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terça-feira, 6 de dezembro de 2011
“Células-tronco adultas são o futuro” não as “embrionárias” afirma cientista.
Durante um recente Congresso sobre células-tronco adultas, realizado no Vaticano, Edward Pentin, do informativo católico norte-americano “National Catholic Register”, entrevistou Peter Hollands, renomado cientista clínico e pesquisador da Universidade de Westminster, em Londres. O Congresso foi promovido pelo Pontifício Conselho para a Cultura juntamente com uma empresa de pesquisa nesse ramo, a NeoStem Inc.
Na entrevista, publicada recentemente, o Professor Hollands tratou amplamente dos resultados de investigação e terapias com células-tronco adultas, e desestimulou os resultados de investigações com células-tronco embrionárias, as quais dão obtidas normalmente com a destruição de embriões humanos.
Com sua experiência de mais de 29 anos de pesquisas e estudos nessa matéria, o Professor Holland discorreu sobre quais são suas experiências mais recentes: “Minha prioridade agora são as células-tronco do sangue do cordão umbilical. Estas são as células-tronco que podem ser conseguidas cada vez em que nasce um bebê. Elas são muito fáceis de serem obtidas e têm um potencial enorme”, afirmou.
“Estes tipos de células foram trasplantadas mais de 20.000 vezes até agora, para [tratamento de] enfermidades do sangue, e também estão sendo utilizadas em processos de medicina regenerativa. Elas podem formar os diferentes tecidos do corpo, e, ouvimos na conferência [que aconteceu em Roma] coisas assombrosas -pessoas que produzem novas células de bexigas e novas células sanguíneas, e tudo está baseado em células-tronco adultas – daí que este é realmente o caminho pelo qual devemos nos mover”, afirmou o Professor Holland.
Quando nasce um menino, o pesquisador que queira obter células-tronco adultas coloca uma pequena agulha no cordão umbilical pelo qual o sangue flui. “Esse sangue contém células-tronco, o próprio cordão umbilical contém células-tronco, assim como a placenta. Então, para que estamos olhando para as embrionárias? Simplesmente não há necessidade disso”, disse.
Fazendo alusão ao pequeníssimo avanço nas pesquisas com células-tronco embrionárias, o Professor Holland comparou com as excelentes perspectivas que oferece a pesquisa com células-tronco adultas: “Se nos atemos nesta conferência, os avanços são enormes. Se você olha [para a pesquisa com] células-tronco embrionárias, existe, creio, um ensaio clínico em marcha agora mesmo – e isso é tudo. Portanto, isso é auto-explicativo”, afirmou.
Sobre o porquê da insistência do uso de células-tronco embrionárias em pesquisas neste campo, o Professor Holland formulou uma ilustrativa metáfora, que analisa essa tal insistência a partir da perspectiva científica.
“Poderíamos cultivar batatas na lua, poderíamos enviar água para lá, o solo e as sementes. Poderíamos realizar os acondicionamentos necessários, cultivar batatas, e a coisa funcionaria. Porém, por que fazer isso quando temos algo que é muito mais fácil, e você está habilitado para cultivá-la no campo? Essa é a diferença entre [células-tronco] adultas e embrionárias: a tecnologia já está aí. A [utilização] de células-tronco embrionárias é, na realidade, muito difícil de ser feita. Existem grandes preocupações sobre a formação de tumores no transplante”.
Todas essas considerações levam o Professor Holland a dizer: “Como cientista de células-tronco, afirmo que as células-tronco adultas são o futuro”.
Nesse sentido, o Professor Holland conclui que, conhecendo as múltiplas objeções morais que a Igreja tem para com a destruição de embriões humanos na investigação com células-tronco embrionárias, a Igreja tem um papel muito importante no apoio à investigação como células-tronco adultas.
Fonte: Blog do Carmadelio
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