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terça-feira, 6 de novembro de 2012

Os Apóstolos escolhidos por Nosso Senhor.


SÃO PEDRO. Simão Pedro pregou evangelho de Cristo em todo o território palestino, tendo feito também muitas viagens à Ásia Menor e à Itália. Sua primeira viajem a Roma foi no ano de 42, quando a partir de então foi reconhecido pelas comunidades cristãs na Itália, como o primeiro Chefe da Igreja Católica. Voltou à Jerusalém, à Grécia e à Turquia, por diversas vezes. Morreu crucificado de cabeça para baixo na colina do Vaticano em Roma, no dia 29 de junho do ano 67. Foi um extraordinário Apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se empenhou incansavelmente por longas e difíceis jornadas, para converter e evangelizar o povo. Deixou-nos além de seu exemplo extraordinário, duas Epístolas dirigidas às Comunidades cristãs da Ásia e da Capadócia.
SÃO PAULO ou Paulo de Tarso foi outro grande apóstolo, muito embora não tenha pertencido ao grupo dos doze primeiros chamados por Nosso Senhor Jesus Cristo. A sua conversão magnífica se deu por um milagre, pois o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo lhe apareceu e lhe perguntou: “Paulo, por que me persegues?”. Daí por diante, São Paulo tornou-se um ardoroso seguidor de Nosso Senhor. Escreveu 14 Epístolas que são a expressão mais pura e fiel, de seu amor dedicado a Deus e sua constante vigilância e preocupação em manter coesos os núcleos cristãos que dava assistência e que tinha fundado, em companhia de diversos religiosos que o ajudavam no apostolado. Paulo nasceu em Tarso, entre os anos 5 e 10 de nossa era, na capital da Cilícia, grande e populosa cidade do Império Romano no Oriente, e que se caracterizava por um centro de intelectuais. Mas foi criado e educado em Jerusalém, na Palestina. Pertenceu à famosa escola de Gamaliel, um dos doutores da lei de maior reputação e prestígio naquela época. Já homem adulto, levado pelo seu excessivo zelo farisaico de impor a Lei de Moisés, perseguiu impiedosamente os cristãos. Mas perto de Damasco, montado em seu cavalo, teve uma aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo; com esta visão Paulo de converte ao cristianismo. Foi instruído por Ananias nas verdades do cristianismo e depois batizado. A seguir isolou-se espontaneamente em um lugar deserto, onde sozinho fez penitencias, jejuou e rezou muito, arrependendo-se verdadeiramente de seus pecados.
São Paulo, viajou e pregou continuamente em Chipre, Pafos, Antioquia, Icónio, Listra, derbe, Cilícia, Tessalônica, Atenas, Macedônia, Corinto; em muitas outras cidades da Grécia e da Síria.
Morreu decapitado em Roma e segundo a tradição, no mesmo dia 29 de junho, na mesma data em que São Pedro foi crucificado, muito embora tenha ocorrido um ano antes.
SÃO JOÃO, o evangelista, conhecido também como o “discípulo amado”, permaneceu junto de Maria Santíssima até os seus últimos momentos na Terra. Depois do Primeiro Concilio Ecumênico realizado em Jerusalém no ano de 51 de nossa era, sob a direção do apóstolo e primeiro Papa São Pedro, partiu para evangelizar a Ásia Menor. É assim que levou com invulgar dedicação a palavra de Deus, para a conversão dos povos do território soviético, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Morreu Bispo de Éfeso, na Turquia, pelo ano de 105 de nossa era. Em homenagem ao grande Apóstolo de Jesus, lá existe uma magnífica Basílica com o seu nome. Há uma tradição segundo a qual São João Evangelista começou suas pregações antes da realização do Concílio de Jerusalém, tendo sido acompanhado por Nossa Senhora durante a evangelização da Ásia Menor, e que com 72 anos de idade a Virgem Mãe despediu-se da Terra, sendo sepultada em Éfeso, onde existe um túmulo vazio com inscrições, e estando suas vestes mortuárias e o caixão, guardados numa Basílica Mariana de Constantinopla, hoje cidade de Istambul, na Turquia.
Contudo, todos os estudos e pesquisas realizados, leva-nos à afirmar que Maria Santíssima não saiu da Palestina depois da morte de Jesus, e que terminou os seus dias entre nós na cidade de Jerusalém. Como São João amava Nossa Senhora, provavelmente deve ter dito muitas coisas sobre Nossa Senhora na Ásia e deve ter levado para lá algumas relíquias da Santa Mãe de Deus.
São João escreveu o quarto evangelho, fazendo-o de maneira notável. Escreveu também três epístolas às Comunidades cristãs da Ásia Menor e o Apocalipse.
SÃO TIAGO MENOR era filho de Cleófas com a outra Maria. Atuou decididamente em todo o território palestino, convertendo multidões de pagãos e levando os ensinamentos de Jesus a todas as cidades, aldeias e povoados do território judeu.
É tradição que José de Arimatéia o acompanhou em diversas viagens, oportunidade em que mostrava aos fiéis o Santo Sudário de Cristo, que havia recebido das mãos de São Pedro.
Posteriormente, São Tiago Menor fixou residência em Jerusalém, onde foi eleito Bispo. Foi o segundo Bispo de Jerusalém e como tal, permaneceu até morrer martirizado, por instigação do Sumo-Sacerdote Anãs II. Foi lançado de uma galeria do Templo Judeu de Jerusalém e espancado até a morte, no ano de 62 de nossa era.
O “Irmão do Senhor”, como ele é conhecido, era destemido e voluntarioso. Por dezenas de vezes entrou no Templo e fez pregações incisivas e corajosas, mostrando a todos a correta doutrina Divina e com veemência estimulava o povo a seguir Jesus. Os Sacerdotes sentindo-se superados pelos seus argumentos, apelaram inicialmente para as intrigas e depois para tramas diabólicas, que culminaram com o seu martírio dentro do próprio Templo.

São Tiago Menor escreveu uma Espístola, provavelmente um pouco antes de morrer, onde entra em polêmica com alguns cristãos, que deformavam o ensinamento de São Paulo.
SÃO FELIPE era de Betsaida, a mesma cidade de São Pedro e Santo André. Pregou o evangelho na Frigia.
SÃO TOMÉ levou a palavra de Deus aos Partos e Indianos; SÃO BARTOLOMEU, também conhecido pelo nome de Natanael, pregou na Índia e depois foi para a Armênia; SANTO ANDRÉ, irmão de São Pedro, pregou a Doutrina Cristã na Cíntia e no Egito; SÃO SIMÃO Zelote e SÃO MATIAS levaram o Evangelho de Nosso Senhor para a Pérsia e para a África.
SÃO TIAGO MAIOR era filho de Zebedeu e Maria Salomé, prima de Jesus. Pregou o Evangelho na Palestina e foi martirizado por Herodes Antipas no ano 44.
SÃO LUCAS, que tinha o nome de Lucano, também não pertenceu aos doze primeiros chamados por Nosso Senhor Jesus Cristo. Nasceu na Grécia e seus pais, Enéias e Íris, eram escravos do Senador romano Prisco, que comandava a guarnição militar da Síria. Com a morte do oficial romano, seus pais passaram a servir Diodoro Cirino e sua familia, filho e herdeiro natural de Prisco. Com um pouco mais de 10 anos, recebeu em Antioquia, na Síria, os primeiros ensinamentos de um professor grego que administrava aulas para a filha de Diodoro. Evoluiu rapidamente e mostrou grande desembaraço nos estudos, granjeando a amizade de Keptah, que era o médico escravo da família, desenvolvendo a partir desta época sua tendência pelas Ciências Médicas.
Aos 17 anos foi para Alexandria, onde foi cursar Medicina, num famoso Colégio Médico, que possuía vastas e excelentes instalações com uma imensa biblioteca.
Depois de 4 anos de árduo estudo, concluiu o curso. Viajou para Roma, onde passou a residir em companhia de seus pais e especializou-se durante um ano. A partir de então passou a exercer seus trabalhos profissionais. Freqüentou as primeiras Comunidades Cristãs na Itália e na Palestina, sagrando-se Apóstolo pelas mãos de São Pedro.
Escreveu o 3° Evangelho e os Atos dos Apóstolos, onde, neste último, descreve muito das atividades dos Discípulos de Jesus e principalmente, uma pormenorizada narrativa da labuta de São Paulo.
Uma leitura minuciosa e observadora do seu 3° Evangelho e mais precisamente dos Capítulos 1° e 2°, leva-nos a concluir que São Lucas deve ter recebido aquelas informações diretamente de Maria Santíssima, que era a única com vida, que conhecia todos aqueles fatos, por ter sido ELA uma personagem integrante dos acontecimentos descritos, ou recebeu-os de alguém que tinha convivido muito próximo da Mãe de Deus, como o Apóstolo São João Evangelista.
SÃO JUDAS TADEU era também filho de Cleófas com a outra Maria e portanto primo de Nosso Senhor. Durante muitos séculos seu nome ficou esquecimento, por causa da semelhança de seu nome com o de Judas Iscariotes, o traidor. São Judas Tadeu é chamado de Lebeu, que significa bondoso ou corajoso. Ele levou o evangelho de Deus por toda a Mesopotânia e no interior do Ponto, assim como em Edessa. Chegou até a cidade de Nerito ou Berito na Armênia, onde foi preso por causa de suas veementes pregações contra diversas divindades daquele mundo pagão e onde também foi crucificado, sendo o seu corpo transpassado de flexas.
Escreveu uma Epístola endereçada aos cristãos de um modo geral, visando alerta-los e prevení-los contra os reais perigos das heresias que assolavam o cristianismo, trazendo dúvidas e confusões a corações não precavidos. Esta epístola foi escrita em Jerusalém ou na Alexandria, antes da grande guerra do ano 70, provavelmente no ano 66 ou 67 de nossa era.
Não foi fácil para os apóstolos converterem milhares e milhares de pessoas, que intimamente, por efeito do ambiente em que viviam e por tradição, já possuíam uma natural inclinação para tornar um deus, a tudo o que começavam a admirar. Inclusive os próprios Apóstolos, em muitas ocasiões, foram motivos de exageradas venerações por parte do povo, a partir do momento em que faziam milagres em nome de Deus, restituindo a saúde a uns e curando os defeitos físicos de outros. Isto obrigou-os a fazerem decididas reações, no sentido de acabar com aquele costume, fazendo-os compreender a quem deviam adorar e a dirigir todo o seu amor.
Fonte: Pelos Caminhos do Amor – Jusan F. Novaes – 1ª edição – 1983

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