Muito se fala sobre os cristãos no nosso mundo tão envolto em violencia e morte, mas é muito interessante ver as diferenças que existem nos ramos cristãos primitivos que embora tenham difereças preservam a mesma essência.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre
A Igreja Assíria do Oriente é uma denominação cristã oriental que afirma ter sido fundada por São Tomé. Algumas vezes é chamada de Antiga Igreja do Oriente ou ainda de Igreja Ortodoxa Assíria, mas não deve ser confundida com a Igreja Ortodoxa Síria. Na Índia, é conhecida como Igreja Sírio-Caldeia do Oriente. Teologicamente, é associada à doutrina do nestorianismo, o que fez com que ficasse conhecida como "Igreja Nestoriana" (principalmente pelos seus inimigos), embora sua liderança tenha por vezes rejeitado expressamente tal rótulo. O seu rito litúrgico é o siríaco oriental.
A Igreja Assíria do Oriente não está em comunhão nem com a Igreja Ortodoxa, nem com a Igreja Católica e nem com as Igrejas não-calcedonianas, porque ela só aceita os ensinamentos dos 2 primeiros concílios ecumênicos (ver Niceia I e Constantinopla I). Seu atual Patriarca e líder máximo (chamado Patriarca Catholicós da Babilônia) é Mar Khanania Dinkha IV.
Doutrinas distintivasA Igreja Assíria do Oriente tem a crença cristã de que em Jesus Cristo há duas essências (Qnome) distintas, uma humana e outra divina, em uma só pessoa (Parsopa). A crença dita nestoriana, de que em Cristo haveria duas pessoas, completas de tal forma que constituem dois entes independentes vivendo no mesmo corpo, ao contrário do que se pensa, não é a professada por esta igreja, e na verdade nem corresponde exatamente à realidade (só se conhece o nestorianismo na versão dos inimigos dessa visão teológica, como os monofisitas e ortodoxos). Esta doutrina cristológica surgiu em Antioquia, no século V, e foi proposta por Nestório, monge oriundo de Alexandria, que assumiu o bispado de Constantinopla.
História
Os fundadores da teologia da Igreja do Oriente foram Diodoro de Tarso e Teodoro de Mopsuéstia, que ensinaram entre o quarto e quinto séculos d.C. em Antioquia. A cristologia da Igreja foi fixada por Mar Babbai, o Grande(551-628): seu trabalho cristológico principal foi a doutrina da União, que afirma que os dois qnome (essências) não são misturados, mas eternamente unidos em 'um única parsopa' (pessoa) de Jesus Cristo. Assim, Babbai ensinou uma doutrina diferente da de Nestório, que foi acusado de dualismo.
Devido à sua doutrina cristológica, os nestorianos opuseram-se aos partidários de Cirilo de Alexandria, que defendia a tese da unidade entre a pessoa humana e divina de Cristo. Esta disputa cristológica foi de tal forma violenta e grave que os dois lados opostos foram chamados ao Concílio de Éfeso, no ano de 431. A disputa centrou-se fundamentalmente em torno do título com o qual se devia referir a Maria, se somente cristotokos (mãe de Cristo, a dizer, de Jesus humano e mortal), como defendiam os nestorianos, ou de theotokos (mãe de Deus, ou seja, também do Logos divino), como defendiam os partidários de Cirilo. Resolveu-se adotar como verdade de fé a doutrina proposta por Cirilo, concedendo a Maria o título de Mãe de Deus, e os nestorianos foram considerados hereges.
Logo, a comunidade nestoriana, organizada em torno da Igreja do Oriente, foi desterrada do Império Romano, encontrando refúgio no Império Sassânida. Todavia, em algumas regiões isoladas do Oriente Próximo é ainda possível encontrar nestorianos. Os nestorianos se propagaram pela Ásia Central, chegando até a China, e durante algum tempo influenciaram os mongóis, até a conversão destes ao lamaísmo, quando abandonaram o nestorianismo.
A Igreja do Oriente teve um papel fundamental na conservação de antigos textos gregos que foram traduzidos para o siríaco (um ramo do arameu). Mais tarde foram traduzidos para o árabe e no século XIII para o latim. A Igreja do Oriente é bem conhecida dos historiadores, e foi chamada pelo Papa João Paulo II, "igreja dos mártires", como nenhuma igreja inclui um número igual de mártires.
Igreja Católica Caldeia
Ao longo dos séculos XVI e XVII, vários grupos de clérigos e leigos assírios orientais abandonaram a Igreja do Oriente, para entrarem em comunhão com a Igreja Católica. Estes grupos formaram a Igreja Católica Caldeia, que é uma Igreja oriental sui juris em comunhão com a Santa Sé e supervisionada pelo Papa, o Chefe da Igreja Católica.
Atualidade
Atualmente, subsiste ainda a Igreja Assíria do Oriente na Índia, no Iraque, no Irã, na China, nos Estados Unidos da América e em outros lugares onde haja migrado comunidades nestorianas dos países citados. Estima-se que a Igreja Assíria conta apenas com cerca de 1 milhão de fiéis. Em virtude da perseguição religiosa, a sede principal da Igreja Assíria se encontra hoje em Chicago (EUA) ao invés da Assíria (norte do Iraque e parte do Irã). Alguns fiéis, entretanto, permanecem ainda no Oriente Médio, na Índia e na China. O curioso é que, mesmo dentro deste pequeno grupo cristão, há um Patriarca rival na Califórnia.
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A Igreja Assíria do Oriente é uma denominação cristã oriental que afirma ter sido fundada por São Tomé. Algumas vezes é chamada de Antiga Igreja do Oriente ou ainda de Igreja Ortodoxa Assíria, mas não deve ser confundida com a Igreja Ortodoxa Síria. Na Índia, é conhecida como Igreja Sírio-Caldeia do Oriente. Teologicamente, é associada à doutrina do nestorianismo, o que fez com que ficasse conhecida como "Igreja Nestoriana" (principalmente pelos seus inimigos), embora sua liderança tenha por vezes rejeitado expressamente tal rótulo. O seu rito litúrgico é o siríaco oriental.
A Igreja Assíria do Oriente não está em comunhão nem com a Igreja Ortodoxa, nem com a Igreja Católica e nem com as Igrejas não-calcedonianas, porque ela só aceita os ensinamentos dos 2 primeiros concílios ecumênicos (ver Niceia I e Constantinopla I). Seu atual Patriarca e líder máximo (chamado Patriarca Catholicós da Babilônia) é Mar Khanania Dinkha IV.
Doutrinas distintivasA Igreja Assíria do Oriente tem a crença cristã de que em Jesus Cristo há duas essências (Qnome) distintas, uma humana e outra divina, em uma só pessoa (Parsopa). A crença dita nestoriana, de que em Cristo haveria duas pessoas, completas de tal forma que constituem dois entes independentes vivendo no mesmo corpo, ao contrário do que se pensa, não é a professada por esta igreja, e na verdade nem corresponde exatamente à realidade (só se conhece o nestorianismo na versão dos inimigos dessa visão teológica, como os monofisitas e ortodoxos). Esta doutrina cristológica surgiu em Antioquia, no século V, e foi proposta por Nestório, monge oriundo de Alexandria, que assumiu o bispado de Constantinopla.
História
Os fundadores da teologia da Igreja do Oriente foram Diodoro de Tarso e Teodoro de Mopsuéstia, que ensinaram entre o quarto e quinto séculos d.C. em Antioquia. A cristologia da Igreja foi fixada por Mar Babbai, o Grande(551-628): seu trabalho cristológico principal foi a doutrina da União, que afirma que os dois qnome (essências) não são misturados, mas eternamente unidos em 'um única parsopa' (pessoa) de Jesus Cristo. Assim, Babbai ensinou uma doutrina diferente da de Nestório, que foi acusado de dualismo.
Devido à sua doutrina cristológica, os nestorianos opuseram-se aos partidários de Cirilo de Alexandria, que defendia a tese da unidade entre a pessoa humana e divina de Cristo. Esta disputa cristológica foi de tal forma violenta e grave que os dois lados opostos foram chamados ao Concílio de Éfeso, no ano de 431. A disputa centrou-se fundamentalmente em torno do título com o qual se devia referir a Maria, se somente cristotokos (mãe de Cristo, a dizer, de Jesus humano e mortal), como defendiam os nestorianos, ou de theotokos (mãe de Deus, ou seja, também do Logos divino), como defendiam os partidários de Cirilo. Resolveu-se adotar como verdade de fé a doutrina proposta por Cirilo, concedendo a Maria o título de Mãe de Deus, e os nestorianos foram considerados hereges.
Logo, a comunidade nestoriana, organizada em torno da Igreja do Oriente, foi desterrada do Império Romano, encontrando refúgio no Império Sassânida. Todavia, em algumas regiões isoladas do Oriente Próximo é ainda possível encontrar nestorianos. Os nestorianos se propagaram pela Ásia Central, chegando até a China, e durante algum tempo influenciaram os mongóis, até a conversão destes ao lamaísmo, quando abandonaram o nestorianismo.
A Igreja do Oriente teve um papel fundamental na conservação de antigos textos gregos que foram traduzidos para o siríaco (um ramo do arameu). Mais tarde foram traduzidos para o árabe e no século XIII para o latim. A Igreja do Oriente é bem conhecida dos historiadores, e foi chamada pelo Papa João Paulo II, "igreja dos mártires", como nenhuma igreja inclui um número igual de mártires.
Igreja Católica Caldeia
Ao longo dos séculos XVI e XVII, vários grupos de clérigos e leigos assírios orientais abandonaram a Igreja do Oriente, para entrarem em comunhão com a Igreja Católica. Estes grupos formaram a Igreja Católica Caldeia, que é uma Igreja oriental sui juris em comunhão com a Santa Sé e supervisionada pelo Papa, o Chefe da Igreja Católica.
Atualidade
Atualmente, subsiste ainda a Igreja Assíria do Oriente na Índia, no Iraque, no Irã, na China, nos Estados Unidos da América e em outros lugares onde haja migrado comunidades nestorianas dos países citados. Estima-se que a Igreja Assíria conta apenas com cerca de 1 milhão de fiéis. Em virtude da perseguição religiosa, a sede principal da Igreja Assíria se encontra hoje em Chicago (EUA) ao invés da Assíria (norte do Iraque e parte do Irã). Alguns fiéis, entretanto, permanecem ainda no Oriente Médio, na Índia e na China. O curioso é que, mesmo dentro deste pequeno grupo cristão, há um Patriarca rival na Califórnia.
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