Os livros deuterocanônicos são: Tobias, Judite, 1Macabeus, 2Macabeus, Eclesiástico, Sabedoria, Baruc, alem de trechos de Ester e Daniel. Foram escritos entre os anos 200 a.c e 100 a.c. A versão Bíblica utilizada pelos Católicos é a Septuaginta assim conhecida por ter sido traduzida do hebraico para o grego por setenta e dois sábios e anciãos judeus na cidade de Alexandria para uma comunidade de judeus que lá viviam e não mais dominavam a língua hebraica. Na época da tradução os livros que compõe o Antigo Testamento ainda não estavam definidos e foram acoplados a eles o sete livros que hoje são rejeitados pela maioria dos protestantes.
Esta tradução do Antigo Testamento logo passou a ser utilizada entre a maioria dos judeus, inclusive os Apóstolos de Cristo que a utilizavam nas suas pregações. Porém no ano 100 d.c judeus da palestina não Cristãos se reuniram na cidade de Jâmnia para redefinir os livros Bíblicos e acabaram excluindo os sete livros deuterocanônicos, assim como também foi excluído qualquer livro que falasse em Jesus, mostrando a falta de inspiração do Sínodo. Sínodo esse que se apóiam os protestantes. O principal motivo desses livros terem sido excluídos foi a rivalidade que os judeus tinhas contra os Cristãos.
Os judeus utilizaram alguns critérios para excluir os livros, porém nenhum desses critérios tem estrutura solida. Um deles é de que Deus só poderia inspirar em Israel, mas isso não faz sentido já que toda lei de Moises foi inspirada no deserto do Sinai ao caminho para o Egito. Outro argumento utilizado é que Deus só poderia inspirar em hebraico. Na realidade Deus disse que só poderia se revelar aos israelitas mas entre eles haviam muitos que falavam outras línguas como o profeta Daniel, por tanto Deus não se revelou apenas em hebraico.
Os primeiros Padres da Igreja citavam vários trechos dos livros deuterocanônicos, e no Concilio de Roma no ano de 382 d. c foi definido o Cânon oficial fazendo parte dele os livros que hoje são tidos como apócrifos por alguns protestantes. O Cânon foi confirmado no Concilio de Hipona em 393 e de Cartago em 397. O engraçado é que estes mesmos Concílios também definiram alguns livros do Novo Tstamento, livros estes aceitos pelos protestantes e Concílios estes também muito citados por eles para confirmar a Canonicidade do Novo Testamento.
Durante a reforma protestante Lutero retirou estes livros por confirmarem doutrinas Católicas, assim como haviam feito os judeus. Os livros deuterocanônicos do Novo Testamento também foram retirados por ele, e depois recolocados por outros protestantes.
As catacumbas de Roma, que eram os locais onde os primeiros Cristãos se reuniam para celebrar seu Culto longe das perseguições do império, também estão cheias de desenhos que retratam cenas dos livros deuterocanonicos. O testemunho dos primeiros Cristão são outra prova das verdades inspiradas nestes livros. Algumas denominações protestantes hoje em dia aceitam todos os livros da Bíblia, assim como foi definida em Concílio durante os séculos, que são os: Luteranos, Presbiterianos e Anglicanos.
É importante ressaltar que alguns critérios foram tomados pelos Católicos na hora de determinar os Livros Sagrados, como: Apostolicidade; que não significa que toda obra dos Apóstolos é inspirada, mas sim as que foram escritos nos momentos de inspiração de um Apóstolo. Foram escolhidos os livros de leitura pública e que eram lidos nas principais Igrejas. Além da Ortodoxia que deve existir em cada Livro Sagrado, sem que nenhum contradiga outro livro da Bíblia.
Fonte de estudo: estudo bíblico apostolado sã doutrina, segunda aula.
Do Blog: PALAVRA DE GUADALUPE
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