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terça-feira, 14 de junho de 2011

Pentecostes – O Espírito Santo da unidade

Aqueles que experimentaram verdadeiramente a efusão do Espírito Santo buscam viver a unidade.

Um dos efeitos do Pentecostes é a unanimidade de coração. No centro/cerne de “unanimidade” está a palavra “animo” que é derivada de “alma”; “espírito”, ou seja, pode até não ser literalmente o sinônimo, mas podemos dizer que corresponde à – unidade de alma.

O batismo no Espírito Santo vem nos aproximar.

“Chegando o dia de Pentecostes estavam todos reunidos no mesmo lugar. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2, 1.3-4).

Contudo, isso foi a consequencia de uma motivação anterior “Todos eles perseveravam unanimemente na oração, juntamente com as mulheres, entre elas Maria, mãe de Jesus, e os irmãos dele” (At 1, 14).

Não só um local em que estavam juntos, mas uma unidade de intenções. Naquele ambiente reinava o amor de uns pelos outros, o perdão, os motivos da oração, a preocupação entre eles. Tanto que mais tarde irão dizer a respeito da comunidade cristã “vede como se amam”; “todos os que abraçavam a fé viviam unidos” (At 2, 44); “a multidão dos fiéis era um só coração e uma só alma” (At 4, 32).

O ser humano por si só, sem a ação do Espírito Santo, fez confundir as línguas. O intuito de construir a grande torre tinha como próposito o orgulho e a vaidade daqueles homens.

“Toda a terra tinha uma só língua, e servia-se das mesmas palavras. Depois disseram: “Vamos, façamos para nós uma cidade e uma torre cujo cimo atinja os céus. Tornemos assim célebre o nosso nome.

Mas o senhor desceu para ver a cidade e a torre que construíram os filhos dos homens.

“Eis que são um só povo, disse ele, e falam uma só língua: se começam assim, nada futuramente os impedirá de executarem todos os seus empreendimentos. Vamos: desçamos para lhes confundir a linguagem, de sorte que já não se compreendam um ao outro.”

Foi dali que o Senhor os dispersou daquele lugar pela face de toda a terra, e cessaram a construção da cidade. Por isso deram-lhe o nome de Babel, porque ali o Senhor confundiu a linguagem de todos os habitantes da terra, e dali os dispersou sobre a face de toda a terra” (Gn 11, 1-9).

A oração em línguas, primeiro dom do Pentecostes vem desfazer o efeito da discórdia que os homens tinham contraído. Usamos o linguajar espiritual, para nos entendermos pelo amor, “todos se entendiam” “Como então todos nós os ouvimos falar, cada um em nossa própria língua materna?” (At 2, 8).

O Espírito Santo quer produzir em nós, vem provocar em nosso interior a construção de pontes do perdão, da concórdia e de uma maior capacidade para o amor

Peça nesse final de semana, no dia de Pentecostes, que o idioma universal dos mundos – natural e espiritual – tenha esse efeito sobre todos nós. Que possamos ser um, como Jesus é um com o Pai. “para que todos sejam um como tu, Pai, estás em mim e eu em ti” (Jo 17, 21).

Que caia por terra todo espírito de divisão entre as famílias e entre os cristãos.

FONTE:cancaonova.com
Sandro Arquejada

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