Mais
uma vez o Papa vai se reunir com a juventude do mundo todo. A juventude
é uma força da Igreja dizia João Paulo II. Muitos santos e mártires
foram jovens que viveram profundamente o amor a Deus e a Igreja. Foram
jovens Frederico Osanam, São Domingos Sávio, Maria Goretti mártir aos 12
anos, e muitos outros que testemunharam a fé sem medo, desde o pequeno
São Tarcisio que morreu defendendo a Eucaristia.
Paul Claudel disse que “a juventude não
foi feita para o prazer, mas para o desafio”. Ela ama o desafio, não se
contenta com uma vida medíocre. Jesus Cristo a encanta e arrasta porque
aponta-lhes um novo caminho de vida, um sagrado desafio, a santidade,
beleza, amor, liberdade verdadeira… O jovem sabe que seguir Jesus Cristo
é um caminho árduo, mas que nunca decepciona. Ela está cansada de
tantos maus exemplos dos mais velhos e das autoridades que não conhecem a
Deus; que lhes deveria dar provas de idoneidade e justiça, mas no
entanto, o que recebem delas é a mais deslavada imoralidade, corrupção,
falta de caráter e negação do sagrado. Só a fé e a Igreja podem dar aos
jovens uma vida nova no meio de tanta podridão.
A juventude cristã está enfastiada de
tantos descaminhos que lhe são hoje apresentados: uma corrupção
institucionalizada, drogas, sexo vazio, violência, desrespeito aos
direitos sagrados da pessoa humana e à vida desde a concepção até a
morte natural, pornografia desenfreada, individualismo egoísta e um
consumismo doentio que não sacia sua sede de felicidade.
Nossa juventude quer ouvir a voz de Deus,
e a ouvirá em Madri, nesta Espanha que já foi orgulho da Igreja mas que
agora a renega e assume ares ateus, anticatólico, desejando impor à
juventude uma educação anticristã nas escolas. Mas o Papa lhes abrirá
ainda mais os olhos para esses perigos.
Aqui no Brasil, em 1980, João Paulo II
dizia aos jovens: “vocês são o belo horizonte desse país”; e em outra
oportunidade: “Vocês são o futuro do mundo, vocês são a esperança da
Igreja, e a minha esperança”. E o Papa Francisco repetirá essas
palavras, não há dúvidas. Com a grandeza de sempre o Vigário de Cristo
na Terra vai encorajar os seus filhos mais jovens do mundo todo a viver o
Evangelho para transformar suas vidas e a sociedade. Ele vem para
“apascentar as ovelhas jovens do Senhor”, corajosas, alegres, cheias de
vida e dispostas a sacrificar a vida pelo Reino de Deus.
A JMJ é uma esperança, nunca é uma
simples experiência de massa, sempre há algo novo, diverso e belo. O
Espírito Santo estará presente como sempre, sempre novo, assistindo e
guiando o Santo Padre para dizer aos jovens as palavras proféticas que
hoje eles precisam ouvir. O foco será a pessoa viva de Jesus Cristo e de
sua presença através dos Sacramentos, o único Senhor e Salvador, capaz
de dar vida e sentido aos jovens. João Paulo II já lhes tinha pedido
“não construir as suas vidas em cima de outro alicerce que não seja
Jesus Cristo, para não desperdiçá-las.”
Liguemos as antenas da alma para ouvir a
Voz do grande Pastor que vai aos jovens e ao mundo com a mesma coragem e
disposição que Jesus percorreu as cidades da Galileia anunciando o
Reino de Deus. “Convertei-vos, o Reino de Deus está próximo”. Crede no
Evangelho e fazei penitência.
Muitos jovens brasileiros hoje partem
pelo mundo como missionários de nossas belas Comunidades de Vida e
Aliança anunciando Jesus Cristo; é um orgulho para a Igreja e uma glória
para Deus. Renova-se aqui a esperança da Igreja; o Papa sabe disso, por
isso tem o desejo de vir aqui em 2013 confirmar seus irmãos menores na
fé inabalável do Cristo Redentor, que estende seus braços sobre o Rio de
Janeiro e sobre o Brasil.
Nosso Brasil que tantas graças recebeu de
Deus através de nossa evangelização pelos católicos europeus, agora
começa a pagar a Deus essa graça tão grande de sermos colonizados desde o
início com a cruz de Cristo trazida do velho continente. Vinde Santo
Padre, em 2013, vinde Francisco de Deus. O Brasil e a juventude lhe
abrem os braços para recebê-lo. Vinde bendito de Deus; vinde ó “doce
Cristo na Terra” (S. Catarina de Sena).
Prof. Felipe Aquino
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