Os futuros santos João XXIII (1881-1963) e João Paulo II (1920-2005) vão tornar-se nos primeiros Papas da Igreja Católica a serem canonizados em 60 anos.
O último Papa a ser proclamado santo foi Pio X (1835-1914), canonizado em 1954, que se juntou a outros 77  bispos de Roma nessa condição.
São Pedro foi o primeiro Papa e os seus 34 sucessores, até Júlio I (pontífice entre 337-352), foram canonizados.
53 dos primeiros 64 Papas foram canonizados, um período que se concluiu com Gregório Magno, cujo pontificado decorreu entre 590 e 604.
Além de João XXIII e João Paulo II, que vão ser canonizados por Francisco no próximo domingo, outros nove Papas foram beatificados.
Nos primeiros séculos do cristianismo, o reconhecimento da santidade acontecia em âmbito local, a partir da fama popular do santo e com a aprovação dos bispos.
Ao longo do tempo e sobretudo no Ocidente, começou a ser solicitada a intervenção do Papa a fim de conferir um maior grau de autoridade às canonizações: a primeira intervenção papal deste tipo foi de João XV em 993, que declarou santo o bispo Udalrico de Augusta, que tinha morrido vinte anos antes.
As canonizações tornaram-se exclusividade papal por decisão de Gregório IX em 1234 e no decorrer do século XVI começou a distinguir-se entre “beatificação”, isto é, o reconhecimento da santidade de uma pessoa com culto em âmbito local, e “canonização”, o reconhecimento da santidade com a prática do culto universal, para toda a Igreja Católica.
Também a beatificação se tornou uma prerrogativa da Santa Sé e o primeiro ato deste tipo refere-se à beatificação de Francisco de Sales, pelo Papa Alexandre VII em 1662.
Hoje em dia todas estas normas encontram-se na constituição apostólica «Divinus perfectionis Magister» (25 de janeiro de 1983) de João Paulo II e nas normas traçadas pela Congregação para as Causas dos Santos.
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