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terça-feira, 27 de setembro de 2011
São Vítor I "Concílio (Sínodo) de Roma" ano 197
Examina a questão da data da Páscoa, celebrada diferentemente no Oriente e no Ocidente. Ver Controvérsia da Páscoa.
A principal preocupação era então se os cristãos deveriam seguir as práticas do Antigo Testamento. Eusébio escreveu em sua História Eclesiástica (livro V, cap. 23):
“ Uma questão de grande importância surgiu naquele tempo [do Papa Vítor I, por volta de 190 dC]. As dioceses de toda a Ásia, de acordo com uma tradição antiga, alegavam que o décimo-quarto dia da lua [de Nisan], no qual os judeus são comandados a sacrificar o cordeiro, deveria ser sempre observado como a festa da pasch provedora de vida [epi tes tou soteriou Pascha heortes], argumentando que o jejum deveria terminar naquele dia, qualquer que fosse o dia-da-semana em que ocorresse. Porém, este não era o costume nas igrejas do resto do mundo terminar o jejum neste dia, pois eles observavam a prática - que por tradição apostólica prevaleceu até hoje [tempo de Eusébio] - de terminar o jejum em nenhum outro dia a não ser o da ressurreição de Jesus. ”
— História Eclesiástica, Eusébio de Cesareia[1]
Uma carta de Ireneu de Lyon mostra a diversidade das práticas sobre a Páscoa que existiam até pelo menos o tempo do Papa Sisto I (ca. 120). Além disso, Ireneu afirma que São Policarpo observava o costume quartodecimano, o que daria suporte para a disputa, pois Policarpo foi um discípulo direto do apóstolo João [2].
Por volta de 195, o Papa Vítor I tentou excomungar os quartodecimanos, transformando a diferença de práticas em uma controvérsia completa.
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