritura para adaptá-las às doutrinas da seita.

As testemunhas de Jeová afirmam que, ao contrário de outras traduções, a TNM é uma “versão em linguagem moderna”. Na primeira página da edição, garantem que ela foi preparada “consultando fielmente os antigos textos hebraicos e gregos”. É verdade que utilizam pontualmente outras traduções bíblicas, mas só para tirar os versículos que lhes interessam em um determinado momento.

A seita tem um princípio doutrinal que marca as diretrizes na hora de manipular, em sua própria versão, as passagens necessárias, e indica os “apoios” em outras traduções (classificadas por eles como inexatas ou falsas). Este princípio é regulado pela cúpula da seita, por meio da Watchtower Society , e aparece em suas publicações, que dizem o que os adeptos devem ler, como devem ler e para que devem ler diretamente na TNM.

Tudo o que contradiz seu aparato doutrinal é modificado. Em primeiro lugar, quanto à divindade de Cristo. Observamos as manipulações, entre outras passagens, em: João 1, 1 (“A Palavra era um deus”), Romanos 9, 5 (“O Cristo segundo a carne: Deus, que está sobre todos, seja bendito para sempre”), Tito 2, 15 (“Aguardamos a feliz esperança ea gloriosa manifestação do grande Deus e do salvador nosso, Cristo Jesus”) e 2 Pedro 1, 1 (“Por justiça do nosso Deus e do salvador Jesus Cristo”), dissociando, nestes dois últimos casos, Deus de Jesus , e introduzindo palavras nos dois primeiros, modificando, assim, o texto original grego.

Também alteraram todo o referente à identidade do Espírito Santo , que não só aparece em minúsculas, mas despersonalizado, como, por exemplo, em Gênesis 1, 2: “A força ativa de Deus se movia de um lado a outro sobre a superfície das águas”.
Cabe destacar a forma de traduzir o verbo grego “estin” (“é”) nas palavras de Jesus durante a Última Ceia: “Isto significa meu corpo (…). Este cálice significa o novo pacto em virtude do meu sangue” (Lc 22, 19-20). Encontramos falsificações semelhantes em todo o relativo à escatologia, com os termos “alma”, “inferno” etc.

Um truque interessante é a mudança que fizeram na pontuação das palavras de Jesus ao “bom ladrão” , para evitar qualquer indício de retribuição imediata post mortem . Na TNM, lemos assim: “Verdadeiramente, eu te digo hoje : estarás comigo no Paraíso” (Lc 23, 43). Trocam, além disso, o termo “cruz” por “madeiro de tormento” (por exemplo, em Filipenses 2, 8).
De maneira contraditória, as testemunhas de Jeová misturam, em sua TNM, o literalismo bíblico (fundamentalismo) com uma manipulação calculada de muitos dos seus textos. Autores de todas as denominações cristãs rejeitaram esta versão.

As pessoas que utilizam a Bíblia das testemunhas de Jeová, em suma, não têm uma tradução mais ou menos discutível do texto sagrado, e sim uma falsificação.

As testemunhas de Jeová publicaram versões interlineares da sua Bíblia, nas quais podemos observar claramente onde estão as deturpações do texto inspirado. Nestas edições, aparecem os textos originais em hebraico e grego, com a tradução literal abaixo, palavra por palavra. Ao lado, está o texto composto pela seita, que contradiz muitas vezes o que as línguas antigas dizem. Não podemos falar de uma tradução nem de uma Bíblia; nem sequer de uma interpretação, mas de uma clara falsificação.

Retomando o documento da Pontifícia Comissão Bíblica de 1993, cabe destacar, aplicando isso às testemunhas de Jeová, à sua TNM e sobretudo à sua forma de ler e interpretar a Escritura, que “a abordagem fundamentalista é perigosa, pois ela é atraente para as pessoas que procuram respostas bíblicas para seus problemas da vida. Ela pode enganá-las, oferecendo-lhes interpretações piedosas mas ilusórias, ao invés de lhes dizer que a Bíblia não contém necessariamente uma resposta imediata a cada um desses problemas . O fundamentalismo convida, sem dizê-lo, a uma forma de suicídio do pensamento”.
Autor: Luis Santamaría del Río

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A prostituta do Apocalipse, a Grande Babilônia, seria a Igreja Católica?

“A Grande Babilônia” (v. 5) é a grande cidade do desterro de Israel, nos tempo do rei Nabucodonosor. Simboliza o poder pagão ea tribulação do Povo de Deus.
Roma?

Quando São João redigiu o Apocalipse, Roma era o poder pagão que oprimia o povo de Deus. Este povo é a Igreja, que já se encontrava presente tanto na cidade de Roma quanto em muitas outras cidades do Império. Roma era uma cidade impressionante por causa de suas riquezas e desregramentos: “A mulher estava vestida de púrpura e escarlate, resplandescente de ouro, pedras preciosas e pérolas; trazia em sua mão uma taça de ouro cheia de abominações e também das impurezas de sua prostituição” (v. 4).
Seguindo esta hipótese, Roma seria a prostituta porque “com ela fornicaram os reis da terra” (v. 2). Estes reis, como Herodes, se prostituíam com ela para obter poder sobre alguma província do Império. Outras referências também se aplicam a Roma: “se assenta sobre grandes águas” (v. 1), alusão ao seu domínio sobre o mar Mediterrâneo, considerado o principal mar do mundo. As sete cabeças da besta são “sete colinas” (v. 9); Roma está assentada sobre sete colinas: Palatino, Capitolino, Quirinal, Viminal, Esquilino, Celio e Aventino.
Jerusalém?
São João não especifica qual é a “Grande Cidade”. Poderia também se referir a Jerusalém, já que enquanto no Ocidente “a cidade das sete colinas” se referia a Roma, na cultura oriental a que pertence São João, Jerusalém era conhecida como “a cidade das sete colinas” (Pirke de-Rabbi Eliezer, Seção 10). Estas colinas são: (1) “Escopus”, (2) “Nob”, (3) “o Monte da Corrupção” ou “o Monte da Ofensa” ou “o Monte da Destruição” (2Reis 23,13), (4) O original “monte Sião”, (5) A colina sudoeste também chamada “Monte Sião”, (6) o “Monte Ofel” e (7) “A Rocha”, onde foi construída a fortaleza “Antonia”. O número sete significa perfeição. Nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse lemos sobre as sete pragas, as sete taças, os sete anjos…
Outras passagens do Apocalipse também se referem a Jerusalém como a Grande Cidade de forma condenatória:
“E seus cadáveres, na praça da Grande Cidade, que simbolicamente se chama Sodoma ou Egito, ali também onde o seu Senhor foi crucificado” – Apocalipse 11,8
A cidade onde “também o seu Senhor foi crucificado” não pode ser outra senão Jerusalém. Também em Jerusalém a perseguição da Igreja ocorria sob a autoridade de Roma. Ali a prostituta cometeu as maiores abominações: a crucificação do Redentor, a destruição do Templo.
São João não especificou qual era a cidade, talvez porque na verdade a mensagem se aplica às duas cidades e pode também se aplicar a outras. O mundo luta contra a Igreja. Esta sofre, mas prevalecerá. Seus mártires e santos são os seus frutos.
A Igreja de Roma ea prostituta ou Grande Babilônia
Os títulos de prostituta e Grande Babilônia, longe de se referirem à Igreja, identificam os inimigos desta. A Igreja está em oposição à prostituta e sofre o martírio em suas mãos. O Apocalipse honra a Igreja por sua fidelidade ao Senhor até derramor o seu sangue nesta luta.
“E vi que a mulher se embriagava com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. E me assombrei profundamente ao vê-la” – Apocalipse 17,6.
Existe um paralelo com a antiga Babilônia, onde os judeus Sadrac, Mesac, Abegnego e Daniel se mantiveram fiéis diante da ameaça do martírio. Agora é a Igreja que sofre em seus mártires.
São João escreve em torno do ano 95 dC, quando Domiciano perseguia ferozmente a Igreja. No Apocalise, ele apresenta a prostituta assassina que luta contra a Igreja fiel que, por sua vez, padece sua perseguição. Trata-se de uma oposição entre o mal (a prostituta) eo bem (a Igreja fiel). A “Grande Babilônia” nos recorda o sofrimento de Israel no Antigo Testamento. Nos encontramos, então, diante de um paralelo entre Israel (vítima do poder da Babilônia) ea Igreja (vítima do poder de Roma).
Porém, há também diferenças. Enquanto Israel, depois da opressão na Babilônia, pode regressar a Jereusalém; a Igreja, com o poder de Jesus Cristo, está destinada a prevalecer sobre Roma (Babilônia) ea partir deste lugar propagará o Evangelho pelo mundo inteiro. A Igreja tem sua sede em Roma, porém é “católica”, universal.
É certo que em Roma (que representa o mundo) não cessou o pecado. Está, todavia, se travando a luta entre a prostituta ea Igreja. É certo também que o pecado do mundo contamina inclusive os membros da Igreja. Não estamos, todavia, na Nova Jerusalém (o céu). Jesus advertiu que o joio cresceria com o trigo e não seria arracado até o fim do mundo.
Na visão bíblica, os fiéis vivem uma aliança de amor com Deus, um matrimônio místico. A infidelidade a Deus é, portanto, um ato de prostituição, de prostituta. O Apocalipse é uma advertência aos cristãos, para que não caiam nessa infidelidade. Desde o princípio há santos na Igreja, porém há também aqueles que passaram para o lado da prostituta, agindo com infidelidade. No meio desta luta, a Igreja continua propagando o Reino de Deus e os que abrem o seu coração recebem a graça. O Apocalipse apresenta os santos e os mártires como testemunhas e frutos da Igreja, que dá vida nova. Em todos os séculos, a Igreja tem dado este fruto de santidade e assim continuará até a segunda vinda do Senhor.
Esta mensagem corresponde ao Evangelho. Os cristãos são chamados à santidade, a ser o sal da terra, a luz do mundo. A Igreja é como o grão de mostarda: pequeno, mas que cresce e é capaz de prevalecer. Assim, a Igreja prevalecerá sobre o Império até atingir os confins da terra.
É indiscutível que quando São João escreveu o Apocalipse, a Igreja já se achava estabelecida em Roma.
1. São Pedro, cabeça visível da Igreja, havia escrito:
“Vos saúda a que está na Babilônia, eleita como vós, assim como meu filho Marcos” – 1Pedro 5,13
Quem está na Babilônia e saúda? A Igreja de Roma. É de se notar também que nesta citação da Bíblia São Pedro chama Marcos de “meu filho”, fazendo referência à paternidade espiritual de Pedro.
2. São Paulo também já tinha escrito a sua Carta aos Romanos.
3. A Igreja de Roma já havia sido coroada com o martírio de São Pedro e São Paulo. Também em Roma já tinham morrido os primeiros sucessores de Pedro (isto é: os papas Lino, 67-76 e Cleto, 76-88).
Por outro lado, o Vaticano, sede da Igreja Católica, não ocupa nenhuma das sete colinas de Roma (v. 9), já que se encontra ao ocidente do rio Tibre, enquanto que a antiga Roma, com suas colinas, encontra-se na parte oriental do rio.
Aqueles que interpretam que a prostituta é a Igreja Católica não possuem o menor fundamento bíblico. Caem na interpretação arbitrária de Lutero (séc. XVI), que justifica o seu rompimento com a Igreja. É interessante observar que o próprio Lutero rejeitava o livro do Apocalipse:
“Segundo o meu parecer [o livro do Apocalipse] não possui nenhem sinal de caráter apostólico ou profético… cada um pode formar seu próprio juízo acerca deste livro; eu pessoalmente sinto antipatia por ele e isso para mim é razão suficiente para rejeitá-lo” – Sammtliche Werke, 63, pp. 169-170
Como vimos que seria absurdo interpretar o Apocalipse para condenar a Igreja de sua época como prostituta, seria igualmente absurdo interpretar uma condenação contra a Igreja nos séculos seguintes, já que se trata da mesma Igreja e da mesma luta. No entanto, o texto continua sendo um valioso ensino para nos animar a manter a fidelidade à Igreja em meio aos ataques que não cessam. É uma advertência muito atual.
Diante dos ataques contra aqueles que se mantêm fiéis à Igreja fundada por Cristo e diante dos abusos de interpretação dos textos bíblicos, é importante notar o que esse mesmo capítulo nos exorta:
“Aqui é necessário ter inteligência, ter sabedoria” – Ap. 17,9


Fonte: http://www.corazones.org . Tradução de Carlos Martins Nabeto.(blog:afeexplicada)

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Papa em homilia: Missa não é evento social, mas presença de Deus


Da Redação, com Rádio Vaticano

A Missa não é um evento social, mas a presença do Senhor. Esse foi o ponto destacado pelo Papa Francisco na Missa celebrada nesta quinta-feira, 3, na Casa Santa Marta. O Santo Padre disse que não se pode transformar a memória da salvação em uma recordação, em um “evento habitual”.

Francisco celebrou a Missa na presença do Conselho de Cardeais que está reunido com ele no Vaticano desde terça-feira, 1º. Ele inspirou-se em um trecho do Livro de Neemias, da Primeira Leitura do dia, para centrar sua homilia na questão da memória.

O Santo Padre observou que o Povo de Deus tinha a memória da Lei, mas era uma memória distante. Naqueles dias, em vez disso, a memória se fez próxima e o povo se emocionou porque tinha tido a experiência da proximidade da salvação.

“E isto é importante não somente nos grandes momentos históricos, mas nos momentos da nossa vida: todos temos a memória da salvação, todos. (…) E quando a memória não está próxima, quando não temos esta experiência de proximidade da memória, esta entra em um processo de transformação, e a memória se transforma uma simples recordação”.

Ao contrário, o Papa destacou que quando esta memória da salvação se faz próxima, ela aquece o coração e dá alegria. Este encontro com a memória é um evento de salvação, segundo disse Francisco, é um encontro com o amor de Deus. E quando Deus se aproxima, disse, sempre há festa.

Porém, o Santo Padre lembrou que, muitas vezes, os cristãos têm medo da festa; a vida acaba levando a afastar-se desta proximidade, mantendo somente uma lembrança da salvação, e não a memória viva.

“É triste, mas a Missa, muitas vezes, se transforma em um evento social e não ficamos próximos à memória da Igreja, que é a presença do Senhor diante de nós. (…) Peçamos ao Senhor a graça de ter sempre a sua memória próxima a nós, uma memória próxima e não domesticada pelo hábito, por tantas coisas, e distante como uma simples recordação”.

FONTE: Canção Nova Notícias