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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A verdadeira riqueza da Igreja Católica

A Igreja é de fato riquíssima e acumulou nos seus vinte séculos um tesouro incalculável! Na verdade ela é rica desde a sua origem, porque o seu Criador e mentor é o próprio Deus; é D´Ele que vem toda a sua riqueza. Ele é o próprio Corpo de Cristo (1 Cor 12,27).
Mas ela é rica também, porque é a “Igreja dos Santos”, como disse George Bernanos. Os Santos são a sua grande riqueza, como que reprodução do próprio Cristo.
Ela é a Igreja de Pedro de Cafarnaum, que deixou as redes para seguir o Senhor e morreu de cabeça para baixo sob Nero, por amor a ela; é a Igreja de Paulo de Tarso, que rodou o mundo até Roma, para ali ser martirizado por ela.
Ela é a Igreja dos Santos Apóstolos , revestidos do próprio Cristo, um a um martirizados pela sua fidelidade ao Senhor…
Ela é a Igreja dos Santos Inocentes que ainda na tenra idade, derramaram o seu sangue inocente pelo menino Deus …
Ela é a rica Igreja dos Santos Padres: Agostinho de Hipona, que enfrentou o pelagianismo, o arianismo e o maniqueismo; Atanásio que enfrentou o arianismo; Irineu que enfretou o gnosticismo; Inácio de Antioquia que enfretou os leões, Policarpo que enfrentou a fogueira … Tomás de Aquino que escreveu a Suma Teológica e transformou a Filosofia, Teresa D´Avila e João da Cruz que reformaram os Carmelos masculinoe Feminino, Jerônimo que traduziu a Biblia para o latim; Basílio, Gregório de Nissa, Gregório de Nazianzo, Afonso de Ligório, Francisco de Assis, João Bosco e tantos outros que mudaram a face da terra…
Sim é uma Igreja riquissima! Ela é a Igreja daqueles que de tanto amor por ela, derramaram o seu sangue nas arenas romanas, nas espadas dos imperadores, nos cáceres comunistas e nazistas … Pedro, Tiago, Paulo … Inácio de Antioquia, Policarpo, Sebatião, Perpétua, Felicidade, Cecília … Maxiliano Kolbe … e tantos outros gigantes que fizeram do seu sangue ” a semente dos novos cristãos” (Tertualino †220).
Ela é a Igreja das belas ordens religiosas de Bento, Domingos, Agostinho, Benedito, Francisco, Inácio de Loyola, Camilo de Lélis … Ela é a igreja das Santas Virgens: Maria, Ana, Inez, Cecília, Luzia, Teresinha, Mazzarello, Clara de Assis … que formam um verdadeiro exército de Esposas do Senhor.
Sim é uma Igreja riquissima!
Além de ser a rica Igreja dos Santos, dos Profetas, dos Mártires, dos Apóstolos, das Vírgens, dos Confessores … é também a Igreja dos Papas. É a Igreja de João Paulo I com o seu sorriso inesquecível, de João XXIII do Concílio Vaticano II, de Paulo VI com o seu apaixonado amor a Igreja, de Gregório, que a posteridade chamou de Magno e que criou o canto que recebeu o seu nome.
Ela é a grande e rica Igreja de Leão Magno detende a grandes heresias às portas da Igreja, enfrendo os bárbaros Átila e Genserico às portas de Roma. É a casa de Pedro, que é o principio de tudo e a pedra sobre a qual os outros se sucederam. É a Igreja dessa cadeia viva e ininterrupta de 265 pontífices, o “doce Cristo na Terra”, como dizia Santa Catarina de Sena.
Todos os santos se inclinaram diante do Papa e nenhum foi sem ele. Paulo, o apostolo dos gentios, foi ao encontro de Pedro; Francisco o enamorado da pobreza, ajoelhou-se diante de Inocêncio III; Teresinha suplicou a Leão XIII que a deixasse entrar no Carmelo aos quinze anos …
Que outra Igreja teve um Pio XI que proclamou Maria Imaculada; e José, Padroeiro Universal da Igreja?
Que outra Igreja tem um João Paulo II, filho de operário, ator de teatro, esquiador, sacerdote, poliglota, bispo, diplomata, cardeal – cardeal da Igreja do Silêncio e da Polonia Mártir?
A Igreja é riquíssima, de fato é a Igreja dos Santos e dos Papas.
É a Igreja dos Sacramentos que o Senhor derramou do seu Coração ferido pela lança do alto da Cruz. É a Igreja da salvação universal de todos os homens … É a barca de Pedro que salva do dilúvio do pecado!
Ela é a Igreja das belas ordens religiosas de Bento, Domingos, Agostinho, Benedito, Francisco, Inácio de Loyola, Camilo de Lélis … Ela é a igreja das Santas Virgens: Maria, Ana, Inez, Cecília, Luzia, Teresinha, Mazzarello, Clara de Assis … que formam um verdadeiro exército de Esposas do Senhor.
Sim é uma Igreja riquissima!
Além de ser a rica Igreja dos Santos, dos Profetas, dos Mártires, dos Apóstolos, das Vírgens, dos Confessores … é também a Igreja dos Papas. É a Igreja de João Paulo I com o seu sorriso inesquecível, de João XXIII do Concílio Vaticano II, de Paulo VI com o seu apaixonado amor a Igreja, de Gregório, que a posteridade chamou de Magno e que criou o canto que recebeu o seu nome.
Ela é a grande e rica Igreja de Leão Magno detende a grandes heresias às portas da Igreja, enfrendo os bárbaros Átila e Genserico às portas de Roma. É a casa de Pedro, que é o principio de tudo e a pedra sobre a qual os outros se sucederam. É a Igreja dessa cadeia viva e ininterrupta de 265 pontífices, o “doce Cristo na Terra”, como dizia Santa Catarina de Sena.
Todos os santos se inclinaram diante do Papa e nenhum foi sem ele. Paulo, o apostolo dos gentios, foi ao encontro de Pedro; Francisco o enamorado da pobreza, ajoelhou-se diante de Inocêncio III; Teresinha suplicou a Leão XIII que a deixasse entrar no Carmelo aos quinze anos …
Que outra Igreja teve um Pio XI que proclamou Maria Imaculada; e José, Padroeiro Universal da Igreja?
Que outra Igreja tem um João Paulo II, filho de operário, ator de teatro, esquiador, sacerdote, poliglota, bispo, diplomata, cardeal – cardeal da Igreja do Silêncio e da Polonia Mártir?
A Igreja é riquíssima, de fato é a Igreja dos Santos e dos Papas.
É a Igreja dos Sacramentos que o Senhor derramou do seu Coração ferido pela lança do alto da Cruz. É a Igreja da salvação universal de todos os homens … É a barca de Pedro que salva do dilúvio do pecado!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Novela ou Bíblia ?

Um assunto muito comentado entre os cristãos e também os não cristãos, muitos se questionam se e errado assistir novelas…
Errado não e por que não tem nada na lei que diz que isso e crime ou até diretamente escrito na bíblia “Não assistireis novelas”. O que as pessoas não levam em consideração e o tanto de contras que assistir a uma novela traz para ele e sua família!
 A novela Avenida Brasil teve a maior audiência da Rede Globo neste ano, segundo o IBOPE teve 51%, grande parte do Brasil assistindo a novela, esse texto até talvez não seja levado em consideração já que muitos não estão “nem ai”.
O primeiro contra de “perder”, tempo assistindo, já que você perde muito tempo na frente da TV, enquanto poderia estar fazendo outra coisa mais produtiva e legal. Vamos a alguns exemplos: Estudar, ler a bíblia, orar, namorar, ir jogar bola, fazer uma caminhada, exercícios, conversar com alguém da família, ligar para alguém distante. Entre outras milhares de coisas!
No livro 1 Crônicas o Aposto Paulo declara:
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma”.
1 Coríntios 6:12
Hoje existem milhares de pessoas estão literalmente “Viciadas”, em novela, não pode fazer nada enquanto não passar a novela.
Analisem o conteúdo das novelas, sempre mostrando infidelidade, sensualidade, homossexualismo, drogas e roubos. Tudo e lindo na TV. Mais na vida real, o estrago esta sendo grande, o aumento da infidelidade a cada dia crescendo mais e mais, separações de casais por motivos diversos impulsionados pela TV como falta de dialogo e traição!
O numero de homossexuais propagando a sua agenda de controle da mídia mundial indo de vento em poupa, no Brasil não e diferente, vejamos quais as pessoas estão defendendo a família? A não liberação das drogas o aborto? Entre outras causas?
Olhamos nos Twitter e Facebook das pessoas, pouco falam ou defendem essas questões, mais quando e futilidade, novelas todos estão a mil por hora!
Acorda povo, estamos sendo alienados pela Rede Globo há anos e ficamos parados!
A maior denominação Presbiteriana dos Estados Unidos já esta ungindo Pastores gay e defendendo o aborto. Algum de vocês acha que isso irar demorar a chegar no Brasil? Nós não temos a mania de copiar tudo que os gringos fazem?
Há alguns anos não acompanho novelas, às vezes vejo trechos quando mudo de canal e pessoas próximas estão assistindo e paro na sala para conversar ou até fazer um lanche. rs
E sempre quando vejo um trecho e lamentável!
“Para abrir os olhos dos cegos, para tirar da prisão os presos, e do cárcere os que jazem em trevas”. Isais 42, 7

Novelas em nada atinge sua vida espiritual ?Sim ou não ?


Novelas em nada atinge sua vida espiritual ?

Procurando justificar esse hábito muitos cristãos geralmente fazem esta pergunta. Eles afirmam que ver novelas em nada atinge sua vida espiritual porque são extremamente maduros. Afirmam também que novelas são uma forma de lazer e entretenimento. Contudo, tais pessoas deveriam lembrar o seguinte:
(1) Nossa mente é como uma esponja. Ela absorve tudo o que vemos e ouvimos. Estas coisas são armazenadas no fundo da mente, e influenciam o íntimo do nosso coração, nossas reações, emoções, sentimentos e comportamento. Falsos conceitos e ideais repetidos várias vezes acabam se tornando verdadeiros quando falamos e agimos. É por esta razão que Paulo nos ordena ocupar a mente apenas com o que for proveitoso e edificante (Fp 4.8).
(2) As novelas em geral refletem aquilo que o homem tem de pior. Não é preciso muito esforço para se perceber que o enredo e roteiro das novelas e seriados brasileiros em sua grande maioria se baseiam na sensualidade, ambição, violência, fingimentos, poder e outras coisas descritas na Bíblia como sendo “obras da carne” ( Gl 5.18-21). A novela faz o crente “torcer” para que o “mocinho” realize a sua vingança, ou para que a “mocinha” consiga conquistar o seu amado, mesmo que seja casado.
(3) Assistir novelas em nada edifica o crente, e em nada contribui para seu crescimento espiritual. Nem mesmo traz alguma cultura ou conhecimentos. É perder tempo com “cultura inútil” e perigosa. A Bíblia nos ordena “remir o tempo, pois os dias são maus” (Ef 5.16). Alguns argumentam dizendo que as novelas prestam um grande serviço de utilidade pública como por exemplo: conscientização sobre os riscos do alcoolismo e das drogas, violência doméstica, supostas psicopatias, racismo, etc. Essa sempre é a desculpa da maioria dos brasileiros que não gostam de ler livros, jornais ou revistas e que só acessam a internet para bisbilhotar fotos em redes sociais.
Tudo isso acima, aplica-se não somente às novelas, como outros tipos de programas, filmes ou sites que acessamos na internet.


Lembre-se: as emissoras de TV não estão preocupadas com a vida espiritual e moral dos milhões de brasileiros; elas estão interessadas apenas em ganhar dinheiro. E é lamentável que o façam às custas de crentes que dão uma, duas, três horas por dia (ou até mais) para os canais de televisão.
O cristão estaria fazendo algo muito melhor se usasse o tempo das novelas para o culto doméstico, reuniões de oração e doutrina (muitos cristãos não vão mais a igreja no meio da semana porque supostamente estão cansados, mas na realidade não querem perder a sua novelinha preferida), a comunhão com os familiares, a leitura de livros edificantes. “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fp 4.8).

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A festividade de Cristo Rei


“Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”, foi a inscrição que Pilatos mandou pôr sobre sua cabeça quando foi sentenciado à morte. Desde esse dia milhares de pessoas no mundo olham a cruz com devoção e fé. Passaram já vinte séculos de História e no entanto por esse Rei sentenciado à morte somos hoje como uma coroa humana de corações em louvor, em admiração, em obediência e em fervor para Cristo Rei, nosso Rei! Estávamos no ano 1925 de nossa era Cristã. Adivinha-se à distância outra guerra, a segunda mundial, mais espantosa que a primeira e que custaria 26 milhões de vidas. Naquela hora de dor o Papa Pio XI fez ouvir a sua voz e gritou: “A paz de Cristo, pelo reinado de Cristo!”. Com a encíclica chamada “Quas Primas”, o Papa instituía a Festa de Cristo Rei. Pio XI insistia na necessidade de reconhecer a autoridade universal de Cristo, porque a aceitação de Cristo faria desaparecer as divisões de pessoas, classes sociais, povos e nações, que acabaria com os ódios e deitaria por terra toda injustiça e toda a escravidão. Assim concluía o Papa: “é necessário que Cristo reine na mente dos homens, é necessário que Cristo reine na vontade dos homens, é necessário que reine nos corações dos homens, por um ardente amor à Ele; e é necessário que Cristo reine em nossos corpos e em nossos membros para que sirvam à paz externa da sociedade e à paz interna de nossas almas”.A festividade de Cristo Rei foi instituída liturgicamente no ano santo de 1925. Esta festa de Cristo Rei é pois das mais recentes da liturgia. Biblicamente
A Sagrada Escritura é quem apregoa a realeza de Cristo. Ressalta o título de Rei. O contexto do reino de Deus está posto desde as primeiras páginas do Gênesis até as últimas do Apocalipse. Seria uma longa tarefa percorrer os textos do Antigo Testamento que falam da realeza do Messias. Assim, Cristo é o novo Adão, que é a cabeça da nova humanidade. Cristo é o novo Moisés, constituído Salvador e libertador.
.Cristo é o novo Sansão que ninguém, nem as sete cordas da morte, puderam dominar.
Cristo é o novo Davi, rei ideal, cujo reino não terá fim.
Cristo é o novo Salomão, a sabedoria eterna e o encarregado de castigar o mal e de premiar o bem. E quando o reino de Davi faz oprimido, desterrado na Babilônia, levanta-se o profeta Daniel e vislumbra no horizonte um Rei e um reino plenos de grandeza.
“Eis aqui – diz o profeta – que sobre as nuvens do céu vem um filho do homem e foi-lhe dado todo o domínio, glória e reino, para que povos, nações e línguas o sirvam”.
Poderia Pedro responder ao que disse-lhe Jesus no Horto: “Guarda tua espada; se eu quisesse, meu Pai poria à minha disposição legiões de anjos para defender-me”. “Tu o disseste, eu sou o Rei”, respondeu Jesus a Pilatos, o governador romano, no mais solene interrogatório que os séculos já viram. Afirmação que Jesus repetirá horas mais tarde, cravado já na cruz, quando promete a um companheiro de suplício: “Hoje mesmo estarás comigo no meu Reino, no Paraíso”. Rei de um Reino muito especial
Sendo Jesus o Rei de toda a criação, da história do homem, sua realeza é universal. Por isso não podemos levá-lo a nível de ideologia humana, partidária, triunfalista; nenhuma realidade escapa à sua suprema judicatura.
Sim, seu reino chega justamente à consciência do homem para fazê-lo livre e mais apto para exercer seu domínio sobre o mundo.
O Reino de Jesus Cristo é de misericórdia, de bondade, de amor. Ele é um Rei cheio de mansidão, pacífico, que derrama sua influência benéfica sobre as pessoas, pela fé. O prefácio da missa de Cristo Rei, faz um belo resumo com estas frases: “Um reino universal e eterno. Um reino de verdade e de vida. Um reino de santidade e de graça. Um reino de justiça, amor e paz”. Cristo veio estabelecer seu Reino neste mundo. Como o seu reino não é deste mundo, tem que estabelecê-lo aqui no meio dos homens como o grande sacramento de salvação:
… como a vitória de Cristo sobre todo pecado e sobre todo o mal que aprisiona o mundo. Nós cristãos temos que desqualificar tudo o que vai contra o homem; separá-lo com nosso exemplo, nossa atitude, nossa oração e nossa palavra. Em suma, com o testemunho da nossa vida para que o reino de Jesus seja a história da verdade sobre o erro, da pureza sobre a corrupção, da vida sobre a morte…
A Festa de Cristo Rei No Domingo – o último do ano eclesiástico – confessamos a Jesus Cristo Rei e Senhor do universo. Rei e Senhor da criação inteira. O centro da história. A esperança da humanidade. Porque Cristo, que é a salvação de Deus para todos os homens, já inaugurou seu reino neste mundo. Comemoramos este mês a festa de um Rei que, paradoxalmente, proclama a simplicidade e a humildade. Sua festa tem que ser a ocasião de aprofundarmos na verdade mais essencial de nossa fé. Nesse dia encerramos o ano litúrgico e começamos o tempo ADVENTO. A Igreja convida-nos a concentrar nossa mente e coração nesse fundamento de nossa fé; Jesus Cristo, o Senhor. A festa de Cristo Rei é a coroação de todo o ciclo da liturgia eclesiástica, porque na figura de Cristo Rei, se resume toda a obra salvadora do Messias. Na realidade, já tínhamos celebrado na Semana Santa a festa da realeza de Cristo, o dia da Páscoa, porque em sua ressurreição Cristo assume o domínio sobre a nova Criação redimida. Na Ascensão ao céu também, porque nesse dia foi elevado para junto do Pai, e também em cada Domingo comemoramos o dia do Senhor ao celebrar a eucaristia.
Títulos de Jesus para ser Rei
O título de Rei nos lábios de Jesus, significa na ser Testemunha da Verdade. Da verdade total; não uma verdade filosófica, mas a verdade de Deus, a quem Jesus vem manifestar. Quando Jesus respondeu a Pilatos: “Tu o dizes, sou Rei”, matizou sua afirmação juntando imediatamente: “Eu para isso nasci; para isso vim ao mundo, para dar testemunho da Verdade. Todo o que é da verdade ouve minha voz… Essa é a Verdade de Deus.
Uma realidade eterna. Jesus se impõe por sua verdade”. Na festa de Cristo Rei do ano de 1979, dizia-nos o Papa João Paulo II: “Que maravilhoso é este Rei que renuncia a todos os sinais de poder, aos instrumentos do domínio e deseja reinar somente com a força da Verdade e do Amor! Com a força da convicção e do puro abandono. Rejeitou as formas do poder que condicionam o homem em suas dimensões interiores e que, inclusive, subordinaram-no a sistemas ideológicos sem levar em conta se estes sistemas correspondem a suas convicções”. “Maravilhoso este Rei, que rejeitou tais métodos de guiar o homem”. Todos os homens estão obrigados a buscar a verdade e uma vez conhecida, abraçá-la e praticá-la. O cristão é o homem que, em meio a tantas palavras, escolhe a única que não pode nos enganar: a palavra de Cristo. A palavra de Cristo desqualifica toda outra palavra que se apresente como salvadora. Ser testemunhas da verdade é, ao mesmo tempo, complexo e simples. É algo sempre duro e premente que não permite sutilezas nem evasões. Trabalhar pelo reinado de Jesus na sociedade, é lutar contra as mentiras, a falsidade, a hipocrisia, a difamação, a calúnia, a maldição. Viver na verdade, porque é a verdade que nos faz livres. Pertencer à verdade é viver na coerência com o conhecimento de Deus. O cristão, para dar testemunho da verdade, conta sempre com a ajuda do Espírito Santo, a Força do Alto, o Paráclito prometido e enviado por Jesus. Assim esse Rei-Juiz, Jesus, não se contenta com julgar e condenar. Sua preocupação é salvar e dar repouso. Jesus Cristo Rei é o Senhor.
O Pastor
Para os povos da antigüidade, a imagem do rei perfeito era o Pastor. O rei verdadeiro como o pastor, têm uma só preocupação: cuidar das ovelhas dispersas, abandonadas, fracas, feridas, enfermas… O rei é um pastor. Assim descreve-o o próprio Deus pela boca de Ezequiel, prometendo que na Era messiânica, o Filho de Davi, o Messias, serio o Rei-pastor do povo de Deus. “Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas”
O messias enviado será esse novo e eterno rei-pastor. Sim, Jesus é o Messias, o Rei-pastor: Ele, plano de ternura para cada uma de suas ovelhas, vela pela sã, cura a ferida, busca a perdida, cuida de todas. O Senhor é o Pastor de cada ovelha. É Ele quem garante a seu povo, que somos nós, a abundância e a segurança dos pastos de sua graça. Porque se “O Senhor é meu pastor, nada me falta!”. Ele é Juiz
Outro papel do rei, na antigüidade, era o de ser juiz. O rei devia administrar a justiça e devia exercê-la para cada um. O rei tinha a obrigação de visitar as diferentes comarcas do reino, sentar-se na praça pública para que todos lhes apresentassem suas queixas. Jesus é Rei, porque Ele é “o Juiz”. Ele se sentará no trono de sua glória e separará os maus dos bons, como o pastor separa as ovelhas das cabras. Qualquer que seja a convicção religiosa dos homens, qualquer que seja sua raça, sua idade, sua ocupação e sua cultura, Cristo nos convocará para o encontro final. Cabe a ele restaurar a justiça danificada pelos homens e separar o bem do mal. Cada vez que um homem quer fazer uma revisão de vida tem que confrontá-la com a de Cristo. A vida de Cristo é o veredicto, o juízo. Condena-nos ou aprova-nos. Jesus é, desta maneira, Salvador e Juiz. Por isso a vertente salvadora do juízo de Cristo é concedida hoje a todos os homens. Ele ajuda-nos com seu juízo salvador que examinemos nossas atitudes e atos de caridade. Jesus porém não se contenta com julgar e perdoar. Sua preocupação é salvar e dar repouso. É juiz-pastor em busca da ovelha perdida. Jesus Cristo é definitivamente o juiz, o Pastor, e não há outra norma de transformação.
É o Servo Paciente
Jesus é Rei pelo Senhorio alcançado através da cruz. “Nosso Senhor – diz São Paulo – comprou-nos por um grande preço”. Pela cruz fomos redimidos e essa cruz é perene lição de triunfo. Adquiriu-nos por seu sofrimento, e sua dor. Libertou-nos com seu sangue precioso como cordeiro imaculado e sem defeito. Seu propósito é, pois, destruir todos os poderes adversos à vida. Essa é a sua grande vitória. A hora do triunfo. A hora da cruz. Há um letreiro escrito em três idiomas (hebraico, grego e latim) para que ninguém o ignore: “Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus”. Rei através do sofrimento, da zombaria e do escárnio. A cruz cravada no Gólgota é seu trono, seu cetro, seu sólio real. Desse trono manifesta-se Rei-Messias, porque nesse preciso momento, da cruz, venceu a grande batalha em favor da humanidade. Às vezes sentimos a tentação de crer que neste mundo só têm eficácia a violência, o dinheiro, o poder, a força, a mentira e sentimo-nos tentados a dizer a Jesus: “desce dessa cruz!…” De dizer-lhe como Satanás: “Atira-te do pináculo do templo”… Cristo porém continua triunfando através do fracasso, do sofrimento, da ingratidão, da morte; só assim se ama e se constrói: no sacrifício da Cruz. Irmãos: não é súdito de Cristo rei aquele que empunha a sua espada como Pedro, mas aquele que, como o cireneu, tomou sua cruz e o seguiu. Não aquele que quer destrua seus inimigos, como Tiago e João, mas o que perdoa setenta vezes sete. Não o que passa ao largo ou dá uma volta na estrada como o sacerdote e o levita, mas o que carrega o desconhecido meio-morto e cura suas feridas. Não o que se crê justo, como o fariseu da parábola, mas aquele que com humildade baixa seus olhos e bate no peito, reconhecendo-se pecador como o publicano. Não o que vai ver Jesus à noite como Nicodemos, mas o que sai, valente e decidido, para secar o rosto de Jesus, como a Verônica. Não o que reza para ser visto e louvado, pelo povo, mas o que encerra-se no interior do coração para louvar a Deus.
… Enfim, não o que diz, Senhor, Senhor, mas o que cumpre a vontade do Pai do Céu.
Ele é o centro e a meta
Jesus, Rei do tempo e Rei da eternidade. Rei porque amor tanto o mundo que deu sua vida. Rei porque é o único que nos ama totalmente. O único que daria de novo sua vida por nós. Seu amor é tão sublime, que perdoa os seus verdugos. Que engendra uma nova raça de homens: os cristãos. O amor é o princípio da libertação, assim como o pecado e o egoísmo são o princípio da escravidão. Rei! Porque milhões e milhões de cristãos, seguindo suas pegadas por múltiplas gerações cristãs o proclamamos, livre, voluntária e alegremente Rei de nossos corações.
Podemos proclamá-lo Rei como em um prolongado e triunfante Domingo de Ramos, acompanhado de hosanas jubilosos e podemos tristemente como aquela turba daquela Sexta-feira Santa da História, gritar de novo: “fora com este! Não temos outro rei senão… Cesar!”. Nós, os súditos do Cristo Rei temos que inaugurar e promover seu reinado em nós, em nossas famílias, em nossos bairros, em nossas ruas, em nossos lugares de trabalho, em nossa paróquia, em nossa região e em nossa pátria. Só assim nossa vida será prova e testemunho de que o reconhecemos como o Rei e de que a Ele rendemos toda honra e toda a glória. Para um cristão a melhor e única maneira de viver o reino é a sua pertença a Igreja. Pertencer à Igreja não é uma forma de isolar-se mas de buscar o irmão. O cristão é o homem apaixonado pela verdade do homem. O interesse do homem é o interesse de Deus, o interesse de Deus, o interesse de Jesus. Toda a verdade do homem, tanto a íntima e afetiva, como a social e política, têm seu alicerce e perfeição em Cristo.

Origem do Advento e da Missa do Galo



A partir do ano 330, a Igreja celebra, em Roma, o nascimento de Jesus a 25 de dezembro.
Porque é o dia do solstício do inverno romano.
Porque nesse dia do nascimento do sol, os pagãos festejavam o natal do Deus-Sol – Natalis Invictus.
Por isso, os romanos passaram a celebrar, nesse dia, a festa da posse do Deus-Imperador. Por isso, o Imperador Constantino, cristão, substituiu as festas pagãs, com um sincretismo do culto ao Sol e ao Imperador.
Instituiu a Festa de Natal do Sol da Justiça e da Luz do Mundo, Jesus Cristo.
Como preparavam a festa do Sol, com as festas pagãs de 17 a 24 de dezembro, chamadas Saturnais, assim surgiu o Tempo do Advento, para preparar o Natal de Cristo.
No século IV, a comunidade cristã de Jerusalém ia em peregrinação a Belém, para celebrar a Missa do Natal na primeira vigília da noite dos judeus, na hora do primeiro canto do galo, mencionado por Jesus na traição de Pedro (Mt. 26,34 e Mc 14,68.72).
Por isso, a Missa da meia noite no Natal, se chama Missa do Galo, do primeiro canto do galo.
Essa missa do galo é celebrada, em Roma, desde o século V, na Basílica de Santa Maria Maior.
Pois, o galo, também publica o nascer do sol.
E o galo passou a simbolizar vigilância, fidelidade e testemunho cristão. Por isso, no século IX, o galo foi parar no campanário das igrejas.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O que a Bíblia diz sobre o ateísmo...

“Diz o tolo em seu coração: Deus não existe” (Salmo 14.1).
Esta é uma das principais declarações que a Bíblia faz sobre o ateísmo. Podemos destacar dois pontos:
1. O ateísmo é uma tolice
Negar a existência de Deus é tolice porque a existência de Deus é óbvia. A Bíblia em nenhum momento procura defender a existência de Deus porque ela é a mais elementar de todas as verdades. A Bíblia já começa afirmando categoricamente: “No princípio Deus criou os céus e a terra” (Gênesis 1.1).

A Bíblia afirma que Deus não pode ser conhecido completamente por nós, mas pode ser conhecido suficientemente: “Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas” (Romanos 1.20).
Deus é claramente visto na criação. Desse modo, o ateísmo é considerado tolice porque ele é irracional, é ir contra o evidente, o razoável. Na verdade o ateísmo é a maior tolice possível de se existir.  O ateu simplemente fecha os olhos para as evidências e tapa os ouvidos para a razão. Mas por qual motivo ele faz isso? Isso nos leva ao próximo ponto:

2. A tolice do ateísmo surge a partir do coração pecaminoso do homem
Nenhuma pessoa torna-se ateísta por causa de argumentos, mas sim por causa do pecado em seu coração. Não existe um único argumento conclusivo que prove a não-existência de Deus. Em Romanos 1.19 a Bíblia afirma que os ateus não negam Deus pela lógica, mas pela injustiça: “os homens suprimem a verdade pela injustiça”.
A Bíblia afirma que o ateu nega a existência de Deus porque ele decidiu viver para o pecado. Ou seja, convém ao ateu que Deus não exista. Como afirmou Agostinho: “Ninguém nega Deus a não ser que lhe interesse que Deus não exista”.
Só entre os homens pecadores encontram-se os ateus. A Bíblia afirma que até os animais não duvidam da existência de Deus: “Pergunte, porém, aos animais, e eles o ensinarão, ou às aves do céu, e elas lhe contarão; fale com a terra, e ela o instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem de todos eles ignora que a mão do SENHOR fez isso?” (Jó 12.7-9). Mais que isso, a Bíblia afirma que nem mesmo os demônios duvidam da existência de Deus: “Você crê que existe um Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios creem -  e tremem!” (Tiago 2.19).

Conclusão
A Bíblia desqualifica o ateísmo como crença válida revelando sua irracionalidade, inconsistência e incoerência. Dessa maneira, a Bíblia não perde tempo com o ateísmo, ela se preocupa com a idolatria. O primeiro dos Dez Mandamentos é contra a idolatria não contra o ateísmo. O grande perigo da civilização não é que ela não creia em Deus, mas que ela se entregue à fantasias e imaginações ímpias. Os homens nunca deixarão de crer em algo, eles sempre estão em busca de Deus, de sentido, de propósito, de vida eterna.  Assim, os homens sempre estão fazendo deuses para si. Mesmo os ateus adoram deuses, seja o sexo, o vício, o dinheiro, o status, ou até mesmo um filósofo. A grande pergunta não é: “Deus existe?”, mas sim: “Que tipo de Deus existe?”. Por isso Jesus também não se preocupou tanto com o ateísmo, mas com a idolatria. A preocupação dele não era apenas que as pessoas acreditassem em Deus, mas sim no Deus verdadeiro. Ele orou assim: “Está é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3).

Deus existe?

Esta é a pergunta que muitos céticos e ateus fazem para questionar a existência de Deus.
Para falar de um ser existente, temos que saber onde começou a existência.
Assim,veremos onde tudo começou.
Tudo existe, e dizemos que o tudo existente é conseqüência divina mas, e o que não existe?
Bem , o que não existe é justamente o inicio dos seres existentes.
Assim, tudo que existe um dia não existiu, e por uma forma milagrosa veio a existência, logo, o que existe tem como início à INEXISTÊNCIA e como fim EXISTÊNCIA.
Veja bem;
Para um ser existir, tem que primeiro não existir, assim é com todas as criaturas, e não com Deus.
Deus é o início, e todos os seres precisam, precisou e precisará desse início, (INEXISTÊNCIA).
Não esqueça, para um ser existir tem que primeiro não existir, ou seja, tem como início a INEXISTÊNCIA.
Uma pergunta;

A INEXISTÊNCIA EXISTE?

Sim…..
Logo, nos dias de hoje temos seres ainda não existentes que vem a existência por conseqüência desse início.
Outra pergunta;

A EXISTÊNCIA EXISTE?

Sim…
É por conseqüência da EXISTÊNCIA que os seres existem, logo, conseqüência da INEXISTÊNCIA que os seres não existe.

EXISTÊNCIA e INEXISTÊNCIA.
Acabamos de descobrir DEUS.
Você existe?
Claro que “Sim”.
A EXISTÊNCIA (DEUS) permite que você venha a existir, é por causa da existência (DEUS) que você existe.
ANTES DE EXISTIR VOCÊ NÃO EXISTIA CERTO?
Claro…
Não existia, graças a INEXISTÊNCIA (DEUS) que permitia que você permanecer-se em forma inexistente.
EXISTÊNCIA e INEXISTÊNCIA,
São as duas faces de DEUS, é por conseqüência da face existente de DEUS que todos os seres vem a existência, da mesma forma é conseqüência da face inexistente de DEUS que todos os seres um dia não existiram, e muitos ainda não existem.
Não fique assustado!
Deus de fato não é como dizem por ai, uma coisa é certa, só DEUS cria a existência dos seres e inexistência dos mesmos.

“DEUS EXISTE NA EXISTÊNCIA E INEXISTÊNCIA DOS SERES EXISTÊNTES E INEXISTÊNTES.”


Gênesis 1:1 “No princípio criou DEUS os Céus e a Terra.”

Gênesis 1:28 “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à sua imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.”

Gênesis 2:7 “Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente.”

Eclesiastes 12:7 “e o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu.”

terça-feira, 20 de novembro de 2012

ÁRIO x SANTO ATANÁSIO


Santo Atanásio, bispo de Alexandria no Egito, foi uma destas figuras marcantes que dão o nome a todo um período histórico: os anos que vão desde o Concílio de Nicéia (325) até o fim do século.


Esta época foi uma das mais turbulentas na história da Igreja. O Édito de Milão, no ano de 313, concedera liberdade religiosa pondo fim à era das perseguições. A vida religiosa começava a desenvolver-se e sua doutrina ganhava lugar eminente perante as filosofias e a sabedoria da cultura clássica. Poderia ter sido um período de crescimento orgânico, pacífico, mas do seu interior, tomou vulto uma heresia de virulência terrível: era a heresia ariana, contra a qual Santo Atanásio foi lutador incansável, elevando-se como um farol de ortodoxia.

Atanásio nasceu em Alexandria, no Egito, em 296. Jovem ainda, aspirou a vida religiosa ficando sob a orientação do bispo Alexandre.

Como é sabido, as primeiras heresias surgidas no seio da cristandade foram as judaizantes. Um dos dogmas católicos que os judeus mais repelem é o da Trindade, porque, no seu ódio de morte contra o cristianismo, o que mais os repugna é que Jesus Cristo seja considerado como segunda pessoa da Santíssima Trindade, ou seja, do Deus Uno em essência e Trino em pessoas.

Ário nasceu na Líbia, então sob dominação romana. Ainda jovem, aderiu ao cisma de Melesio, onde usurpou o posto de Bispo de Alexandria. Ao sofrer duros revezes a causa de Melesio, Ário reconcilia-se com a Igreja. A Igreja, que está sempre pronta por princípio a perdoar ao pecador que se arrepende, admitiu a reconciliação de Ário, aceitando-o no seu seio, ao passo que esse judeu clandestino se aproveitava dessa bondade para lhe causar depois danos catastróficos. “Ário, judeu católico, atacaria insidiosamente a Divindade de Cristo e conseguiria dividir o mundo cristão durante séculos inteiros” (William Thomas Walsh. Filipe II. Ed. Espasa Calpe. P. 266). Assim, após a reconciliação, Ário ordenou-se sacerdote católico e, já como presbítero, ficou encarregado por Alexandre, Bispo de Alexandria, da Igreja de Baucalis.

Vários historiadores eclesiásticos atribuem a Ário um aparatoso e impressionante ascetismo e um ostentoso misticismo, unidos a grandes dotes de pregador e a grande habilidade dialética, o que lhe permitiu convencer grande número de fiéis e, até mesmo, membros da hierarquia da Igreja. Apto com a palavra e a pena, escreveu folhetos e até livros para convencer a hierarquia religiosa, governantes civis e pessoas destacadas do Império Romano, dentre os quais o próprio Imperador Constantino.

Como princípio básico da doutrina de Ário, figurava a tese judaica da unidade absoluta de Deus, negando a Trindade e considerando Cristo Nosso Senhor somente como a mais excelsa das criaturas, mas de nenhuma maneira possuidor de uma condição divina. Não atacava nem censurava Cristo, como faziam os judeus públicos, porque então teria fracassado no seu empreendimento, visto que nenhum cristão o teria seguido. Pelo contrário, a fim de não provocar suspeitas, fazia toda a classe de elogios a Jesus, conseguindo conquistar a simpatia e a adesão dos crentes para logo em seguida destilar o seu veneno, no meio de todos esses gabos, com a negação insidiosa da divindade de Jesus Cristo.

É curioso como certas igrejas que hoje se dizem cristãs fazem a apologia de Ário como se ele tivesse sido um grande evangélico daqueles tempos…

Em 325, deu-se o I Concílio Ecumênico de Nicéia, para definir a doutrina autêntica contra a heresia tão capciosa dos arianos que fazia de Jesus Cristo uma simples criatura do Pai, inferior ao Pai e não Filho de Deus igual ao Pai, consubstancial ao Pai. Atanásio participou desse Concílio, na qualidade de assessor de seu bispo, embora fosse apenas diácono. O arianismo foi condenado e deu-se a definição solene que até hoje rezamos no Credo: “Creio em Jesus Filho Unigênito do Pai, nascido antes de todos os séculos, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai”.

A atuação de Atanásio no Concílio foi tão brilhante, tanto pela lucidez de sua doutrina como pela argumentação bíblica apresentada, que transformou-se num verdadeiro triunfo para a causa católica. No entanto, tal vitória conquistou-lhe, porém, o ódio dos arianos que lhe declararam implacável guerra até o fim de sua vida.

Pouco depois do Concílio, vem a falecer o bispo de Alexandria. Povo e clero proclamam Atanásio como sucessor, embora contasse apenas 31 anos de idade. Atanásio, depois de relutar muito, aceitou a eleição como uma evidência da vontade de Deus. E assim, dirigiu Atanásio a Igreja de Alexandria por 46 anos.

Certa vez, os hereges melesianos, unidos aos arianos, acusaram Atanásio de ter assassinado um dos colaboradores do chefe dos primeiros, mas, por sorte, Atanásio conseguiu encontrar o falso defunto, ficando os caluniadores em evidência. De outra feita, recorreram a uma manobra final: convocar um Sínodo de Bispos, em Tiro, onde acusaram Atanásio de haver seduzido uma mulher, calúnia que este conseguiu também destruir. Mesmo assim, os arianos conseguiram obter a destituição de Atanásio como Patriarca de Alexandria.

Os arianos não deram descanso: conseguiram o apoio do imperador, espalharam as mais baixas calúnias contra Atanásio que, por cinco vezes, teve que fugir de sua sede episcopal. Durante toda a sua vida de bispo, se alternaram fugas e retornos triunfais e novos desterros. Refugiou-se por vários anos no deserto e durante cinco anos ficou escondido, durante o dia, no túmulo de seu pai, só saindo à noite para dirigir sua igreja e consolar seus fiéis. Mas Atanásio nunca cedeu perante a heresia: sua constância e firmeza inquebrantável com seus numerosos escritos manteve viva a fé no Verbo Encarnado, consubstancial ao Pai, em favor de toda a Igreja.

Das calúnias lançadas contra Atanásio, os arianos conseguiram ainda convencer o Imperador de que Atanásio tinha comprado trigo aos egípcios, impedindo que este fosse levado para Constantinopla, com o fim de provocar a fome da capital do Império. Constantino então desterrou Atanásio, considerando-o como perigosíssimo perturbador da ordem pública e da unidade da Igreja.

Em todo esse tempo, os Bispos arianos, ganhando primeiro Constância, irmã do Imperador e muito influente junto dele e de outros muito chegados, fingindo-se hipocritamente muito zelosos da unidade da Igreja e do Império, acusaram os defensores da Igreja de estarem a quebrar essa unidade com as suas intransigências e exageros. Assim, conseguiram que Constantino, que antes havia apoiado a ortodoxia do Concílio de Nicéia, fizesse uma virada a favor de Ário, aceitando que a readmissão solene daquele herege na Igreja se efetuasse em Constantinopla, capital do Império. Isto, sem dúvida, teria sido a apoteose e triunfo do judeu Ário, que já acariciava a idéia de chegar a Papa, coisa não impossível do ponto de vista humano, visto que contava com a tolerância amistosa do Imperador e com o apoio cada dia maior dos Bispos da cristandade. Mas, todos os cálculos humanos se frustraram ante a assistência de Deus à sua Igreja que será perseguida, nunca vencida. E Ário, nos próprios umbrais da sua vitória, morreu de forma tão misteriosa como trágica, segundo o testemunho que nos legou o próprio Atanásio.



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ÁRIO x SANTO ATANÁSIO

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A herança espiritual de João Paulo II

O Papa do Rosário, o Papa da Eucaristia, o Papa de Nossa Senhora de Fátima, o Papa da Consagração a Maria, o Papa impulsionador da santidade, o Papa dos movimentos leigos, o Papa da oração – são alguns títulos que caberiam a João Paulo II. Tantos são os aspectos de seu rico pontificado que alguns receberam menor atenção, e aqui pretendemos lembrá-los.
Misericórdia e escapulário do Carmo
Terá sido por mera coincidência que João Paulo II faleceu após haver assistido a uma Missa da Festa da Divina Misericórdia?
Ora, foi ele um incentivador dessa devoção, canonizando santa Faustina Kowalska – a vidente polonesa falecida em 1930 – e reservando o segundo domingo da Páscoa para essa festa. Jesus pedira sua instauração nessa data, na qual perdoaria todas as culpas e penas para quem se confessasse e comungasse.
Mas esta não é a única “coincidência”. Também é digno de nota que ele tenha morrido num sábado – dia relacionado com o escapulário de Nossa Senhora do Carmo -, e por sinal primeiro sábado do mês, o que nos fala dos pedidos da Santíssima Virgem em Fátima. João Paulo II usava o escapulário, que recebera quando era ainda menino.
Bendito Rosário de Maria
Era também intimamente relacionado com as aparições de Maria aos Três Pastorinhos, chegando a atribuir sua milagrosa sobrevivência ao atentado de 1981 à proteção da Virgem de Fátima. Teve em alta consideração as palavras de Maria, classificando-as de “extraordinária mensagem”, que “continua a ressoar com toda a sua força profética, convidando todos à constante oração, à conversão interior e a um generoso empenho de reparação dos próprios pecados e daqueles de todo o mundo”. Mas não é possível falar de Fátima sem recordar a devoção de João Paulo II ao Rosário. Já as primeiras fotografias dele, difundidas nos anos iniciais de seu pontificado, mostravam-no amiúde de terço em punho. Uma de suas últimas iniciativas foi declarar o Ano do Rosário e publicar a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”, acrescentando os “Mistérios Luminosos” a esta devoção. Fez sua a comovente súplica do Beato Bártolo Longo: “Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último ósculo da vida que se apaga”.
Fé e entusiasmo pela Eucaristia
Contudo, seu relacionamento com a Virgem tinha fundamento ainda mais sólido. Quando jovem seminarista, consagrara-se a Ela como “escravo de amor”, segundo a espiritualidade de São Luís Maria Grignion de Montfort. Ao se tornar Papa, incluiu no seu brasão o lema Totus Tuus (Sou todo Teu), para significar essa consagração.
Relacionada com a devoção marial está a devoção à Eucaristia, como João Paulo II afirmou na Carta Apostólica “Mane nobiscum Domine”. Neste documento, insistiu na importância da Adoração eucarística, durante a qual devemos reparar “as negligências, esquecimentos e até ultrajes que o nosso Salvador Se vê obrigado a suportar em tantas partes do mundo”. Em 7 de outubro de 2004, o mundo pôde contemplá-lo constantemente ajoelhado durante a Missa e a hora de Adoração, no lançamento do Ano da Eucaristia. É fácil imaginar o quanto isto custou de sofrimento a seu debilitado organismo. Entretanto, quis ele nos dar esse magnífico exemplo de entranhada devoção eucarística.
Desejava ele “alimentar a fé e o entusiasmo” pela Eucaristia, vendo-a homenageada, venerada, adorada nos espaços públicos: “A fé neste Deus que, tendo se encarnado, fez-se nosso companheiro de viagem, seja proclamada por toda parte, particularmente pelas nossas ruas e nas nossas casas, como expressão do nosso amor agradecido e fonte inexaurível de bênção”.
Ostentar sem respeito humano os sinais da Fé
Com agudo discernimento, percebeu a ação do Espírito Santo nos numerosos movimentos e associações leigas que surgiram um pouco por toda parte, trazendo novos carismas e novos métodos de apostolado para a Igreja. Para o Papa, eles constituem “uma ajuda preciosa em favor de uma vida cristã coerente com as exigências do Evangelho e de um empenhamento missionário e apostólico”. Na Encíclica “Redemptoris missio”, recomendava que esses movimentos crescessem “sobretudo entre os jovens”.
E foi especialmente aos jovens que ele dirigiu as palavras “não tenhais medo!”, bradadas na primeira Missa dominical como Papa, em 22 de outubro de 1978. Muito se escreveu sobre o real significado desse apelo, mas João Paulo II mesmo se encarregou de esclarecer seu sentido: um apelo à santidade, ao testemunho e à evangelização. Muitas vezes bradaria depois: “Não tenhais medo de ser santos!”
“Neste Ano da Eucaristia – escreveu na “Mane nobiscum, Domine” – haja um empenho, por parte dos cristãos, de testemunhar com mais vigor a presença de Deus no mundo. Não tenhamos medo de falar de Deus e de ostentar sem vergonha os sinais da fé.”
Ensinou também pelo exemplo pessoal
João Paulo II nos deu o exemplo. Não teve medo de enfrentar os males de hoje, reafirmando a doutrina perene da Igreja contra o aborto, a eutanásia e o relativismo moral; defendendo os valores da família e a dignidade do ser humano; pregando a prática da castidade, como naquele memorável dia no Estádio Nakibubo, em Uganda, em 1993, quando disse aos jovens: “A pureza de costumes, disciplinadora da atividade sexual, é o único modo seguro e virtuoso para pôr fim à trágica praga da Aids, que tem ceifado tantos jovens”.
É bom saber: Uganda é o único país da África onde a batalha contra a Aids está sendo vencida. Qual a fórmula do sucesso? A prática da castidade, estimulada pelo governo, tal qual o Papa havia aconselhado.
Que aqueles que formarão o mundo do futuro não se esqueçam jamais do apelo de João Paulo II, feito a eles durante a Jornada da Juventude de 2000: “Jovens de todos os continentes, não tenhais medo de ser os santos do novo milênio!”

Fonte:siteafeexplicada

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ser Discípulo: A Humildade



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Jesus, com seus discípulos havia ampliado sua missão aos territórios gentílicos vizinhos da Galiléia, tendo chegado bem ao norte, próximo a Cesareia de Filipe. A partir daí decide dirigir-se a Jerusalém, ao sul, para proclamar a sua Boa-Nova aos peregrinos que ali chegaram em vista de participar da festa judaica da Páscoa, que se aproximava. Com este propósito, Jesus e os discípulos atravessam novamente a Galileia.
Aqui as narrativas marcam o contraste entre a mentalidade dos discípulos e a novidade de Jesus. Os discípulos esperavam de Jesus ações de poder e glória terrena, o que chocava com a proposta do próprio Jesus de humildade e serviço, com a doação da própria vida.
Os discípulos estão fixados na ideologia do messias poderoso, um novo Davi que restaura o reino de Israel e, esperando de Jesus a ascensão ao poder, disputam qual seria então o maior, isto é, quem ocuparia os cargos mais importantes. São os anseios opostos à proposta de Jesus que provocam conflitos na comunidade e, de maneira mais ampla, no mundo, onde os ímpios ambiciosos da riqueza e do poder fazem a guerra e semeiam a morte, tornando-se loucos e frustrados.
Jesus chama os Doze e, invertendo os critérios de competição, reafirma a característica essencial do Reino: a humildade e o serviço como concretização do amor. É neste amor que está a realização e a grandeza de cada um.
Ao tomar uma criança e abraçá-la, com carinho, Jesus está se identificando com ela. A criança, do ponto de vista de uma sociedade de eficiência e produção, é considerada inútil e marginalizada. Jesus convida a todos a se tornarem crianças, na humildade, na simplicidade, na fraternidade e na abertura para o novo, com esperança e alegria, e, com esta opção, estarão acolhendo Jesus e entrando em comunhão com Deus.


Por:
Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora

O homem procura Deus



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Qual é a grande pergunta que habita no centro do nosso coração? É a questão que nos deixa inquietos e nos faz pensativos: “Fecisti cor nostrum ad te et inquietum est cor nostrum donec requiescat in te” – “fizeste o nosso coração para ti e ele está inquieto enquanto não descansar em ti”. É agostinho que assim fala, abrindo as suas Confissões.
A pergunta verdadeira que todos trazemos no fundo do nosso coração é na realidade a questão pela infinita dor do mundo, a questão da dor da morte. É a questão do porquê da dor e do porquê da morte que nos deixa profundamente pensativos. Se não fosse pela morte, nem sequer existiria o pensamento, tudo seria uma simples eternidade, pelo menos para a nossa limitada capacidade de pensar: viver é também aprender a morrer, a conviver com o desafio silencioso, resistente, perseverante da morte.  
É inútil procurar evasões, como tantas vezes fazemos ou fáceis consolações como aquela epicuréia que diz: “quando chegar a morte, eu não estarei, e, enquanto eu estiver, ela não estará”. Essas palavras na realidade são só um jogo, uma aparência, porque a morte não é só o último destino ou o último ato, mas é uma iminência que domina, comprometendo cada dia da nossa vida na fragilidade, na limitação, na caducidade, nas perguntas que nascem imprevistas no coração como feridas lancinantes: que será de mim? Que sentido tem minha vida? Aonde vou com toda a bagagem das minhas pernas, das consolações, das alegrias? E, quando terei finalmente conquistado aquilo que desejo, que poderei ainda desejar mais senão a última vitória, a vitória sobre a morte? É, pois, a morte que nos faz pensantes: esse é o paradoxo da condição humana. 
Chegados, pois, à consideração do horizonte para o qual nos dirigimos, é precisamente deste que nos nasce, como reação, uma necessidade de lutar para vencer o aparente triunfo da morte. Aqui nasce o pensamento. É precisamente essa análise, essa fugaz análise da existência humana, que tentei fazer, que nos demonstra sermos, ao mesmo tempo, lançados para a morte, como diz o filósofo Heidegger, e no entanto feitos para a vida. Se não fosse esse contraste, aceitaríamos o destino da morte como fato óbvio, previsto, sem sofrer, sem procurar dar um sentido à vida, sem evadir a morte. 
Precisamente o fato de a morte nos tornar pensativos e de que sintamos a necessidade de dar significado à obras e aos dias é o sinal de que, no profundo do coração, nós, os peregrinos para a morte, somos na realidade os chamados à vida. Há em nós uma saudade indestrutível do rosto de alguém que acolha a nossa dor e as nossas lágrimas, que redima a infinita dor da morte.
 
Quando estamos a sós ou desesperados, quando ninguém parece já gostar de nós e nós próprios temos razões para nos desprezarmos ou para nos queixarmos, eis que, do profundo do coração, se define uma inquietação, uma nostalgia, a nostalgia de um Outro que nos possa acolher, fazer-nos sentir amados, para além de tudo, apesar de tudo, vencendo o último inimigo que é a morte. É essa nostalgia que vai definindo em nós a imagem do Pai, ou se quiser, da mãe, porque pai e mãe são, nesse sentido, nada mais que duas metáforas para dizer a mesma necessidade que está inscrita no nosso coração: a necessidade de alguém a quem se confiar sem reservas, uma âncora, um cais onde fazer repousar a nossa insegurança, o nosso cansaço, a nossa dor, seguros de não sermos rejeitados no abismo do nosso nada.  Enquanto tal, a figura do pai é, ao mesmo tempo, a figura da mãe no amor, é o ventre, a pátria, a origem à qual remeter tudo aquilo que nós somos. Enfim, se, no fundo do coração, todos somos habitados pela angústia do desafio supremo da morte, se isso nos faz pensativos, se a vida se torna uma luta para vencer a morte, então a imagem do pai é uma imagem da qual todos temos necessidade infinita.

Por:
Mons. Bruno Forte, Teólogo

Preconceitos


Assim como eu e os milhares de leitores de minha coluna diária, todos possuímos preconceitos. Isso nem é de todo uma desgraça. Alguns de nossos preconceitos são tolos e, talvez, perniciosos, mas outros são, simplesmente, as regras necessárias pelas quais vivemos.
"Pré-conceito" significa pré-julgamento: ou seja, decisões a que chegamos rapidamente sem ter de pesar muito as provas. Assim, se os "pré-conceitos" que temos são sensatos ou insensatos, dependerá das fontes de nossas crenças e de nossas preferências mais arraigadas.
É claro que uma pessoa pode nutrir preconceitos tolos a respeito do tom da pele ou dos cabelos de outro ser humano ou sobre a natureza de sua religião. Mas também é verdade, como escreveu Edmund Burke (1729-1797), que por um sábio preconceito a virtude se torne hábito.
Dessa maneira, povos de inclinações saudáveis e de instrução moral decente alimentam um preconceito a respeito do assassinato. Quando ouvimos que foi cometido um homicídio, reagimos a partir de nossos pré-conceitos -- e é justo que o façamos. Não perguntamos se o homem assassinado era bom ou se o assassino tinha boas maneiras, ou (supondo que sintamos como se estivéssemos desferindo o derradeiro golpe) podemos conseguir escapar sem sermos notados. Diferente da personagem principal do romance de Fiódor Dostoiévski (1821-1881), "O Idiota", não pesamos racionalmente os aspectos benéficos e nocivos de um determinado assassinato para então decidir se iremos eliminar outra vida humana.
Ao contrário, simplesmente obedecemos ao mandamento "Não matarás", caso sejamos pessoas normais. Ao tomarmos conhecimento de um assassinato, decidimos que independente das circunstâncias particulares, o assassinato é mau e que a justiça deve ser feita. Um preconceito sensato, adquirido desde cedo na vida, nos informa que o assassinato é algo proibido e que não deve ser tolerado por sentimentalismos.
Igualmente, somos capazes de manter uma decente ordem social civil porque a maioria de nós age com base em sábios preconceitos sobre roubo, crueldade e fraude. Não temos de titubear e tentar ponderar as possíveis perdas e ganhos que encerram atividades como a trapaça ou o espancamento do próximo. Se somos bons, a maioria das pessoas é boa por ter hábitos morais. Não temos de realizar uma espécie de cálculo todas as vezes em que somos compelidos a tomar uma decisão moral.
Instilamos, deliberadamente, preconceitos desejáveis desde o início da vida -- por exemplo, no ato de dar umas palmadas caso nossos meninos persistam em chutar as canelas de outros meninos. Pais prudentes, de modo acertado, criam suas crianças com preconceitos a respeito de pequenos furtos em lojas, de estilhaçar janelas e de atormentar os cães. Não ensinam aos seus rebentos a perguntar: "Será que alguém vai me assistir torturando aquele cãozinho?"ou "Não seria mais divertido que perigoso dar um jato d'água na Sally?"
Permitam-me acrescentar que pais saudáveis também tentam manter os filhos livres de falsos preconceitos. É uma questão de discriminação precoce, mas criar alguém completamente sem preconceito é educar de modo indeciso e totalmente imoral. Não é errado ser preconceituoso com trapaceiros, mentirosos, fanáticos e demagogos.
Traduzido do inglês por Márcia Xavier de Brito
O presente ensaio foi publicado originalmente no livro "Confessions of a Bohemian Tory: Episodes and Reflections of a Vagrant Career". New York: Fleet Publishing Corporation, 1963.
Fonte: CIEEP: Centro Interdisciplinar de Ética e Economia Personalista.

Saia da escuridão


Tem confiança levanta-te, Ele te chama

O Evangelho (Mc 10, 46-52) relata-nos a passagem de Jesus pela cidade de Jericó e a cura do cego Bartimeu, que estava à beira do caminho pedindo esmola. Pouco antes de Sua Paixão, Jesus está a caminho para Jerusalém, acompanhado dos Seus discípulos e grande multidão. Percebendo que Jesus passava, o cego começa a gritar:

“Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Muitos mandam que ele se cale, mas ele grita mais alto ainda, pedindo compaixão. Jesus se detém e diz: “Chamai-o”. Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”. Deixando seu manto, deu um pulo e foi até Jesus. Estabelece-se o diálogo decisivo. “O que queres que eu te faça?”. O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

Esse homem, que vive na escuridão, mas sente ânsia de luz, de cura, compreendeu que aquela era a sua oportunidade: Jesus estava muito perto da sua vida. Quantos dias não tinha esperado por esse momento! O mestre está agora ao alcance da sua voz! Por isso, se bem que o repreendiam para que se calasse, ele não lhes fez caso nenhum e cada vez gritava mais alto. Não podia perder aquela ocasião.

Que exemplo para a nossa vida! Cristo, que nunca deixa de estar ao alcance da nossa voz, da nossa oração, passa às vezes mais perto para que nos atrevamos a chamá-Lo com força. Comenta Santo Agostinho: “Temo que Jesus passe e não volte”. Não podemos deixar que as graças passem como a água da chuva sobre a terra dura. Temos que gritar para Jesus muitas vezes: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!

Ao chamar por Ele, consolam-nos estas palavras de São Bernardo que tornamos nossas: “O meu único mérito é a misericórdia do Senhor. Não serei pobre em mérito enquanto Ele não o for em misericórdia. E como a misericórdia do Senhor é abundante, abundantes são também os meus méritos”.
Com esses méritos, acudimos a Ele: Jesus, filho de Davi… Gritamos-Lhe, afirma Santo Agostinho, com a oração e com as obras que devem acompanhá-la. As boas obras, especialmente a caridade, o trabalho bem feito, a limpeza da alma pela confissão contrita dos nossos pecados, dão o aval a esse clamor diante de Jesus que passa.

O cego, depois de vencer o obstáculo dos que estavam à sua volta, conseguiu o que tanto desejava.

* Bispo expulso de Cuba por Fidel Castro na revolução comunista está a caminho dos altares.


Expulso de Cuba pela revolução comunista em 1961, Dom Eduardo Boza Masvidal, na época Bispo Auxiliar de La Habana, está a caminho dos altares.
O prelado fez parte do grupo de 131 sacerdotes e religiosos que em 17 de setembro de 1961 foram expulsos de Cuba em uma embarcação que os levou até a Espanha. O plano fazia parte da política comunista que visava acabar com a Igreja Católica na ilha.eduardo_boza_masvidal.jpg
Posteriormente viajou para a Venezuela, onde trabalhou por mais de quatro décadas, especialmente como Vigário Geral de Los Teques. Fundou movimentos para ajudar e manter unidos aos cubanos da diáspora, aos que visitou em diversos países da América e Europa. Faleceu na diocese de Los Teques (Venezuela) em 16 de março de 2003 aos 87 anos.
“A fama de santidade deste servo de Deus está viva entre os fiéis da Diocese de Los Teques (Venezuela) e em outras partes do mundo, especialmente entre seus conterrâneos, os cubanos da diáspora, para os quais foi um verdadeiro padre e pastor, consolo e alento na amargura do exílio”, expressa a proclamação da causa aberta este ano na Diocese de Los Teques .
Um dos que acompanhou a Dom Boza em sua viagem à Espanha foi o então Padre Agustín Román, posteriormente nomeado Bispo Auxiliar de Miami (Estados Unidos).
Em 15 de maio de 2010, Dom Agustín Román recordou o caso em um artigo publicado pelo “Diario Las Américas” por ocasião dos cinquenta anos da ordenação episcopal de Dom Boza Masvidal.
“Nessa época a perseguição contra a Igreja foi dura da parte do governo. Tínhamos 700 sacerdotes para atender a seis milhões de fiéis. Desde os anos 60 as expulsões de sacerdotes começaram com a desculpa de que eram estrangeiros. O plano era limitar o clero à 200 sacerdotes com os quais, segundo eles pensavam, se debilitaria a Igreja até extinguir-se”.
Segundo o prelado, os sacerdotes eram pegos durante as noites sem passaporte e nem nenhum objeto, apenas com a roupa do corpo.
Quando a embarcação espanhola zarpou, “retiramos a cobertura que nos impedia de ver ao panorama e dali conseguimos olhar Cuba no horizonte que aos poucos ia desaparecendo, assim como a nossa esperança de um regresso rápido”.
Em meio dos incômodos, “o Bispo a cada dia rezava a Missa, e ao comentar as leituras descobríamos a visão de Fé do ‘homem de Deus’ que com sua palavra nos fortalecia (…). Ali conheci melhor ao Bispo cubano” que nos convidava a “servir em qualquer lugar em que nos recebessem, sem esquecermos de Cuba”.
Em 27 de setembro, a Covadonga chegou a Espanha. “Ao sair do barco a imprensa esperava Dom Boza. Um jornalista, assombrado ao ver entre tantos passageiros os 131 sacerdotes expulsos, disse ao Bispo: ‘Parece que Deus se esqueceu da Igreja em Cuba’ e o Bispo respondeu: ‘Não, parece que Deus quer que a Igreja em Cuba seja missionária’”.
“Depois de tantos anos, ao recordar desta frase, creio que no coração do Bispo havia uma resposta ao mandato do Senhor: ‘Ide e fazei que todos os povos sejam meus discípulos’”, concluiu Dom Román. (EPC)
Com informações da ACI.

Os Apóstolos escolhidos por Nosso Senhor.


SÃO PEDRO. Simão Pedro pregou evangelho de Cristo em todo o território palestino, tendo feito também muitas viagens à Ásia Menor e à Itália. Sua primeira viajem a Roma foi no ano de 42, quando a partir de então foi reconhecido pelas comunidades cristãs na Itália, como o primeiro Chefe da Igreja Católica. Voltou à Jerusalém, à Grécia e à Turquia, por diversas vezes. Morreu crucificado de cabeça para baixo na colina do Vaticano em Roma, no dia 29 de junho do ano 67. Foi um extraordinário Apóstolo de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se empenhou incansavelmente por longas e difíceis jornadas, para converter e evangelizar o povo. Deixou-nos além de seu exemplo extraordinário, duas Epístolas dirigidas às Comunidades cristãs da Ásia e da Capadócia.
SÃO PAULO ou Paulo de Tarso foi outro grande apóstolo, muito embora não tenha pertencido ao grupo dos doze primeiros chamados por Nosso Senhor Jesus Cristo. A sua conversão magnífica se deu por um milagre, pois o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo lhe apareceu e lhe perguntou: “Paulo, por que me persegues?”. Daí por diante, São Paulo tornou-se um ardoroso seguidor de Nosso Senhor. Escreveu 14 Epístolas que são a expressão mais pura e fiel, de seu amor dedicado a Deus e sua constante vigilância e preocupação em manter coesos os núcleos cristãos que dava assistência e que tinha fundado, em companhia de diversos religiosos que o ajudavam no apostolado. Paulo nasceu em Tarso, entre os anos 5 e 10 de nossa era, na capital da Cilícia, grande e populosa cidade do Império Romano no Oriente, e que se caracterizava por um centro de intelectuais. Mas foi criado e educado em Jerusalém, na Palestina. Pertenceu à famosa escola de Gamaliel, um dos doutores da lei de maior reputação e prestígio naquela época. Já homem adulto, levado pelo seu excessivo zelo farisaico de impor a Lei de Moisés, perseguiu impiedosamente os cristãos. Mas perto de Damasco, montado em seu cavalo, teve uma aparição de Nosso Senhor Jesus Cristo; com esta visão Paulo de converte ao cristianismo. Foi instruído por Ananias nas verdades do cristianismo e depois batizado. A seguir isolou-se espontaneamente em um lugar deserto, onde sozinho fez penitencias, jejuou e rezou muito, arrependendo-se verdadeiramente de seus pecados.
São Paulo, viajou e pregou continuamente em Chipre, Pafos, Antioquia, Icónio, Listra, derbe, Cilícia, Tessalônica, Atenas, Macedônia, Corinto; em muitas outras cidades da Grécia e da Síria.
Morreu decapitado em Roma e segundo a tradição, no mesmo dia 29 de junho, na mesma data em que São Pedro foi crucificado, muito embora tenha ocorrido um ano antes.
SÃO JOÃO, o evangelista, conhecido também como o “discípulo amado”, permaneceu junto de Maria Santíssima até os seus últimos momentos na Terra. Depois do Primeiro Concilio Ecumênico realizado em Jerusalém no ano de 51 de nossa era, sob a direção do apóstolo e primeiro Papa São Pedro, partiu para evangelizar a Ásia Menor. É assim que levou com invulgar dedicação a palavra de Deus, para a conversão dos povos do território soviético, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio. Morreu Bispo de Éfeso, na Turquia, pelo ano de 105 de nossa era. Em homenagem ao grande Apóstolo de Jesus, lá existe uma magnífica Basílica com o seu nome. Há uma tradição segundo a qual São João Evangelista começou suas pregações antes da realização do Concílio de Jerusalém, tendo sido acompanhado por Nossa Senhora durante a evangelização da Ásia Menor, e que com 72 anos de idade a Virgem Mãe despediu-se da Terra, sendo sepultada em Éfeso, onde existe um túmulo vazio com inscrições, e estando suas vestes mortuárias e o caixão, guardados numa Basílica Mariana de Constantinopla, hoje cidade de Istambul, na Turquia.
Contudo, todos os estudos e pesquisas realizados, leva-nos à afirmar que Maria Santíssima não saiu da Palestina depois da morte de Jesus, e que terminou os seus dias entre nós na cidade de Jerusalém. Como São João amava Nossa Senhora, provavelmente deve ter dito muitas coisas sobre Nossa Senhora na Ásia e deve ter levado para lá algumas relíquias da Santa Mãe de Deus.
São João escreveu o quarto evangelho, fazendo-o de maneira notável. Escreveu também três epístolas às Comunidades cristãs da Ásia Menor e o Apocalipse.
SÃO TIAGO MENOR era filho de Cleófas com a outra Maria. Atuou decididamente em todo o território palestino, convertendo multidões de pagãos e levando os ensinamentos de Jesus a todas as cidades, aldeias e povoados do território judeu.
É tradição que José de Arimatéia o acompanhou em diversas viagens, oportunidade em que mostrava aos fiéis o Santo Sudário de Cristo, que havia recebido das mãos de São Pedro.
Posteriormente, São Tiago Menor fixou residência em Jerusalém, onde foi eleito Bispo. Foi o segundo Bispo de Jerusalém e como tal, permaneceu até morrer martirizado, por instigação do Sumo-Sacerdote Anãs II. Foi lançado de uma galeria do Templo Judeu de Jerusalém e espancado até a morte, no ano de 62 de nossa era.
O “Irmão do Senhor”, como ele é conhecido, era destemido e voluntarioso. Por dezenas de vezes entrou no Templo e fez pregações incisivas e corajosas, mostrando a todos a correta doutrina Divina e com veemência estimulava o povo a seguir Jesus. Os Sacerdotes sentindo-se superados pelos seus argumentos, apelaram inicialmente para as intrigas e depois para tramas diabólicas, que culminaram com o seu martírio dentro do próprio Templo.

São Tiago Menor escreveu uma Espístola, provavelmente um pouco antes de morrer, onde entra em polêmica com alguns cristãos, que deformavam o ensinamento de São Paulo.
SÃO FELIPE era de Betsaida, a mesma cidade de São Pedro e Santo André. Pregou o evangelho na Frigia.
SÃO TOMÉ levou a palavra de Deus aos Partos e Indianos; SÃO BARTOLOMEU, também conhecido pelo nome de Natanael, pregou na Índia e depois foi para a Armênia; SANTO ANDRÉ, irmão de São Pedro, pregou a Doutrina Cristã na Cíntia e no Egito; SÃO SIMÃO Zelote e SÃO MATIAS levaram o Evangelho de Nosso Senhor para a Pérsia e para a África.
SÃO TIAGO MAIOR era filho de Zebedeu e Maria Salomé, prima de Jesus. Pregou o Evangelho na Palestina e foi martirizado por Herodes Antipas no ano 44.
SÃO LUCAS, que tinha o nome de Lucano, também não pertenceu aos doze primeiros chamados por Nosso Senhor Jesus Cristo. Nasceu na Grécia e seus pais, Enéias e Íris, eram escravos do Senador romano Prisco, que comandava a guarnição militar da Síria. Com a morte do oficial romano, seus pais passaram a servir Diodoro Cirino e sua familia, filho e herdeiro natural de Prisco. Com um pouco mais de 10 anos, recebeu em Antioquia, na Síria, os primeiros ensinamentos de um professor grego que administrava aulas para a filha de Diodoro. Evoluiu rapidamente e mostrou grande desembaraço nos estudos, granjeando a amizade de Keptah, que era o médico escravo da família, desenvolvendo a partir desta época sua tendência pelas Ciências Médicas.
Aos 17 anos foi para Alexandria, onde foi cursar Medicina, num famoso Colégio Médico, que possuía vastas e excelentes instalações com uma imensa biblioteca.
Depois de 4 anos de árduo estudo, concluiu o curso. Viajou para Roma, onde passou a residir em companhia de seus pais e especializou-se durante um ano. A partir de então passou a exercer seus trabalhos profissionais. Freqüentou as primeiras Comunidades Cristãs na Itália e na Palestina, sagrando-se Apóstolo pelas mãos de São Pedro.
Escreveu o 3° Evangelho e os Atos dos Apóstolos, onde, neste último, descreve muito das atividades dos Discípulos de Jesus e principalmente, uma pormenorizada narrativa da labuta de São Paulo.
Uma leitura minuciosa e observadora do seu 3° Evangelho e mais precisamente dos Capítulos 1° e 2°, leva-nos a concluir que São Lucas deve ter recebido aquelas informações diretamente de Maria Santíssima, que era a única com vida, que conhecia todos aqueles fatos, por ter sido ELA uma personagem integrante dos acontecimentos descritos, ou recebeu-os de alguém que tinha convivido muito próximo da Mãe de Deus, como o Apóstolo São João Evangelista.
SÃO JUDAS TADEU era também filho de Cleófas com a outra Maria e portanto primo de Nosso Senhor. Durante muitos séculos seu nome ficou esquecimento, por causa da semelhança de seu nome com o de Judas Iscariotes, o traidor. São Judas Tadeu é chamado de Lebeu, que significa bondoso ou corajoso. Ele levou o evangelho de Deus por toda a Mesopotânia e no interior do Ponto, assim como em Edessa. Chegou até a cidade de Nerito ou Berito na Armênia, onde foi preso por causa de suas veementes pregações contra diversas divindades daquele mundo pagão e onde também foi crucificado, sendo o seu corpo transpassado de flexas.
Escreveu uma Epístola endereçada aos cristãos de um modo geral, visando alerta-los e prevení-los contra os reais perigos das heresias que assolavam o cristianismo, trazendo dúvidas e confusões a corações não precavidos. Esta epístola foi escrita em Jerusalém ou na Alexandria, antes da grande guerra do ano 70, provavelmente no ano 66 ou 67 de nossa era.
Não foi fácil para os apóstolos converterem milhares e milhares de pessoas, que intimamente, por efeito do ambiente em que viviam e por tradição, já possuíam uma natural inclinação para tornar um deus, a tudo o que começavam a admirar. Inclusive os próprios Apóstolos, em muitas ocasiões, foram motivos de exageradas venerações por parte do povo, a partir do momento em que faziam milagres em nome de Deus, restituindo a saúde a uns e curando os defeitos físicos de outros. Isto obrigou-os a fazerem decididas reações, no sentido de acabar com aquele costume, fazendo-os compreender a quem deviam adorar e a dirigir todo o seu amor.
Fonte: Pelos Caminhos do Amor – Jusan F. Novaes – 1ª edição – 1983

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O que falta pra eu ser feliz?


Quanto a mim, falta gratuidade! Depois de um dia difícil e dedicado à minha mulher, minha família e missão, fiquei triste por não receber nenhuma recompensa de quem amo tanto. Vi-me mergulhado em mim, querendo uma espécie qualquer de pagamento pelo que tinha feito! Imensa tristeza!
Hoje aprendo que o amor tem um outro nome: gratuidade!
Vou melhorar!




Seu irmão,
Ricardo Sá-Comunidade Católica Canção Nova

Quinta-Feira, 01 de novembro 2012
O dom de línguas não é uma brincadeira Debochar de um dom de Deus é um sacrilégio. O dom de línguas não fomos nós que o inventamos. Está na Bíblia. É inegável. Esse dom não é brincadeira, é de Deus.

A partir daquele derramamento do Espírito Santo há mais de 40 anos, vários daqueles jovens começaram a orar em línguas. Em várias partes do mundo já se ora assim. Negar esse dom é negar uma evidência. E zombar desse dom é um sacrilégio.

Deus, sabendo que não sabemos nem como orar, nos dá o dom de línguas. Você precisa começar a soltar a sua língua, a soltar os seus lábios. Você dá a partida. O dom da partida é dom de línguas.

Ore em línguas pelo seu marido, filhos, parentes. Use-o na sua "Corinto" [comunidade, família]. E se você mesmo, meu irmão, é a "Corinto" busque primeiro o batismo no Espírito Santo, porque Deus faz coisas maravilhosas por meio desse dom; muitas pessoas têm se convertido e alcançado muitas bênçãos graças a ele.

Vinde, Espírito Santo!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova