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segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Curiosidade: Religiões que influenciam o cabelo feminino

A relação de uma mulher com seu cabelo vai além dos cuidados diários e da escolha de estilo. A religião também costuma ser um importante fator na maneira como se lida com ele. Provavelmente você já se perguntou por que as evangélicas não podem cortar as madeixas ou qual a razão das muçulmanas sempre cobrirem a cabeça quando estão em público. Pois saiba, por exemplo, que a regra do cabelo comprido das evangélicas está atrelada a uma norma instituída por causa da citação de Paulo em Coríntios 11,15, que diz o seguinte: “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu”. As mulçumanas, por sua vez, usam o véu de fato, cobrindo todos os fios. Elas saem de casa com o chamado hijab (o véu islâmico) para proteger a “modéstia e honra”. Afinal, o Alcorão Sagrado diz: “'Ó profeta, dizei a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que quando saírem que se cubram com as suas mantas; isso é mais conveniente, para que se distingam das demais e não sejam molestadas; sabei que Deus é Indulgente, misericordiosíssimo” (33ª Surata, Al Ahzab, versículo 59). Sendo assim, quando estão em casa, as mulheres muçulmanas não precisam fazer uso do véu. Catolicismo e judaísmo: cobrir ou não? Atualmente, a Igreja Católica não obriga o uso do véu, mas até a década de 1970 as mulheres precisavam cobrir a cabeça para rezar para serem consideradas honradas. Segundo a Bíblia, “Todo homem que reza de cabeça coberta desonra a sua cabeça. Mas toda mulher que reza ou profetiza de cabeça descoberta desonra a sua cabeça, pois é exatamente como se estivesse de cabeça raspada. Se a mulher não usa véu, mande raspar a cabeça. Mas se é uma vergonha para uma mulher ter o cabelo cortado ou raspado, que use um véu. Quanto ao homem não deve pôr véu na cabeça: ele é a imagem e a glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem”, (ICor 11, 2-16). No judaísmo, a mulher também tem o costume de cobrir a cabeça. Mas em vez de véu, ela usa uma peruca e o ato é reservado para as casadas. Na religião, acredita-se que ao cobrir os cabelos naturais, a esposa traz sucesso e benções para ela mesma, marido, filhos e netos. Por outro lado, as que se recusam a isso acarretará o oposto, ou seja, tristeza e desgraça à família. Com relação às perucas, a entidade judaica Beit Chabad do Brasil – filiada ao Movimento Chabad-Lubavitch Mundial – explica que há restrições. Os fios não podem ser originários da Índia, um dos maiores exportadores de fios por serem espessos, longos e lisos, pois os hindus raspavam a cabeça por motivações religiosas. Isso porque as leis judaicas proíbem que alguém se beneficie de um ato que tenha sido realizado para outra divindade. Assim, os fios usados nas perucas para as mulheres judias advêm principalmente do Leste Europeu. “O importante é que o cabelo esteja coberto, não importando se por cima dele há uma bela peruca; é tão importante sentir-se bonita para seu marido, quanto para si mesma”, relata a entidade. A tradição, consequentemente, não tem o intuito de deixar a mulher menos atraente. “Mais do que afastar olhares de outros homens e lembrar que tal pessoa é comprometida, cobrir a cabeça significa uma mudança de status, uma representação de que algo valioso está salvaguardado para alguém especial”, finaliza. Da Latta Serviços Editoriais Especial para o Terra

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