Cipriano, bispo de Cartago, reúne 87 bispos africanos. Discutem o Cisma novaciano Realizado sob a presidência de Agripino de Cartago, setenta bispos se reuniram para discutir o batismo dos heréticos, ou seja, a necessidade de re-batizar todos os que tinham sido batizados por um herético. As datas variam entre 205 e 222, sendo esta última a mais provável. Segundo Hipólito (Philos., IX.7[2]) afirma que este costume iniciou com Calisto, o que confirma a data como sendo entre 218-222 d.C. [3]
Lapsi e cisma novaciano
Em maio de 251, um sínodo, convocado sob a presidência de São Cipriano, para considerar o tratamento que seria dado aos lapsi. O concílio excomungou Felicissimus (ordenado por Novaciano) e cinco outros bispos novacianos ("rigoristas") e também se determinou que os lapsi deveriam ser tratados não com severidade indiscriminada, mas de acordo com o grau de culpa individual. As decisões deste sínodo foram confirmadas por outro sínodo, realizado em Roma, no outono do mesmo ano. Cipriano escreveu uma obra como preparação deste concílio (De Lapsis[4])[1].
Outros sínodos foram realizado em 252 e 254 d.C. para tratar do assunto, com 62 e 37 bispos presentes. Além da questão dos lapsi, trataram também do batismo dos recém-nascidos e de questões disciplinares. A decisão foi a de receber de volta os heréticos que demonstrassem algum sinal de arrependimento (. São Cipriano tratou em detalhes sobre estes sínodos em sua carta 54.
Concílios sobre o re-batismo de heréticos
Dois sínodos, em 255 e 256, realizados também sob a presidência de Cipriano, se pronunciaram contra a validade do batismo realizado por heréticos, ou seja, a favor do re-batismo. O costume estava espalhado pela África (província romana) e pela Ásia Menor, apesar da forte oposição de Roma, onde o Papa Estevão I já tinha ameaçado com a excomunhão os bispos que o praticassem.
No primeiro, convocado para responder a um questionamento de bispos da Numídia sobre o assunto, foi novamente presidido por São Cipriano e contou com 21 bispos presentes. A septuagésima carta de Cipriano trata exclusivamente da resposta aos bispos e, portanto, do tema do concílio. A decisão foi novamente favorável ao re-batismo e contrária à Roma. A carta termina indicando o desejo de obter a aprovação de Estevão.
“ ...não é suficiente (parem est) postar as mãos nestes conversos ad accipiendum Spiritum sanctum se eles não receberem também o batismo da Igreja ”
Porém, o Papa ficou furioso, chegando a acusar São Cipriano de ser um "falso cristão", "mentiroso" e "falso apóstolo". Acredita-se que em resposta a este repúdio, um novo concílio foi convocado e confirmou novamente as decisões anteriores. Os atos deste concílio ainda existem e confirmar que os votos foram unânimes. Cipriano escreveu então para Firmiliano de Cesareia para contar o resultado, carta que ainda existe e está preservada sob o número 75.
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