Páginas

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

história da rcc

O nascimento da Renovação Carismática Católica.A Renovação Carismática Católica, ou o Pentecostalismo Católico, como foi inicialmente conhecida, teve origem com um retiro espiritual realizado nos dias 17-19 de fevereiro de 1967, na Universidade de Duquesne (Pittsburgh, Pensylvania, EUA).(13)Em uma carta enviada dois meses após (29 de abril de 1967), a um professor, Monsenhor Iacovantuno, Patti Gallagher, uma das estudantes que participou do retiro, assim relatou o que aconteceu naqueles dias:Tivemos um Fim de Semana de Estudos nos dias 17-19 de fevereiro. Preparamo-nos para este encontro, lemos os Atos dos Apóstolos e um livrinho intitulado "A Cruz e o Punhal" de autoria de David Wilkerson. Eu fiquei particularmente impressionada pelo conhecimento do poder do Espírito Santo e, pelo vigor e a coragem com que os apóstolos foram capazes de espalhar a Boa Nova, após o Pentecostes. Eu supunha, naturalmente, que o Fim de Semana me seria proveitoso, mas devo admitir que nunca poderia supor que viria a transformar a minha vida!Durante os nossos grupos de discussão, um dos líderes colocou em tela o fato de que nós devemos confirmar constantemente os nossos votos de Batismo e de Crisma, assim como devemos ter a alma mais aberta para o Espírito de Deus. Pareceu-me curioso, mas um pouco difícil de acreditar quando me foi dito que os dons carismáticos concedidos aos apóstolos são ainda dados às pessoas nos dias atuais – que ainda existem sinais do poder divino e milagres – e que Deus prometeu emanar o seu Espírito para que se fizesse presença a todos os seus filhos. Decidimos, então, efetuar a renovação dos votos de Batismo e de Crisma como parte do serviço da missa de encerramento, no domingo à noite. Mas, no entanto, o Senhor tinha em mente outras coisas para nós!...No sábado à noite, tínhamos programado uma festinha de aniversário para alguns dos colegas, mas as coisas foram simplesmente acontecendo sem alternativa. Fomos sendo conduzidos para a capela, um de cada vez, e recebendo a graça que é denominada de Batismo no Espírito Santo, no Novo Testamento. Isto aconteceu de maneiras diversas para cada uma das pessoas. Eu fui atingida por uma forte certeza de que Deus é real e que nos ama. Orações que eu nunca tinha tido coragem de proferir em voz alta, saltavam dos meus lábios. (...) Este não era, pois um simples bom fim de semana, mas, na realidade, uma experiência transformadora de vida que ainda está prosseguindo e se desenvolvendo em crescimento e expansão.Os dons do Espírito já são hoje manifestados – e isto eu posso testemunhar, porque tenho ouvido pessoas orando em línguas, outras praticam curas, discernimento de espíritos, falam com sabedoria e fé extraordinárias, profetizam e interpretam.Eu, agora, tenho certeza de que não há nada que tenhamos de suportar sozinhos, nenhuma oração que não seja atendida, nenhuma necessidade que Deus não possa cobrir em sua riqueza! E, no depender dele e louvá-lo com fidelidade, eu sinto uma tremenda sensação de liberdade.Podemos tentar viver como cristãos, morrendo para nós mesmos e para o pecado, mas esta será uma luta desanimadora se não contarmos com o poder do Espírito. Ainda existem tentações e problemas, mas agora tenho a certeza e a confiança em Deus, agora ele me dá segurança. Realmente, transforma-me a viver nele. É verdade que na Crisma, nós recebemos o Espírito Santo e que nós somos seus templos, mas nós não nos abrimos o suficiente para receber em nossas vidas os seus dons e o seu poder. É certo que o Espírito Santo é o nosso professor: eu dele aprendi tanto e em tão pouco tempo!As Escrituras vivem! Amém! Eu estou segura de que jamais poderia ter acumulado por minha própria conta tanto conhecimento, apesar de todo o esforço desenvolvido, e com as melhores intenções que tivesse.(…) Eu me vi, de repente, conversando com as pessoas sobre Cristo, e, vendo desde logo o resultado desse trabalho! Eu jamais teria ousado fazer essas coisas no passado, mas agora, é ao contrário: é impossível deixar de fazê-lo. É como disseram os apóstolos depois de Pentecostes: “Como podemos deixar de falar sobre as coisas que vimos e ouvimos!" (…)(14) .Estas notícias se divulgaram rapidamente, causando um grande impacto no meio religioso universitário. O “Fim de Semana de Duquesne”, como ficou mundialmente conhecido este retiro, tem sido geralmente aceito como o ponto de partida que deu origem à Renovação Carismática Católica, cuja abrangência estender-se-á, num curto período de tempo, por um grande número de países.A experiência inicial vivida nestas universidades, caracterizada por um reavivamento espiritual por meio da oração, da vida nova no Espírito, com a manifestação dos seus dons, tomará corpo, transpondo rapidamente o ambiente onde foi originada.Através das reuniões, seminários e encontros, em breve, aparecerão grupos de oração noutras universidades, paróquias, mosteiros, conventos, etc. Os testemunhos multiplicam-se, vindos dos mais variados grupos de pessoas: operários, ex-presidiários, professores, religiosos das mais diversas ordens.Kevin e Dorothy Ranaghan ainda registram um aspecto pouco divulgado desta história inicial da Renovação Carismática:Nossa suspeita de que essa experiência de renovação, que agora estava espalhada, não era nova para os católicos americanos, foi confirmada, quando ouvimos notícias ou recebemos cartas de pessoas ou grupos de católicos ao redor do país. Da Flórida, Califórnia, Texas, Wisconsin, Massachusetts, tivemos notícias do trabalho calmo do Espírito Santo no decorrer dos anos(15) .Portanto, embora os primeiros momentos da Renovação tenham se dado em torno do retiro de Duquesne e apesar de estarem os americanos igualmente presentes no seu nascimento em diversos outros países, seria falso atribuir a expansão da Renovação Carismática unicamente à sua influência. Como afirma Monique Hébrard, a Renovação Carismática “explodiu quase ao mesmo tempo em todos os cantos da terra e em todas as igrejas cristãs, sem que se saiba muito bem como é que o fogo se ateou”(16) .Para o Cardeal Suenens isto também despertou uma curiosidade, ou seja, “sem nenhum contato entre si, parece que o Espírito Santo suscitou em vários lugares do mundo experiências que, se não são iguais, certamente são semelhantes”(17).

Festa de São Sebastião


Festa de São Sebastião , na comunidade do Alto da Balança,
completa este ano 10 anos de comemorações e contará com a participação de várias comunidades da paróquia.
a festa inicia no dia 17/01 e se estende até o dia 20/01 dia do santo onde ocorrerá procissão e missa além de atrações culturais.

O papa e um ateu

Paolo Flores d’ Arcais, e Joseph Ratzinger (quando ainda era cardeal).


Ratzinger defende que valores como a tolerância, a dignidade humana e o respeito à Razão só podem ser absolutos se admitirmos a existência de Deus. Paolo Flores d’Arcais se complica nessa hora.

...em muitas sociedades primitivas –também eles eram homens!—o canibalismo ritual era considerado um dever ético-religioso... De modo que, se por natureza entendermos o que normalmente se entende, ou seja, todos os que pertencem à espécie Homo sapiens, com certeza não existe nem uma única norma que tenha sido compartilhada sempre por todos os homens.

(...) Se nós estabelecermos a priori que uma parte da humanidade era contra natura e a outra parte –que coincidência, aquela que compartilha nossas normas--, essa era a verdadeira humanidade, é evidente que realizaremos uma operação que todo mundo pode fazer, com seus valores, mas cuja conseqüência é dizer que quem não compartilhou ou compartilha desses valores, não só peca, como também está fora da humanidade: essa é a conseqüência lógica.

(...) Pois bem, e se aqui, presentes [neste teatro], houver pessoas que consideram que –por mais doloroso que seja, e, evidentemente, sem que deva ser utilizado como método contraceptivo qualquer –o aborto não é, porém, um delito? Serão, por isso, pessoas irracionais, anti-humanas?

Ratzinger responde citando uma encíclica de João Paulo 2º.:

“Há coisas sobre as quais uma maioria não pode decidir, porque estão em jogo valores que não estão à disposição de maiorias variáveis; há coisas em que acaba o direito de decidir da maioria, porque se trata do humanismo, do respeito do ser humano como tal”.

Que confusão! Em primeiro lugar, noto certa hipocrisia no argumento de Flores d’Arcais. Para muita gente, o aborto pode trazer dor psicológica, mas em última análise, se for para considerar que estamos retirando do útero apenas um grupo de células indiferenciadas, a rigor se trata de um método anticoncepcional qualquer, e não haveria nada de doloroso, exceto imaginariamente, em sua adoção. Pode ser chocante, e em todo caso não sou mulher, mas essa é a minha atitude, aliás.

Em segundo lugar, é um pouco estranho o veto de João Paulo ao direito de decisão da maioria. A maioria, infelizmente, pode decidir pelo pior; será genocida, assassina e pecadora, mas não há nisso uma conseqüência do “livre arbítrio” que o catolicismo nunca quis negar? Ratzinger prossegue:

Não estou de acordo com o argumento “histórico”, que diz que para todos os valores existe, na história, também uma posição contrária (...) esse fato estatístico demonstra o problema da história humana e da falibilidade humana.

Paolo Flores d’Arcais responde, algumas páginas depois.

Eu compartilho inteiramente da ideia de que a maioria não é suficiente para decidir qualquer coisa (...) Não é coincidência que as democracias modernas estejam fundamentadas em Constituições que estabelecem limites a qualquer maioria para decidir o que quiser.

O mediador do debate, Gad Lerner, intervém:

Por exemplo, se uma maioria quisesse restabelecer a pena de morte na Itália, considera que isso seria lícito?

Flores d’Arcais responde:

Nossa Constituição diz que não; naturalmente, seria necessário primeiro mudar a Constituição, os mecanismos de reforma da Constituição e depois... no estado atual, a norma fundamental de nossa convivência...

O debate continua, mas não deixa de ser curioso ver um ateu se segurando, mal e mal, no texto sagrado da Constituição italiana.
Escrito por Marcelo Coelho às 01h36 ( blog uol)

obs: as opiniões explicitas neste texto não nescessáriamente são compartilhadas por este autor.

Feliz Ano novo

Venho desejar um feliz ano novo para todos .