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quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Papa pede aos bispos que acolham com generosidade os novos carísmas do Espirito
Rádio Vaticano
Os bispos de recente nomeação se encontraram com o Papa Bento XVI no pátio do Palácio Apostólico de Castel Gandolfo
O Papa Bento XVI se encontrou nesta quinta-feira, 15, com os bispos de recente nomeação e enfatizou que eles devem estar atentos para acolher os carismas que o Espírito suscita para a edificação da Igreja.
“Os bispos têm a tarefa de estarem atentos e trabalhar a fim que os batizados possam crescer na graça e segundo os carismas que o Espirito Santo suscita nos seus corações e nas suas comunidades”, afirmou.
O Santo Padre salientou que o Concílio Vaticano II recordou que o Espírito Santo, enquanto unifica na comunhão e no ministério da Igreja, provê e dirige com os diversos dons hierárquicos e carismáticos e a embeleza com seus frutos.
.: NA ÍNTEGRA: Discurso de Bento XVI aos bispos de recente nomeação
“A recente Jornada Mundial da Juventude demonstrou mais uma vez, a fecundidade e a riqueza dos carismas na Igreja e a unidade eclesial de todos os fiéis reunidos ao redor do Papa e dos bispos. Uma vitalidade que reforça a obra de evangelização e a presença da Igreja no mundo. E vejamos, podemos quase tocar o Espírito Santo que também hoje é presente na Igreja, o qual cria carismas e cria unidade”, destacou.
Todos filhos de Deus
Segundo Bento XVI, o dom fundamental ao qual sois os bispos são chamados a alimentar os fiéis é antes de tudo, aquele da filiação divina, que é a participação de cada um na comunhão trinitária. Para o Papa, o essencial é que tornar realmente todos filhos e filhas de Deus.
“O batismo, que constitui os homens "filhos no Filho" e membros da Igreja, é a raiz e a fonte de todos os outros dons carismáticos. Com o vosso ministério de santificação vós educais os fiéis a participar sempre mais intensamente do ofício sacerdotal, profético e real de Cristo, ajudando-os a edificar a Igreja, segundo os dons recebidos de Deus, em modo ativo e corresponsável”, destacou.
É preciso ter sempre a consciência que os dons do Espírito, extraordinários ou simples e humildes que sejam, são sempre dados gratuitamente para a edificação de todos, disse o Papa salientando que o bispo, enquanto sinal visível da unidade da sua Igreja particular, tem a missão de unificar e harmonizar a diversidade carismática na unidade da Igreja.
Santificação da Igreja
“Acolhais, portanto, os carismas com gratidão para a santificação da Igreja e a vitalidade do apostolado! E este acolhimento e gratidão em relação ao Espirito Santo, que opera também hoje entre nós, são inseparáveis do discernimento, que é exatamente a missão do bispo, como orientou o Concílio Vaticano II, que confiou ao ministério pastoral, o juízo sobre a genuinidade dos carismas e sobre seus serviços ordinários, sem extinguir o Espirito Santo, mas examinando e julgando aquilo que é bom”, enfatizou.
Para o Santo Padre, algo de extrema importância é de uma parte não extinguir, mas por outro lado, distinguir, ordenar e julgar examinando cada caso. Por isto, deve estar sempre claro que nenhum carisma dispensa a referência e a submissão aos Pastores da Igreja.
“Acolhendo, julgando e ordenando os diversos dons e carismas, o bispo presta um grande e precioso serviço ao sacerdócio dos fiéis e à vitalidade da Igreja, que resplenderá como esposa do Senhor, revestida da santidade dos seus filhos”, afirmou.
Para fazer tal acolhimento dos carismas suscitados pelo Espírito Santo, o bispos deve nutrir sua própria vida espiritual. Na intimidade com Deus, salientou o Papa, os bispos encontrarão conforto e sustento para o ministério a eles confiado.
“Com a santidade da vossa vida e a caridade pastoral sereis exemplo e ajuda aos sacerdotes, vossos primeiros indispensáveis colaboradores. Será vossa principal atenção crescer na corresponsabilidade como sábios guias dos fiéis, que convosco são chamados a edificar a comunidade, com os seus dons, os seus carismas, com o testemunho da vida deles, para que na comunhão da Igreja dê testemunho em Jesus Cristo, a fim que o mundo creia. E esta proximidade aos sacerdotes, hoje, com tantos problemas, é de gramadíssima importância”, reforçou o Pontífice.
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